A ilusão da morte…
Viajamos na vida, sem
saber o que ela encerra.
Uns acreditam que após a
morte do corpo de carne
nada mais existe (os
materialistas), outros
não cogitam desse
assunto (os agnósticos),
outros defendem a
imortalidade do Espírito
(os espiritualistas),
sendo que, neste campo,
as explicações são tão
diversificadas quanto o
número de religiões,
doutrinas, ideias que
existam no mundo.
A Doutrina Espírita (ou
Espiritismo) não é mais
uma seita nem mais uma
religião, mas sim uma
ciência de observação,
que nos leva a conceitos
filosóficos, e a uma
moral que assenta nos
ensinamentos de Jesus de
Nazaré. Esta doutrina
tem por princípios
básicos a existência de
Deus, a imortalidade do
Espírito, a
comunicabilidade dos
Espíritos, a
reencarnação e a
pluralidade dos mundos
habitados. Está assente
na lógica, na razão, na
observação dos fatos
espíritas e explica a
natureza, origem e
destino dos Espíritos,
bem como as relações
existentes entre o mundo
espiritual e o mundo
terreno.
Com o aparecimento do
Espiritismo em 18 de
Abril de 1857, no
lançamento da monumental
obra “O Livro dos
Espíritos”, de Allan
Kardec, comprovou-se que
a vida continua após o
decesso do corpo carnal,
provas essas que têm
vindo a ser confirmadas
pelas múltiplas
pesquisas de muitos
cientistas e
pesquisadores não
espíritas, desde então.
Hoje em dia, a Doutrina
Espírita é um preciso
auxiliar da medicina,
nomeadamente da
Psiquiatria e da
Psicologia, auxiliando
estas ciências a
entender o ser humano
numa perspectiva
integral (alma + corpo
espiritual + corpo
carnal) e não apenas
como um amontoado de
células orgânicas.
Aprendemos com o
Espiritismo que todos os
nossos atos, omissões,
pensamento e sentimentos
se repercutem em nós
próprios em primeiro
lugar, trazendo-nos paz,
felicidade ou
inquietação, conforme o
padrão mental em que
estejamos a vibrar no
nosso quotidiano.
Recordando as palavras
sábias de Jesus, “a
semeadura é livre, mas a
colheita é obrigatória”,
vemos aqui a lei de
causalidade ou lei de
causa e efeito.
Somos assim, senhores do
nosso destino, temos o
livre-arbítrio de agir
bem ou mal, com ou sem
intenção, fraternal ou
egoisticamente, mas um
dia, após a morte do
corpo de carne não
poderemos fugir de nós
próprios, arcando com as
consequências dos nossos
atos, quer no mundo
espiritual, quer em
vidas (reencarnações)
futuras, haurindo a
tranquilidade ou a
inquietação geradas por
nós próprios.
Daí podermos encontrar
tanta dessemelhança de
oportunidades, de
estados de alma, de
estados físicos nos
seres humanos, ao longo
da vida,
interrogando-nos onde
está a presença divina
perante tais
desigualdades.
Hoje em
dia, a Doutrina Espírita
é um preciso auxiliar da
Medicina, nomeadamente
da Psiquiatria e da
Psicologia
Sem a explicação da
reencarnação, sem dúvida
que encontraríamos um
Deus displicente, que
dava oportunidades
diferentes aos seus
filhos.
Atualmente, a
reencarnação, apesar de
aceite por cerca de 75%
da população mundial,
deixou de ser mais uma
crença para ser um fato
científico (estudem-se
as pesquisas de crianças
que se lembram de vidas
passadas, os
meninos-prodígio, as
comunicações espirituais
e as terapias de vidas
passadas) do qual não
adianta fugir.
O roteiro para a
felicidade foi-nos dado
por Jesus de Nazaré há
mais de 2 mil anos: “Não
façais ao próximo o que
não desejais para vós
mesmos”; os
conhecimentos estão ao
dispor de todos e em
todo o lado; a noção de
bem e de mal é inata ao
ser humano através da
sua consciência, pelo
que um dia teremos de
prestar contas dos
nossos dons que Deus nos
deu.
Uns dirão que não
sabiam, outros que não
aproveitaram bem o
tempo, e aqueles que se
esforçaram para terem
êxito espiritual olharão
com pena para os seus
irmãos mergulhados em
futuras e duras
expiações, por muito
terem abusado nesta
vida, da vida do
próximo, dos dinheiros
públicos, do egoísmo, da
falta de retidão no seu
proceder e no seu
caráter.
E a vida continua,
prenhe de oportunidades
evolutivas ao nível
intelectual e moral, na
certeza de que cada um
colherá de acordo com o
seu estado íntimo,
dentro do aforismo “a
cada um de acordo com as
suas obras”.
Oxalá nós não estejamos
no grupo daqueles que
dirão: “Ah, se eu
soubesse…”.
“Nascer, morrer,
renascer ainda,
progredir sem cessar,
tal é a lei”,
diz-nos o Espiritismo,
incentivando o homem à
fraternidade lembrando
um dos ensinamentos dos
benfeitores espirituais:
“Fora da caridade não
há salvação”.
Bibliografia:
“O Livro dos Espíritos”,
de Allan Kardec
“O Evangelho segundo o
Espiritismo”, de Allan
Kardec