Em plena era
nova
Eurípedes
Barsanulfo
Há criaturas que
deixaram na
Terra, como
único rastro da
vida robusta que
usufruíam na
carne, o
mausoléu
esquecido num
canto ermo de
cemitério.
Nenhuma
lembrança útil.
Nenhuma
reminiscência em
bases de
fraternidade.
Nenhum ato que
lhes recorde
atitudes com
padrões de fé.
Nenhum exemplo
edificante nos
currículos da
existência.
Nenhuma ideia
que vencesse a
barreira da
mediocridade.
Nenhum gesto de
amor que lhes
granjeasse sobre
o nome o orvalho
da gratidão.
A terra
conservou-lhes,
à força, apenas
o cadáver –
retalho de
matéria gasta
que lhes vestira
o espírito e que
passa a ajudar,
sem querer, no
adubo às ervas
bravas.
Usaram os
empréstimos do
Pai Magnânimo
exclusivamente
para si mesmos,
olvidando
estendê-los aos
companheiros de
evolução e
ignorando que a
verdadeira
alegria não vive
isolada numa só
alma, pois que
somente viceja
com
reciprocidade de
vibrações entre
vários grupos de
seres amigos.
Espíritas,
muitos de nós já
vivemos assim!
Entretanto,
agora, os tempos
são outros e as
responsabilidades
surgem maiores.
O Espiritismo,
ao rasgar-nos
nas mentes
acanhadas e
entorpecidas
largos
horizontes de
ideal superior,
nos impele para
frente, rumo aos
Cimos da
Perfectibilidade.
A Humanidade
ativa e
necessitada, a
construir seu
porvir de
triunfos, nos
conclama ao
trabalho.
O espírito é um
monumento vivo
de Deus – o
Criador
Amorável.
Honremos a nossa
origem divina,
criando o bem
como chuva de
bênçãos ao longo
de nossas
próprias
pegadas.
Irmãos, sede
vencedores da
rotina
escravizante.
Em cada dia
renasce a luz de
uma nova vida e
com a morte
somente morrem
as ilusões.
O espírito deve
ser conhecido
por suas obras.
É necessário
viver e servir.
É necessário
viver, meus
irmãos, e ser
mais do que pó!
Do livro O
Espírito da
Verdade,
obra
psicografada
pelos médiuns
Francisco
Cândido Xavier e
Waldo Vieira, de
autoria de
Espíritos
diversos.