MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil) |
|
Sexo e Destino
André Luiz
(Parte
33)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Sexo e Destino,
de André Luiz,
psicografada pelos médiuns
Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1963 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. É verdade que Beatriz
ficou tão abalada que
acabou enlouquecendo?
Sim. A pobre irmã
enlouquecera e, depois
de quatro dias,
dementada, deu entrada
no instituto “Almas
Irmãs”. Duas semanas de
trabalho vigoroso e
atenção constante se
esvaíram,
infrutiferamente, até
que um dos médicos que a
assistiam recomendou sua
internação em hospital
adequado, a fim de que
lhe fosse aplicada a
sonoterapia, com algum
exercício de
narcoanálise, para
que se lhe exumassem as
recordações possíveis
da existência anterior,
com a cautela devida, de
modo a que não se
precipitasse em
mergulhos de memória
alusivos a períodos
precedentes. O parecer
foi acatado.
(Sexo e Destino, 2ª
parte, capítulo XIII,
pp. 337 a 339.)
B. Na existência
precedente os
personagens principais
deste livro tiveram
algum relacionamento?
Sim. Numa ligeira
regressão da memória a
uma outra precedente
existência, Beatriz –
que se chamara então
Leonor da Fonseca Teles
– rememorou os lances
principais desse
relacionamento que
envolveram os mesmos
personagens: Beatriz,
Nemésio Torres, Márcia,
Cláudio, Marina, Marita.
Curiosamente, as
anotações do Arquivo
mantido pelo instituto
indicavam as épocas
exatas em que eles
voltaram à existência
corpórea, depois de
estagiarem algum tempo
no “Almas Irmãs”. É de
notar também que o irmão
Félix fizera parte desse
grupo familiar na época
rememorada por Beatriz.
(Obra citada, 2ª parte,
capítulo XIII, pp. 342 a
344.)
C. Que papel teve Félix
nos infelizes
acontecimentos ocorridos
naquela ocasião?
O irmão Félix fora
Álvaro, filho de Leonor
(atual Beatriz). Seu
papel na sucessão de
ocorrências infelizes
relatadas por Beatriz
foi decisivo, motivo
pelo qual, reconhecendo
sua culpa, decidiu
reencarnar. Segundo ele
mesmo explicou, a
Misericórdia Divina, à
medida que o Espírito se
esclarece, entrega ao
tribunal da própria
consciência o dever de
se corrigir e de se
harmonizar com as leis
do Eterno Equilíbrio,
sem necessidade do apelo
a disposições
compulsórias. Em face
disso, daquela hora em
diante tornaria pública
a decisão de se recolher
aos trabalhos
preparatórios do
renascimento na arena
física. Confessou,
então, que a
delinquência sexual
gerara para ele
responsabilidades
semelhantes às de um
malfeitor que
dilapidasse um edifício
ou uma cidade, através
de explosões em cadeia.
Lesando os sentimentos
de uma mulher
respeitável até então,
identificava-se, diante
dos princípios de causa
e efeito, culpado, até
certo ponto, por todos
os delitos de natureza
emotiva por ela
cometidos, uma vez que,
após abandoná-la,
impelindo-a
deliberadamente à
deslealdade e à
aventura, podia
compará-la a uma bomba,
por ele preparada na
direção de quantos a
pobre criatura
prejudicara, como
querendo vingar no
próximo o duro revés que
ele lhe infligira.
(Obra citada, 2ª parte,
capítulo XIII, pp. 344 e
345.)
Texto para leitura
161. Beatriz
enlouquece -
Beatriz, em desespero,
correu de peça em peça,
de susto em susto, de
grito em grito, até que
se rojou de borco, nos
tacos da espaçosa câmara
que lhe merecia a
preferência,
pronunciando frases
desconexas... A pobre
irmã enlouquecera. André
postou-se de vigia,
asserenando-a, enquanto
Neves, desolado,
recorria aos serviços
de amparo urgente,
ligados ao "Almas
Irmãs", em local não
distante. O auxílio não
tardou. No dia seguinte,
enfermeiras
especializadas
colaboraram com o grupo,
por determinação de
Félix, mas somente
depois de quatro dias
após o incidente pôde
Beatriz, dementada,
reentrar no instituto.
Duas semanas de trabalho
vigoroso e atenção
constante se esvaíram,
infrutiferamente, no lar
de Félix, até que um dos
médicos que a assistiam
recomendou sua
internação em hospital
adequado, a fim de que
lhe fosse aplicada a
sonoterapia, com algum
exercício de
narcoanálise, para
que se lhe exumassem as
recordações possíveis
da existência anterior,
com a cautela devida, de
modo a que não se
precipitasse em
mergulhos de memória
alusivos a períodos
precedentes. O parecer
foi acatado. No momento
indicado, ao pé de
Beatriz, que dormia num
leito, cujo travesseiro
se achava munido de
recursos
eletromagnéticos
especiais, estavam
Félix, André, Régis,
Neves, o psiquiatra que
sugerira a medida, dois
assistentes do médico e
o chefe de arquivo do
"Almas Irmãs". Iniciada
a experiência, Beatriz,
com voz e maneiras
diversas das habituais,
revelou-se num ponto
indeterminado de
existência anterior,
reclamando contra uma
certa Brites
Castanheira, mulher à
qual imputava os
infortúnios que lhe
devastavam a alma. O
analista esbarrara com
expressivo foco de
exacerbação,
facultando-lhe fácil
penetração nos domínios
recônditos da mente. O
médico indagou onde
conhecera Brites.
Beatriz, sempre em sono
provocado, replicou que
para isso precisaria
lembrar a juventude e,
devidamente estimulada,
informou que nascera no
Rio, em 1792, e se
chamava Leonor da
Fonseca Teles, nome que
lhe adviera do homem com
quem se casara em
segundas núpcias. Em
1810, desposara um rapaz
português, Domingos de
Aguiar e Silva, que se
demorava no Brasil, em
serviço do Duque de
Cadaval, na Corte de D.
João VI. Dessa união
tivera um filhinho,
Álvaro, em 1812. O
marido, no entanto,
faleceu prematuramente
no Caminho do Boqueirão
da Glória, quando se
responsabilizava pela
condução de alguns
potros bravos,
adquiridos para as
cocheiras reais. As
personalidades
influentes da época
prometeram ajudá-la,
especialmente com vistas
à criação do menino, que
ficara órfão. Em 1814,
um rico ourives
estabelecido na rua
Direita, Justiniano da
Fonseca Teles, três anos
mais velho do que ela,
propôs-lhe casamento e
ela aceitou,
alegrando-se muito por
verificar que entre
enteado e o padrasto
havia abençoada
camaradagem. (Cap. XIII,
pp. 337 a 339)
162. O caso Álvaro
- O menino cresceu
afetuoso e inteligente
e, filho único,
converteu-se para ela e
o esposo em laço de luz
e amor. Em 1827, com
quinze anos, Álvaro
embarcou para a Europa,
sob o patrocínio de
fidalgos amigos do pai,
tendo realizado estudos
brilhantes em Lisboa e
Paris. Seu regresso
ocorreu em 1834, e para
ela e Justiniano o lar
transformou-se, de novo,
num mar de rosas, até
que certa noite...
(Diante da pausa, Félix,
visivelmente comovido,
pediu que a análise se
detivesse nas possíveis
recordações da noite
mencionada e o
orientador da pesquisa
atendeu.) Beatriz
franziu a testa,
patenteando o sofrimento
de quem esbarrava com
uma ferida no próprio
corpo, sem meios de
extirpá-la, e respondeu,
descontente: "Devo
explicar que Brites era
casada com Teodoro
Castanheira, rico
negociante que morava na
rua da Valinha. Ambos
moços, com uma filha
única, Virgínia,
pequenota de onze
anos... Embora eu
tivesse ultrapassado os
quarenta, junto de
Brites que ainda não
alcançara os trinta,
queríamo-nos
intensamente, enquanto
que nossos maridos nos
copiavam a atenção, com
a mesma diferença de
idade... Eles unidos
pelos negócios e nós
pelos sonhos caseiros".
Na noite referida, ela e
o marido apresentaram
Álvaro à sociedade, num
sarau do Comendador João
Batista Moreira, na
Pedreira da Glória.
Quando Álvaro e Brites
se cumprimentaram,
pararam extáticos, de
olhos um no noutro... A
volta para casa ocorreu
tarde. O rapaz,
devaneando, supunha
impossível que Brites
fosse casada, pois
parecera-lhe simples
menina. A mãe fez o
possível para evitar o
desastre, mas em vão...
Tocados de paixão
recíproca, começaram os
encontros e as
brincadeiras, até que
Teodoro os descobriu
juntos num quarto do
Hotel Pharoux.
Escandalizado, o marido
desinteressou-se da
mulher, embora
continuasse no lar por
amor à filha. Nessa
posição, passou ele a
cortejar, então, a
jovem Mariana de Castro,
conhecida também por
Naninha, que residia com
os pais na rua do Cano.
Brites, longe de
magoar-se, facilitou
quanto pôde a ligação
entre o marido e
Naninha, para ver-se
livre. Naninha acabou
cedendo ao assédio do
comerciante, mas
enjeitou dois filhos
dele nas portas da
Misericórdia, como ficou
conhecido
publicamente... Beatriz
entrou em crise de
lágrimas e seguiu
contando que o filho,
depois de quatro anos,
se enfadou de Brites e
só então comunicou que
deixara uma prometida em
Lisboa. Queria voltar,
mas receava que a
amante se despenhasse no
suicídio. Depois de
muitas negaças em vão
para retirar-se,
arquitetou então um
plano maquiavélico, de
que resultara para ela,
mãe amorosa, a
infelicidade
irremediável.
Percebendo a fraqueza
de Brites por joias,
insinuou ao padrasto que
ela ansiava possuir-lhe
a dedicação, fantasiando
recados e armando
embustes. Justiniano,
vencido pelas sugestões
de Álvaro, pôs-se em
ação, conseguindo
impressionar Brites com
presentes raros, até que
no primeiro encontro,
forjado por Álvaro, este
interferiu na cena,
assumindo o papel de
companheiro ultrajado, o
que lhe permitiu
afastar-se para
Portugal, deixando no
Brasil várias tragédias
em andamento. (Cap.
XIII, pp. 340 a 342)
163. O ato de
Álvaro gera muitas
calamidades - O
golpe infundira em
Brites Castanheira uma
nova personalidade.
Convertendo-se em
pavorosa mulher,
calculista e cruel,
nunca mais se lhe viu um
gesto de piedade e
transformou Justiniano
num homem de sexualidade
pervertida,
extorquindo-lhe dinheiro
e mais dinheiro, até ao
ponto de entregar-lhe a
própria filha, Virgínia,
que atravessara os
quinze anos, vendendo-a
ao amante, homem já
velho, para senhorear
terras e haveres. Ainda
assim, não contente com
os próprios desvarios,
desencaminhou moças de
nobre formação,
atirando-as no
prostíbulo, estimulando
infidelidades, vícios,
crimes, abortos...
Virgínia, com quem
Justiniano passou a
viver em definitivo,
abandonando a esposa,
transfigurou-se em pomo
de discórdia entre
Justiniano Fonseca Teles
e Teodoro Castanheira,
que se atormentaram
mutuamente em onze anos
de conflitos inúteis,
até que Teodoro, então
vivendo maritalmente com
Naninha de Castro,
apareceu morto a
punhaladas, na rua da
Cadeia, homicídio esse
atribuído a escravos
foragidos. Naninha
sabia, porém, que
Justiniano fora o
mandante do crime e
tramou vingança.
Uniu-se, assim, a outro
homem, em cujo espírito
insuflou despeito e ódio
contra o ourives, e
ambos planejaram
assassiná-lo num suposto
acidente. Justiniano, já
idoso e enfermo,
adquirira o hábito da
visita domingueira à
Bica da Rainha, no Cosme
Velho. Quando regressava
de uma dessas jornadas,
à noite, guiando o
carrocim em que se fazia
conduzir, Naninha e o
companheiro, ocultos na
sombra, crivaram o
cavalo de pedras
revestidas de farpas,
depois de escolherem o
local que favorecesse o
desastre. O animal
arrojou-se ladeira
abaixo, arremessando o
velho do cimo de um
barranco sobre um monte
de lajes empilhadas,
onde Justiniano
encontrou morte quase
instantânea. E tudo,
rematou Beatriz, por
nada, porque Álvaro, ao
chegar a Portugal, achou
a prometida casada com
outro, por imposição dos
pais, regressando mais
tarde ao Brasil, onde
acabou na condição de
professor solteirão...
"Ah! meu filho, meu
filho!... Por que te
fizeste o autor de
tantas
calamidades?!...",
clamou Beatriz.
(Nesse momento, Félix
solicitou dos cientistas
um intervalo para
explicações, antes de
retirar-se.) Beatriz
foi restituída ao sono.
O chefe do Arquivo
mostrou então a certidão
da saída de Beatriz,
cinquenta anos antes,
para a reencarnação no
Rio. Ela fora, de fato,
Leonor da Fonseca Teles,
que estivera por algum
tempo em regiões
inferiores, residira por
28 anos em colônia
espiritual não distante
e passara apenas dois
meses no "Almas Irmãs",
em 1906, por solicitação
de irmão Félix, que lhe
patrocinara o
renascimento no lar de
Pedro Neves. Félix
rogou, contudo, as
informações possíveis
com relação às pessoas
referidas por Beatriz,
que estivessem
vinculadas ao instituto.
Aparelhos funcionaram e
o Arquivo respondeu com
presteza. Justiniano,
Teodoro, Virgínia e
Naninha de Castro haviam
reencarnado no Rio,
todos com certidão de
saída do "Almas Irmãs".
Justiniano era Nemésio
Torres, negociante, com
débitos agravados;
Teodoro era Cláudio
Nogueira, com melhoras
sensíveis; Virgínia era
Marina, com promissores
índices de reforma
íntima; Naninha fora
Marita Nogueira,
recentemente
desencarnada e em
processo de retorno à
carne, enquanto Brites
Castanheira envergava na
Terra o nome de Márcia
Nogueira, cuja ficha era
desoladora e registrava
longa série de abortos,
deserções do dever e
lares destruídos. (Cap.
XIII, pp. 342 a 344)
164. Revelada a
identidade de Álvaro
- Um dos médicos
presentes, empolgado
com o depoimento de
Beatriz, indagou por
notícias de Álvaro. O
Arquivo elucidou que
Álvaro de Aguiar e Silva
não possuía atestado de
saída para a
reencarnação pelo "Almas
Irmãs". Achava-se apenas
cadastrado no
departamento de queixas.
Leonor, que fora sua mãe
carnal, Justiniano, o
padrasto, e a própria
Brites Castanheira,
antes do regresso a
novas lides terrenas,
haviam inscrito severas
acusações contra ele,
embora os dois últimos
tivessem estado, apenas
de modo ligeiro, no
instituto, ao saírem de
colônia penal. Félix
indagou se constava dos
apontamentos de Márcia
algum gesto nobre, por
onde se ensaiasse
eficiente auxílio a ela.
A repartição informou
que sim. Um dia ela
empenhara-se, com os
melhores impulsos
maternais, a garantir
casamento digno para
Marina. O instrutor,
então, conjugando
dignidade e modéstia,
levantou-se e, arrasando
a todos com a valorosa
humildade de que dava
testemunho, comunicou
que Álvaro de Aguiar e
Silva e ele eram a mesma
pessoa, o mesmo
Espírito, que ali se
erguia diante de Deus e
diante dos amigos, num
julgamento em que a
consciência lhe exigia
implorar,
voluntariamente, a
reencarnação, a fim de
se colocar ao encontro
de Brites, então na
personalidade da viúva
Márcia Nogueira...
Esforçar-se-ia na
regeneração de si mesmo
e dar-lhe-ia a
existência, já que se
reconhecia o verdugo,
categorizando-a por
vítima. Um raio não
fulminaria André e os
demais com tanta força.
Os médicos jaziam
cabisbaixos, o irmão
Régis chorava, Neves
empalidecera e André mal
podia respirar...
Corajoso, Félix
continuou elucidando que
a Misericórdia Divina, à
medida que o Espírito se
esclarece, entrega ao
tribunal da consciência
o dever de se corrigir e
de se harmonizar com as
leis do Eterno
Equilíbrio, sem
necessidade do apelo a
disposições
compulsórias; em face
disso, daquela hora em
diante tornaria pública
a decisão de se recolher
aos trabalhos
preparatórios do
renascimento na arena
física. Confessou,
então, que a
delinquência sexual
gerara para ele
responsabilidades
semelhantes às de um
malfeitor que
dilapidasse um edifício
ou uma cidade, através
de explosões em cadeia.
Lesando os sentimentos
de Brites, mulher
respeitável até então,
identificava-se, diante
dos princípios de causa
e efeito, culpado, até
certo ponto, por todos
os delitos de natureza
emotiva por ela
cometidos, de vez que,
após abandoná-la,
impelindo-a
deliberadamente à
deslealdade e à
aventura, podia
compará-la a uma bomba,
por ele preparada na
direção de quantos a
pobre criatura
prejudicara, como
querendo vingar no
próximo o duro revés que
ele lhe infligira. Dito
isso, Félix rogou aos
amigos apoio para que se
lhe conseguisse um lugar
de filho no lar de
Gilberto, assim que
Marina pudesse novamente
engravidar-se.
Idealizava encontrar-se
com Márcia, na ternura
de um neto, para ser-lhe
o companheiro nos
tempos áridos da velhice
corpórea. (Cap. XIII,
pp. 344 e 345)
165. Félix pede
que os amigos o ajudem
- Decidido em seu
propósito, Félix pediu
aos amigos que o
ajudassem a colimá-lo.
E, se o Senhor lhe
facultasse o favor que
impetrara, que o
auxiliassem a ser fiel
nos compromissos desde
cedo, que o amparassem
nos dias de tentações e
fraquezas, que lhe
perdoassem as rebeldias
e as faltas e que, por
amor à confiança que ali
nos congregava, não lhe
patrocinassem em tempo
algum qualquer mergulho
em facilidades nocivas,
a título de amizade.
Austero e doce, Félix
dirigiu-se depois ao
irmão Régis,
inteirando-o de que
suas irmãs Priscila e
Sara se achavam em
preparativos para o
retorno à Terra e que
ele pretendia, no prazo
aproximado de seis
meses, retirar-se da
direção do instituto, a
fim de aprontar-se para
a reencarnação. Ninguém
tinha ali energias para
quebrar o silêncio e
todos se retiraram,
ficando André, sozinho,
diante do instrutor.
Percebendo-lhe o estado
d'alma, Félix o abraçou,
mas André, incapaz de
controlar-se, pôs a
cabeça no ombro do
venerável amigo e, antes
que chorasse, sentiu-lhe
a destra a afagar, de
leve, os seus cabelos,
ao mesmo tempo que lhe
perguntava pela aula de
fluidoterapia, a que não
deveria faltar. Saíram,
então, juntos. E lá
fora, ao vê-lo caminhar
erecto e calmo, André
teve a impressão de que
o Sol rutilando nos céus
era uma advertência da
Sabedoria Divina a que
sustentássemos lealdade
na marcha constante para
a Luz. (Cap. XIII, pp.
346 e 347)
(Continua no próximo
número.)