Casar-se
Não basta
casar-se.
Imperioso saber
para quê.
Dirás
provavelmente
que a resposta é
óbvia, que as
criaturas
abraçam o
matrimônio por
amor. O amor,
porém, reclama
cultivo. E a
felicidade na
comunhão afetiva
não é prato
feito e sim
construção do
dia-a-dia.
As leis humanas
casam as pessoas
para que as
pessoas se unam
segundo as Leis
Divinas.
Se desposaste
alguém que te
constituía o
mais belo dos
sonhos e se
encontras nesse
alguém o
fracasso do
ideal que
acalentaste, é
chegado o tempo
de trabalhares
mais
intensivamente
na edificação
dos planos que
ideaste de
início.
Ergueste o lar
por amor e
tão-só pelo amor
conseguirás
conservá-lo.
Não será
exigindo
tiranicamente
isso ou aquilo
de quem te
compartilha o
teto e a
existência que
te desincumbirás
dos compromissos
a que te
empenhaste.
Unicamente
doando a ti
mesmo em apoio
da esposa ou do
esposo é que
assegurarás a
estabilidade da
união em que
investiste os
melhores
sentimentos.
Se sabes que a
tolerância e a
bondade resolvem
os problemas em
pauta, a ti cabe
o primeiro passo
a fim de
patenteá-las na
vivência comum,
garantindo a
harmonia
doméstica.
Inegavelmente
não se te nega o
direito de adiar
realizações ou
dilatar o prazo
destinado ao
resgate de
certos débitos,
de vez que
ninguém pode
aceitar a
criminalidade em
nome do amor.
Entretanto, nos
dias difíceis do
lar recorda que
o divórcio é
justo, mas na
condição de
medida
articulada em
última
instância.
E não te
esqueças de que
casar-se é
tarefa para
todos os dias,
porquanto
somente da
comunhão
espiritual
gradativa e
profunda é que
surgirá a
integração dos
cônjuges na vida
permutada, de
coração para
coração, na qual
o casamento se
lança sempre
para o Mais
Alto, em
plenitude de
amor eterno.
Do cap. 11 do
livro Na Era
do Espírito,
de autoria de
Chico Xavier, J.
Herculano Pires
e Espíritos
diversos.