WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 322 - 28 de Julho de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 22)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Como entender, à luz do Espiritismo, a frase do Mestre “pedi e dar-se-vos-á”?

Segundo Dr. Arnaldo, quando aprendemos, realmente, desencarnados ou não, a recorrer à Providência Divina, jamais nos escassearão recursos para os cometimentos elevados. O “pedi e dar-se-vos-á” não é uma alegoria, nem tampouco uma promessa vã, que permanece na mensagem evangélica. Tratando-se de um dispositivo de segurança ao alcance de todos, é preciso, porém, que saibamos o que queremos, para que queremos e como devemos pedir, a fim de não colocarmos paixões sufocantes no lugar de necessidades reais, nem caprichos sustentados como sendo bases de apoio para a sobrevivência, porquanto nem tudo o que queremos é sempre o melhor para o nosso progresso real. (Painéis da Obsessão, cap. 26, pp. 210 a 212.)

B. Um dos recursos que possibilitaram a cura do menino Gumercindo foi uma luz projetada sobre ele. Qual a natureza dessa luz?

Trata-se – informou Dr. Arnaldo – da condensação do amor do Divino Médico, restaurando, em definitivo, as forças do enfermo e tonificando-lhe o corpo perispiritual para a empresa a executar. Tudo são vibrações em estados diferentes de energia, desde a pedra até o pensamento que se exterioriza pela vontade. “Eis por que – acrescentou Dr. Arnaldo – se dilata o conceito, cada dia, de que a luz divina cura. Isto porque ela é constituída de energia pura, causa essencial e primitiva da vida orgânica em germe em toda parte.” (Obra citada, cap. 26, pp. 210 a 212.)

C. Nos trabalhos de socorro fluidoterápico é possível evitar a entrada no recinto de Espíritos vulgares, ociosos ou perturbadores?

Sim. Essa preocupação havia na Colônia no tocante ao serviço citado, que era realizado durante uma hora, todos os dias, em recinto próprio. Movimentava-se ali um expressivo número de Entidades operosas em ajuda contínua. A entrada do edifício era guardada por vigilantes do plano espiritual, que controlavam a chegada dos acompanhantes que seguiam seus parceiros encarnados, evitando que adentrassem no recinto os Espíritos vulgares, ociosos, perturbadores, não interferindo apenas quando se tratava de obsessores identificados com os seus hospedeiros. Com vistas a isso, na porta principal da Colônia já haviam sido providenciados cuidados especiais que impedissem a invasão de hordas de irmãos alucinados, asselvajados e perniciosos, poupando assim os servidores do Cristo lutas maiores que suas forças. (Obra citada, cap. 26, pp. 212 e 213.)

Texto para leitura

98. O caso do menino Gumercindo – Após comentar a situação de Argos com Manoel P. de Miranda, Dr. Lustoza convidou-o a visitar uma das crianças da Comunidade que enfermara. O pequenino ardia em febre e tinha ao seu lado o médium Venceslau, que orava, amparado por Irmã Angélica. Havia lágrimas nos olhos do médico. Ele amava aquelas aves implumes tombadas do ninho, pela orfandade material, e assumira, com outros Espíritos amigos e abnegados, a tarefa de os agasalhar no regaço amantíssimo de Jesus. Venceslau compreendia que ali deveria reencontrar os filhos de que descuidara na viagem do tempo, quando o desequilíbrio lhe governara a conduta, assim como os irmãos que ficaram esquecidos na dor e os desafetos que recomeçaram a marcha sob os estigmas de que foram vítimas. Carlos, o companheiro que mais de perto se lhe associara ao ideal, fascinado pelo desafio cristão, se lhe vinculava por experiências transatas, e amava igualmente aqueles seres que lhes chegavam, inseguros e desfalecendo, aguardando diretrizes e reeducação. A Irmã Angélica, que por todos vigiava, reunira-os e trouxera outros afeiçoados colaboradores, de modo a formarem a família da fraternidade cristã, laborando pela própria e pela felicidade geral. Gumercindo, o menino enfermo, era um Espírito querido, que reencetava a caminhada sob o peso de graves dívidas. Renascera por intermédio de humilde senhora portadora de tuberculose pulmonar, que se poupava à alimentação para mais oferecer ao filhinho recém-chegado. Cliente da Casa, recebia ajuda havia algum tempo e, como pressentisse a aproximação da morte, rogara ao médium responsabilizar-se pelo filho, a fim de partir tranquila. Restabeleceram-se desse modo os liames de afetividade entre o trabalhador do Evangelho e o candidato ao crescimento espiritual de volta à carne. O organismo do menino era, contudo, muito frágil e sua saúde periclitava, havendo sérios riscos de desencarnação prematura. Por isso Venceslau empenhava-se na fervorosa oração, rogando misericórdia, tendo ao seu lado a mãe desencarnada do menino, ajoelhada, conforme o hábito da religião que professara. (Cap. 26, pp. 206 e 207.)

99. O senhor atende à prece em favor da criança – A um sinal de Irmã Angélica, Venceslau, amparado psiquicamente por Bernardo, aplicou passes de dispersão fluídica no menino, retirando as energias deletérias que o envenenavam, provenientes de pertinaz processo pneumônico resistente ao tratamento especializado. O sensitivo, carregado de vibrações de alto teor, desembaraçava o frágil organismo das correntes pesadas de energia negativa, ao mesmo tempo em que lhe infundia forças novas. À medida que o passe prosseguia, a febre começou a ceder e uma sudorese abundante foi-se alastrando por todo o pequeno corpo, passando a respiração, lentamente, ao ritmo de quase normalidade. Concluída a terapia fluídica, Irmã Angélica desembaraçou o Espírito de Gumercindo da teia material e o desdobrou, como ocorre nos processos do sono natural. Quase de imediato, ele assumiu a personalidade anterior, de quando desencarnara, no século passado, com idade aproximada de doze anos, e, dirigido pela Benfeitora, acercou-se do médium, falando-lhe, comovido: “Necessito, paizinho, de prosseguir. Ajude-me com o seu amor, rogando ao Senhor que nos ampare os propósitos do bem, sustentando-nos na luta redentora”. “Rogue para que possamos ficar juntos por mais algum tempo...” E balbuciou uma breve e sentida prece, que comoveu o médium, Miranda e todos os que acompanhavam a cena. Não havia no recinto qualquer presença perturbadora ou infeliz. Concluída a oração, todos permaneciam em silêncio, quando uma luz de tonalidade indescritível adentrou-se pela parte superior da habitação, banhando o corpo do menino, e uma voz suave fez-se ouvir: “O Senhor aquiesceu às vossas rogativas. Bendizei-o! Gumercindo permanecerá na Terra”. Irmã Angélica rendeu graças ao Senhor e reconduziu Gumercindo-Espírito ao corpo. Dr. Arnaldo acercou-se do médium e recomendou-lhe trocar as roupas úmidas do paciente e do leito, aplicando-lhe uma substância para o caso e despertando-o, em seguida, para sorver um caldo quente, a fim de auxiliar o organismo depauperado. (Cap. 26, pp. 208 e 209.)

100. Depende de nós a sintonia com o equilíbrio geral – Percebendo a emoção de Manoel P. de Miranda diante dos acontecimentos, Dr. Arnaldo asseverou: “Quando aprendamos, realmente, desencarnados ou não, a recorrer à Providência Divina, jamais nos escassearão recursos para os cometimentos elevados”. Fazendo parte do Todo Universal, a fim de preservarmos a essência divina que nos sustenta e que deve ser desenvolvida, é necessário esforço e tenacidade. Partícula de luz, que todos somos, nosso fanal é a Grande Luz, cuja potencialidade jaz em nós. O “pedi e dar-se-vos-á” não é uma alegoria, nem tampouco uma promessa vã, que permanece na mensagem evangélica. Tratando-se de um dispositivo de segurança ao alcance de todos, é preciso, porém, que saibamos o que queremos, para que queremos e como devemos pedir, a fim de não colocarmos paixões sufocantes no lugar de necessidades reais, nem caprichos sustentados como sendo bases de apoio para a sobrevivência, porquanto nem tudo o que queremos é sempre o melhor para o nosso progresso real. O médico explicou, também, que a voz que trouxe a resposta superior poderia ter chegado através de Irmã Angélica; contudo, dada a importância do fato, os Mensageiros Superiores preferiram propiciar a todos ali reunidos a emoção de participarem da anuência de Mais Alto. Há casos – disse ele – em que Emissários trazem as anotações do Alto em pergaminhos de substância muito sutil; noutras vezes, as respostas chegam através da telepatia elevada, e há, ainda, ocasiões em que não se fazem necessárias quaisquer formas, aguardando-se com tranquilidade os acontecimentos que sucederão. “E a luz que se projetou sobre Gumercindo?”, indagou Miranda. “Trata-se – informou o médico – da condensação do amor do Divino Médico, restaurando, em definitivo, as forças do enfermo e tonificando-lhe o corpo perispiritual para a empresa a executar.” Tudo são vibrações em estados diferentes de energia, desde a pedra até o pensamento que se exterioriza pela vontade. Captadas pelos Centros de registros mentais e transmitidas aos sábios prepostos do Senhor, as nossas rogativas facilmente traduzem o significado real das nossas aspirações, facultando-lhes, ao mesmo tempo, ajuizar com presteza a respeito da conveniência ou não, da justeza e oportunidade do pedido, facilitando desse modo o seu deferimento. “Eis por que – acrescentou Dr. Arnaldo – se dilata o conceito, cada dia, de que a luz divina cura. Isto porque ela é constituída de energia pura, causa essencial e primitiva da vida orgânica em germe em toda parte.” Gumercindo estava, pois, com a reencarnação assegurada, cabendo o resultado do seu ministério à sua conduta, ao seu livre-arbítrio, ante as lições da existência em recomeço. (Cap. 26, pp. 210 a 212. )

101. Fluidoterapia na Colônia – A Comunidade mantinha um serviço de socorro fluidoterápico aos necessitados, durante uma hora, todos os dias, em recinto próprio. Movimentava-se ali um expressivo número de Entidades operosas em ajuda contínua. A entrada do edifício era guardada por vigilantes do plano espiritual, que controlavam a chegada dos acompanhantes que seguiam seus parceiros encarnados, evitando que adentrassem no recinto os Espíritos vulgares, ociosos, perturbadores, mas não interferindo quando se tratava de obsessores identificados com os seus hospedeiros. Na porta principal da Colônia já haviam sido providenciados cuidados especiais que impedissem a invasão de hordas de irmãos alucinados, asselvajados e perniciosos, poupando assim os servidores do Cristo lutas maiores que suas forças. Chegavam ali pessoas sob altas cargas fluídicas deprimentes, intoxicadas pelas próprias vibrações, decorrentes das mentes viciadas e caprichosas. Alguns padeciam de doenças orgânicas e psíquicas rebeldes, em conexão com processos obsessivos, enquanto noutras os quadros da subjugação espiritual inferior eram patentes. Variavam também os estados de receptividade ao recurso buscado. Uns eram incrédulos sistemáticos, que ocorriam ali indiferentes e frios, como se estivessem fazendo um favor àqueles que os iam beneficiar; outros; ansiosos por efeitos imediatos, não cogitavam em esforçar-se pela própria melhora; muitos, aturdidos pelos conflitos, não dispunham de clima mental para sintonizar e absorver as forças curadoras que receberiam e logo delas se liberavam, sem qualquer proveito quase. Evidentemente, viam-se ali clientes afervorados, que se faziam assinalar por predisposição favorável ao mister, credenciando-se a resultados benéficos mais imediatamente. Todos, porém, adentravam assessorados por enfermeiros especializados que lhes identificavam as causas dos problemas e das mazelas, não interferindo de moto próprio, mas vigilantes para a cooperação adequada no momento dos passes. Uma leitura evangélica breve era feita como preparação para o auxílio espiritual: contudo grande número ficava com a mente dispersa durante aqueles rápidos minutos que se destinavam a criar as condições propiciatórias à terapêutica buscada. Desinteressados, permaneciam com a mente nos vícios habituais, mantendo as ideias comuns, sem intentarem o mais leve esforço pela renovação íntima ou, pelo menos, ouvindo com alguma atenção, a fim de meditarem e reflexionarem depois. (Cap. 26, pp.212 e 213.)
(Continua no próximo número.) 


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita