Para os cristãos, ele é
um encanto, mas o que é
mesmo
o Espírito Santo?
O Espírito Santo tem
várias interpretações.
Para uns, ele é também o
Espírito de Verdade, o
Consolador, o Paracleto,
a Terceira Pessoa
trinitária e Deus. Essa
visão é de acordo com o
dogma trinitário, e é
também parcialmente
bíblica.
Pode-se tomá-lo também
como o próprio Espírito
de Deus, o que é
igualmente bíblico.
“Deus é o Pai dos
Espíritos”, ou o
Espírito chefe.
(Hebreus, 12: 9). Mas
para teólogos, ele é o
amor entre o Pai e o
Filho. Então, ele seria
apenas uma metáfora para
eles? E por que eles não
ensinam assim para os
seus fiéis?
E, ainda, outros o veem
como uma espécie de
coletivo dos Espíritos,
significando, pois, o
conjunto de todos eles.
Essa visão é geralmente
aceita pelos espíritas,
e tem forte fundamento
bíblico. “Eu farei
levantar-se entre vós um
homem de um Espírito
Santo chamado Daniel.”
(Daniel, 13: 45, da
Bíblia Católica, pois a
Protestante só tem 12
capítulos.) “Nosso corpo
é santuário de um
Espírito Santo” (1
Coríntios, 6: 19). E,
quando na Bíblia se diz
que o espírito de Deus
se manifestou a alguém,
não é o próprio Espírito
de Deus, mas um espírito
humano de Deus, do bem.
“Para que Deus vos
conceda espírito de
sabedoria” (Efésios, 1:
17).
No início do
Cristianismo, falava-se
em “um” espírito e em
espíritos, e não em “o
Espírito Santo”,
desconhecido de São
Paulo. E depois que os
teólogos criaram o dogma
da Santíssima Trindade,
eles substituíram a
expressão bíblica “um
espírito” pela de “o
Espírito Santo”, com as
iniciais maiúsculas,
dando a entender que se
tratava apenas do Deus
da Terceira Pessoa
trinitária. E, para
eles, todos os demais
Espíritos manifestantes
na Bíblia e fora dela
seriam maus ou deuses
pagãos, e jamais
Espíritos humanos.
Erraram grandemente os
teólogos, pois todos os
Espíritos manifestantes
são humanos: os bons
(anjos, santos), os mais
ou menos (a maioria) e
os maus ou ainda
impuros. (1 João, 4:1).
Realmente, são todos
eles, nos originais
gregos, “daimones”, cujo
significado verdadeiro é
de almas ou espíritos
humanos.
A expressão: “O pecado
contra o Espírito Santo
(contra a voz da
consciência) não tem
perdão nesta vida nem em
outra”, quer dizer, a
falta tem mesmo que ser
paga. Para alguns
autores, trata-se de
mais uma interpolação
(acréscimo) feita na
Bíblia, para dar mais
crédito à criação do
dogma do Espírito Santo
trinitário. Mas para os
próprios teólogos, ele é
o amor entre o Pai e o
Filho. Então, ele, seria
apenas uma metáfora? E
por que, então, eles não
ensinam isso para os
fiéis? (Mais detalhes em
meu livro: “A Face
Oculta das Religiões”,
Ed. EBM, SP.)
Deus nunca se manifestou
diretamente na Bíblia.
“Quem vir Deus não
continua vivo” (Êxodo,
33: 20). “Ninguém jamais
viu a Deus, a não ser
aquele que lá de cima
desceu.” (João, 1: 18).
Como vimos,
biblicamente, podemos
dizer – sem querer fazer
ironia, e com o devido
respeito – que o
Espírito Santo é o
conjunto dos demônios!
Nota da Redação:
Na questão 312 do livro
“O Consolador”,
psicografado por Chico
Xavier, Emmanuel diz que
o termo Espírito Santo
designa a legião dos
Espíritos redimidos e
santificados que
cooperam com o Divino
Mestre, desde os
primeiros dias da
organização terrestre,
sob a misericórdia de
Deus.