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Brasil
Ano 7 - N° 327 - 1º de Setembro de 2013
ANGÉLICA REIS 
reis.angelica2@gmail.com 
Londrina, PR (Brasil)
 


A Mansão do Caminho chega aos 61 anos de idade

Divaldo Franco e Nilson de Souza Pereira fundaram a Mansão no dia 15 de agosto de 1952
 

Divaldo Franco e Nilson de Souza Pereira (foto) se conheceram em agosto de 1945, quando Divaldo lecionava na Escola de Datilografia Nossa Senhora do Carmo, no bairro dos Quinze Mistérios, em Santo Antônio, Salvador, e ali Nilson se matriculou. Nasceu então uma amizade, uma fraternidade espiritual que,  alicerçada   e   fomentada   pelo

Espiritismo, duraria para toda a vida. Fundada em agosto de 1952, a Mansão do Caminho é, como sabemos, um admirável complexo educacional e assistencial, contando com 50 edificações, fora as construções em andamento, distribuídas em ruas, bosques e lago, onde são atendidas três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda.
 

Construída em Salvador-BA numa área de 78.000 metros quadrados, a Mansão é envolvida pelo verde profundo da mata nativa e pelo colorido festivo dos seus jardins, onde atividades socioeducacionais inúmeras são desenvolvidas, como, por exemplo: Creche, escolas de ensino Pré-Escolar, Básico e Fundamental, Informática, Cerâmica, Panificação, Bordado, Tapeçaria, Reciclagem de Papel, Centro Médico, Laboratório de Análises Clínicas, Atendimento Fraterno, Caravana Auta de Souza, Casa da Cordialidade e Bibliotecas.

Para movimentar toda esse trabalho, a instituição conta com mais de 200 funcionários, além de 400 colaboradores voluntários permanentes. 

Uma visita à Mansão do Caminho – Anos atrás, nossos companheiros Elza e Marcos Guapo, da cidade de Astorga-PR, visitaram a Mansão e, na volta, registraram em texto o que viram. Publicada originalmente no jornal “O Imortal”, de Cambé-PR, eis a reportagem escrita pelos companheiros citados, a qual recebeu o título “Uma visita à Mansão do Caminho”:

“Já conhecíamos a cidade de Salvador, capital da Bahia, com suas belas praias, suas igrejas suntuosas, ornamentadas com belas imagens e ricamente decoradas em ouro. O pelourinho, onde os negros eram castigados e tratados como animais, também já havia sido visitado por nós em outra ocasião. Desta vez, no entanto, o motivo de nossa viagem era outro: conhecer a Mansão do Caminho, fundada por Divaldo Pereira Franco e alguns colaboradores anônimos, que muito lutaram com ele.

A Mansão do Caminho situa-se no bairro de Pau da Lima em Salvador, um dos bairros mais pobres daquela cidade,  onde  a  miséria é claramente 

Fachada da Mansão do Caminho

Jovens atendidos pela instituição

O auditório em dia de festa

Divaldo com um grupo de senhoras

Elza e Marcos no Recanto de Joanna

visível e dentro do qual Divaldo e seus companheiros construíram uma verdadeira cidade.

Fomos muito bem recebidos e um casal nos mostrou toda a cidade, constituída por várias casas, bibliotecas, creche, livraria e escolas. Ficamos muito surpresos ao constatar o tamanho do terreno. O casal que nos acompanhou explicou que era um terreno menor, que foi aumentando na medida das necessidades. As ruas trazem nomes de figuras conhecidas no meio espírita, como Allan Kardec, Joanna de Ângelis e outros.

A Mansão era inicialmente formada por casas-lares – No princípio o trabalho era desenvolvido de forma diferente. A Mansão era formada de casas-lares, ocupadas por casais que ajudaram a fundar a entidade, nas quais se acolhiam crianças sem família. Em cada casa-lar vivia um casal e com ele cerca de quatro a cinco crianças. Mais tarde, a Mansão do Caminho tornou-se uma instituição com finalidade um pouco diferente. As crianças passaram a ser acolhidas em uma creche, que é considerada modelo, com todo o conforto e assistência que uma criança precisa ter. Elas chegam de manhã e só saem à tardinha, quando as mães vêm buscá-las. Todas retornam, então, para os seus lares, limpas e alimentadas.

A Mansão possui também uma Escola de 1º grau e vários locais onde voluntários confeccionam peças para bazares beneficentes voltados para gestantes. As crianças recebem tratamento médico-hospitalar, dentário e psicológico, o que é realizado tanto por voluntários quanto por profissionais remunerados. Esses benefícios são estendidos à população do bairro, que é, como dissemos, muito necessitada. A instituição serve também, diariamente, sopa para muitas famílias e também cestas básicas às mais carentes.

O Centro Espírita Caminho da Redenção, onde Divaldo profere palestras quando se encontra na cidade e participa de sessões mediúnicas, recebendo mensagens que auxiliam encarnados e desencarnados, situa-se dentro do mesmo terreno da Mansão, onde existe também um ginásio de esportes.

Ficamos encantados com o Recanto de Joanna, homenagem singela de Divaldo à sua mentora espiritual. Parece até que podíamos sentir a presença da nobre entidade naquele local.

Divaldo utiliza um quarto e por ele paga aluguel – Perguntamos ao casal onde ficava a casa de Divaldo e eles nos levaram até a chamada Casa Grande. A casa é realmente grande, mas o casal nos explicou que Divaldo possui lá apenas um quarto, pelo qual, com sua aposentadoria, paga aluguel. Outras pessoas residem com ele na casa, pessoas amigas que o ajudaram a fundar a Mansão do Caminho e continuam até hoje trabalhando a seu lado.

A instituição se mantém independente de qualquer auxílio público. Toda a renda arrecadada com a venda dos livros psicografados pelo grande médium é revertida para a manutenção da entidade.

Conhecemos a gráfica, que dispõe de equipamentos de última geração em matéria de impressão. Ali são editadas as obras de Divaldo e distribuídas por todo o Brasil e para vários países da América do Sul, América do Norte e Europa.

Ao podermos conhecer tamanha obra assistencial, tanto amor e dedicação por parte de Divaldo Pereira Franco e daqueles que o auxiliam, só temos a agradecer a Deus por termos conosco esse grande missionário, tão sabiamente chamado de Semeador de Estrelas por Suely Caldas Schubert.

Muito obrigado, Divaldo, por você existir! Obrigado, Senhor, por termos entre nós Espíritos desta categoria, convivendo conosco que somos ainda tão imperfeitos.

Obrigado, meu Deus, por sabermos que Salvador não possui apenas o luxo das grandes igrejas decoradas com ouro e que nada oferecem àquele povo tão necessitado, porque a cidade conta com essa obra maravilhosa de caridade, proporcionada por seguidores da Doutrina Espírita.” 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita