A Mansão do Caminho
chega aos 61 anos de
idade
Divaldo Franco e Nilson
de Souza Pereira
fundaram a Mansão no dia
15 de agosto de 1952
Divaldo Franco e Nilson
de Souza Pereira
(foto) se
conheceram em agosto de
1945, quando Divaldo
lecionava na Escola de
Datilografia Nossa
Senhora do Carmo, no
bairro dos Quinze
Mistérios, em Santo
Antônio, Salvador, e ali
Nilson se matriculou.
Nasceu então uma
amizade, uma
fraternidade espiritual
que,
alicerçada
e
fomentada
pelo
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Espiritismo,
duraria
para
toda a
vida.
Fundada
em
agosto
de 1952,
a Mansão
do
Caminho
é, como
sabemos,
um
admirável
complexo
educacional
e
assistencial,
contando
com 50
edificações,
fora as
construções
em
andamento,
distribuídas
em ruas,
bosques
e lago,
onde são
atendidas
três mil
crianças
e jovens
de
famílias
de baixa
renda.
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Construída em
Salvador-BA numa área de
78.000 metros quadrados,
a Mansão é envolvida
pelo verde profundo da
mata nativa e pelo
colorido festivo dos
seus jardins, onde
atividades
socioeducacionais
inúmeras são
desenvolvidas, como, por
exemplo: Creche, escolas
de ensino Pré-Escolar,
Básico e Fundamental,
Informática, Cerâmica,
Panificação, Bordado,
Tapeçaria, Reciclagem de
Papel, Centro Médico,
Laboratório de Análises
Clínicas, Atendimento
Fraterno, Caravana Auta
de Souza, Casa da
Cordialidade e
Bibliotecas.
Para movimentar toda
esse trabalho, a
instituição conta com
mais de 200
funcionários, além de
400 colaboradores
voluntários
permanentes.
Uma visita à Mansão do
Caminho
– Anos atrás, nossos
companheiros Elza e
Marcos Guapo, da cidade
de Astorga-PR, visitaram
a Mansão e, na volta,
registraram em texto o
que viram. Publicada
originalmente no jornal
“O Imortal”, de Cambé-PR,
eis a reportagem escrita
pelos companheiros
citados, a qual recebeu
o título “Uma visita à
Mansão do Caminho”:
“Já conhecíamos a cidade
de Salvador, capital da
Bahia, com suas belas
praias, suas igrejas
suntuosas, ornamentadas
com belas imagens e
ricamente decoradas em
ouro. O pelourinho, onde
os negros eram
castigados e tratados
como animais, também já
havia sido visitado por
nós em outra ocasião.
Desta vez, no entanto, o
motivo de nossa viagem
era outro: conhecer a
Mansão do Caminho,
fundada por Divaldo
Pereira Franco e alguns
colaboradores anônimos,
que muito lutaram com
ele.
A Mansão
do
Caminho
situa-se
no
bairro
de Pau
da Lima
em
Salvador,
um dos
bairros
mais
pobres
daquela
cidade,
onde
a
miséria
é
claramente
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Fachada da Mansão do Caminho |
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Jovens atendidos pela instituição |
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O auditório em dia de festa |
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Divaldo com um grupo de senhoras |
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Elza e Marcos no Recanto de Joanna |
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visível
e dentro
do qual
Divaldo
e seus
companheiros
construíram
uma
verdadeira
cidade. |
Fomos muito bem
recebidos e um casal nos
mostrou toda a cidade,
constituída por várias
casas, bibliotecas,
creche, livraria e
escolas. Ficamos muito
surpresos ao constatar o
tamanho do terreno. O
casal que nos acompanhou
explicou que era um
terreno menor, que foi
aumentando na medida das
necessidades. As ruas
trazem nomes de figuras
conhecidas no meio
espírita, como Allan
Kardec, Joanna de
Ângelis e outros.
A Mansão era
inicialmente formada por
casas-lares
– No princípio o
trabalho era
desenvolvido de forma
diferente. A Mansão era
formada de casas-lares,
ocupadas por casais que
ajudaram a fundar a
entidade, nas quais se
acolhiam crianças sem
família. Em cada
casa-lar vivia um casal
e com ele cerca de
quatro a cinco crianças.
Mais tarde, a Mansão do
Caminho tornou-se uma
instituição com
finalidade um pouco
diferente. As crianças
passaram a ser acolhidas
em uma creche, que é
considerada modelo, com
todo o conforto e
assistência que uma
criança precisa ter.
Elas chegam de manhã e
só saem à tardinha,
quando as mães vêm
buscá-las. Todas
retornam, então, para os
seus lares, limpas e
alimentadas.
A Mansão possui também
uma Escola de 1º grau e
vários locais onde
voluntários confeccionam
peças para bazares
beneficentes voltados
para gestantes. As
crianças recebem
tratamento
médico-hospitalar,
dentário e psicológico,
o que é realizado tanto
por voluntários quanto
por profissionais
remunerados. Esses
benefícios são
estendidos à população
do bairro, que é, como
dissemos, muito
necessitada. A
instituição serve
também, diariamente,
sopa para muitas
famílias e também cestas
básicas às mais
carentes.
O Centro Espírita
Caminho da Redenção,
onde Divaldo profere
palestras quando se
encontra na cidade e
participa de sessões
mediúnicas, recebendo
mensagens que auxiliam
encarnados e
desencarnados, situa-se
dentro do mesmo terreno
da Mansão, onde existe
também um ginásio de
esportes.
Ficamos encantados com o
Recanto de Joanna,
homenagem singela de
Divaldo à sua mentora
espiritual. Parece até
que podíamos sentir a
presença da nobre
entidade naquele local.
Divaldo utiliza um
quarto e por ele paga
aluguel
– Perguntamos ao casal
onde ficava a casa de
Divaldo e eles nos
levaram até a chamada
Casa Grande. A casa é
realmente grande, mas o
casal nos explicou que
Divaldo possui lá apenas
um quarto, pelo qual,
com sua aposentadoria,
paga aluguel. Outras
pessoas residem com ele
na casa, pessoas amigas
que o ajudaram a fundar
a Mansão do Caminho e
continuam até hoje
trabalhando a seu lado.
A instituição se mantém
independente de qualquer
auxílio público. Toda a
renda arrecadada com a
venda dos livros
psicografados pelo
grande médium é
revertida para a
manutenção da entidade.
Conhecemos a gráfica,
que dispõe de
equipamentos de última
geração em matéria de
impressão. Ali são
editadas as obras de
Divaldo e distribuídas
por todo o Brasil e para
vários países da América
do Sul, América do Norte
e Europa.
Ao podermos conhecer
tamanha obra
assistencial, tanto amor
e dedicação por parte de
Divaldo Pereira Franco e
daqueles que o auxiliam,
só temos a agradecer a
Deus por termos conosco
esse grande missionário,
tão sabiamente chamado
de Semeador de Estrelas
por Suely Caldas
Schubert.
Muito obrigado, Divaldo,
por você existir!
Obrigado, Senhor, por
termos entre nós
Espíritos desta
categoria, convivendo
conosco que somos ainda
tão imperfeitos.
Obrigado, meu Deus, por
sabermos que Salvador
não possui apenas o luxo
das grandes igrejas
decoradas com ouro e que
nada oferecem àquele
povo tão necessitado,
porque a cidade conta
com essa obra
maravilhosa de caridade,
proporcionada por
seguidores da Doutrina
Espírita.”
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