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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 327 - 1º de Setembro de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 27)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Que é dito pelo autor desta obra a respeito de tolerância?

É comum que esperemos por tolerância; no entanto, são poucos os que sabem vivê-la. Sempre a queremos para nós, mesmo que seja em prejuízo da ordem. Que se precatem, porém, os bons trabalhadores, do "fermento farisaico" e nunca receiem enfrentar o mal, mesmo que a prejuízos na área das amizades e dos relacionamentos humanos. O dever está acima do prazer. No caso das dificuldades que a Colônia passou a enfrentar, a prece, o trabalho e a humildade foram os fortes pilotis da caridade, para que o vendaval da amargura não derruísse o trabalho do bem. (Painéis da Obsessão, cap. 30, pp. 252 e 253.)

B. Qual é o maior antídoto à obsessão?

O maior antídoto à obsessão, além da comunhão mental com Deus, é a ação enobrecedora. O trabalho edificante constitui força de manutenção do equilíbrio, porque, desenvolvendo as atividades mentais, pela concentração na responsabilidade e na preocupação para executar os deveres, desconecta os plugs que se encaixam nas matrizes psíquicas receptoras das induções obsessivas. O homem de bem, que age com morigeração, sem a febricidade extenuadora, constrói uma couraça de resistência aos Espíritos perturbadores e às suas descargas mentais, que os desanimam, quando pretendem desenvolver um cerco de alienação obsessiva. Isto porque, não se sentindo aceitos, logo desistem, partindo em busca de respostas mentais em campos de ociosidade psíquica, nos quais é mais fácil a captação do pensamento deprimente.(Obra citada, cap. 31, pp. 254 a 256.)

C. No tratamento da obsessão a oração é importante?

Sim. A oração representa a psicoterapia antiobsessiva mais relevante e está ao alcance de toda e qualquer pessoa responsável, de boa vontade. (Obra citada, cap. 31, pp. 254 a 256.)

Texto para leitura

118. Argos reencontra Maurício - O refazimento de Argos transcorria conforme o esperado por seus amigos espirituais e D. Anaide transmitia ao filho ideias de bom ânimo, estabelecendo com ele verdadeiros diálogos mentais, emulando-o a uma decisão final sobre a aplicação da existência física, eliminando os clichês viciados que ele preservara e favorecendo-o com reflexões evangélicas, ao mesmo tempo em que o induzia ao estudo e à meditação d' O Evangelho segundo o Espiritismo. Áurea, de retorno ao lar, volvera a ser a esposa-mãe vigilante, desdobrando-se por amparar e estimular o marido no programa de recuperação. Quando das excursões à cidade interiorana, onde residia o médium Antônio Fernandes, reencontraram Maurício ansioso, buscando a luz libertadora da fé. O estoico médium, que enfrentava as compreensíveis dificuldades do meio hostil onde vivia, fazia-se respeitar pelos labores de amor e perseverança nas atividades espíritas, que colocava a serviço do bem geral. Fora ele quem amparara doutrinariamente o jovem Maurício, desde a memorável noite em que fora apresentar o Espiritismo no burgo em que o rapaz residia. A família Fernandes tivera particular destaque nas lutas religiosas da Boêmia, no século XV, e por isso diversos dos seus membros se debatiam com o processo obsessivo, decorrência dos velhos débitos contraídos. (Cap. 30, pp. 248 e 249)

119. Dias difíceis na Colônia - Nessas viagens periódicas, Argos e Áurea estabeleceram uma faixa de amizade com o neófito estudante da Doutrina, que tenderia a aumentar na sucessão do tempo. Maurício passou a visitá-los na Colônia, reencontrando Venceslau e Carlos, por quem sentiria o reacender de velha amizade, que o corpo não lograva abafar de todo. Maurício entusiasmou-se a tal ponto com os trabalhos da Colônia, que conseguiu ser aceito, em caráter experimental, no grupo de realizações espirituais conduzido por Irmã Angélica. Aos poucos, porém, sem mostrar esforço para eliminar suas mazelas e esperando milagres que não ocorrem, desencantou-se com o trabalho, considerando enfadonha a rotina da caridade e monótona a convivência ali, sem as novidades do agrado dos frívolos e irresolutos. O tempo demonstrou, desse modo, que Maurício, apesar de seus valores morais, não estava apto para compromisso que exigia seriedade e prosseguimento sem as intempestivas variações da emotividade. As tarefas que lhe diziam respeito eram deixadas à margem, por falta do hábito de trabalhar com método, por ausência de disciplina, por inquietação íntima... Os antigos sigismundistas passaram a reviver o psiquismo do pretérito e, na impossibilidade de restabelecerem as antigas orgias, tentaram implantar desordens e desequilíbrios na máquina administrativa, tornando-se maus exemplos para os demais cooperadores. Conversações ininterruptas, planos vazios de conteúdo e ideias de espairecimentos constantes, em prejuízo da ação responsável e do trabalho ordeiro... Argos, novamente esquecido dos deveres, sentia-se estuar de vitalidade e realização interior. Reencontrara motivação para sorrir e, em sua volta, instalou-se o psiquismo da futilidade, do júbilo inconsequente, que atraía, evidentemente, alguns corações invigilantes, amigos desprevenidos. A erva má da maledicência começou a grassar no meio geral e a Colônia passou a enfrentar, por causa disso, dias difíceis. (Cap. 30, pp. 250 e 252)

120. Espíritas, cuidado com o "fermento farisaico"! - Com um grande número de médiuns em começo de tarefa, na educação de suas faculdades, porque ainda vinculados aos anteriores hábitos, estes facilmente sintonizavam com o ambiente irresponsável, engrossando-lhe as fileiras. Irmã Angélica, vigilante, escrevia advertências, ministrava lições, informava, com incessantes convites à mudança de comportamento dos distraídos. O contágio da insensatez, no entanto, lentamente punha em perigo o trabalho superior. O médium Venceslau, convidado à ordem, percebeu a gravidade das ocorrências e começou, de maneira hábil, a tomar providências com Carlos, a benefício de todos. É comum que esperemos por tolerância; no entanto, são poucos os que sabem vivê-la. Sempre a queremos para nós, mesmo que seja em prejuízo da ordem. Que se precatem, porém, os bons trabalhadores, do "fermento farisaico" e nunca receiem enfrentar o mal, mesmo que a prejuízos na área das amizades e dos relacionamentos humanos. O dever está acima do prazer. A conjuntura era mais um teste para Venceslau e sua equipe. Desvairado, na sua irresponsabilidade, Argos deixara-se influenciar por Maurício e, por sua vez, o influenciava também, querendo transformar os compromissos num convescote... Entidades perversas passaram, assim, a assediar mais de perto o grupo desatento, com a permissão de Irmã Angélica, a fim de aprenderem por experiência própria. Venceslau, em prece fervorosa, recorreu à misericórdia divina, dispondo-se a maior quota de sofrimento moral, conquanto fossem restabelecidas as condições antes existentes. Seu apelo recebeu o aval de Irmã Angélica, que lhe fez recomendações especiais. Providenciou-se o afastamento fraternal de Maurício, que possuía, então, um largo círculo de amigos, junto aos quais poderia haurir forças e viver o ideal, sem vinculação com a Colônia. Vagarosamente os labores foram voltando às origens, na medida em que outros corações fraternos partiam para outros rumos, preservando-se as afeições por cima das situações... A prece, o trabalho, a humildade foram os fortes pilotis da caridade, para que o vendaval da amargura não derruísse o trabalho do bem. Maurício, desavisado em si mesmo, tombava na teia sutil de lento processo psíquico, que seria de longo curso, conforme a sua vontade, para liberar-se ou reter-se mais... Argos e Áurea, um tanto amargurados, prosseguiram. O futuro os aguardava com afetos e desafetos que chegariam ou já estavam próximos, em nome do passado. (Cap. 30, pp. 252 e 253)

121. O maior antídoto à obsessão - O maior antídoto à obsessão, além da comunhão mental com Deus – nunca será demasiado repeti-lo –, é a ação enobrecedora. O trabalho edificante constitui força de manutenção do equilíbrio, porque, desenvolvendo as atividades mentais, pela concentração na responsabilidade e na preocupação para executar os deveres, desconecta os plugs que se encaixam nas matrizes psíquicas receptoras das induções obsessivas. O homem de bem, que age com morigeração, sem a febricidade extenuadora, constrói uma couraça de resistência aos Espíritos perturbadores e às suas descargas mentais, que os desanimam, quando pretendem desenvolver um cerco de alienação obsessiva. Isto porque, não se sentindo aceitos, logo desistem, partindo em busca de respostas mentais em campos de ociosidade psíquica, nos quais é mais fácil a captação do pensamento deprimente, que passa a ser digerido através de um desdobramento de reflexões que levam à sua fixação, primeiro passo para o distúrbio do comportamento psicológico. A oração representa a psicoterapia antiobsessiva mais relevante, que está ao alcance de toda e qualquer pessoa responsável, de boa vontade. Desses elementos decorrerão a conduta moral, a consciência de discernimento que leva ao estudo espírita, mediante cujo conhecimento o paciente se abastece de forças para levar adiante os cometimentos dignificantes. O estudo contribui muito, e definitivamente, para a compreensão dos códigos que regem a vida, do entendimento das causas atuais e passadas das aflições, da maneira de conhecer as leis dos fluidos, e é um estímulo contínuo para a perseverança no clima das realizações espirituais libertadoras. Conforme dissera Felipe, outros cobradores desejosos de desforço passaram a sitiar a casa mental de Argos. Estimulado de um lado pela irresponsabilidade de Maurício, incapaz de assumir compromissos superiores e deles desincumbir-se a contento, o jovem facilmente revinculava-se a Entidades perversas e impudicas que o espreitavam. Quase baldados eram, pois, os contributos gerais em seu favor, desde que, ao invés de constituir-lhe emulação para a liberdade definitiva, a ajuda recebida parecia-lhe um contributo que supunha merecer, e ele não valorizava, como devia, o esforço conjugado que lhe dispensavam os amigos de ambos os lados da Vida... Nunca se deve esquecer que, sendo o obsidiado o devedor, é muito justo que sua contribuição maior seja o esforço pessoal, o mais relevante, assim como o sacrifício do paciente deve constituir a maior quota no processo da própria recuperação. As pessoas enredadas nos problemas que exigem renovação própria dificilmente compreendem essa realidade, e, quando o entendem, nem sempre se conscientizam do esforço, até a exaustão, se necessário, que lhes cumpre desenvolver. Evidentemente, esse comportamento dificulta-lhes a terapia lenificadora, fazendo adiar o momento da plenitude. (Cap. 31, pp. 254 a 256)
(Continua no próximo número.) 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita