O leitor Sergio Henrique
Ribas de Oliveira, de
Joinville-SC, pergunta-nos
se a esquizofrenia poderia
ser causada por uma má
influência espiritual, ou se
trata de uma doença de
natureza genética.
A esquizofrenia não tem, em
princípio, relação nenhuma
com o fenômeno da obsessão.
Segundo o Instrutor
Calderaro, originando-se de
sutis perturbações do
organismo perispirítico, a
esquizofrenia traduz-se no
corpo físico por
surpreendente conjunto de
moléstias variáveis e
indeterminadas. Essa seria a
principal característica da
enfermidade: a diversidade
de moléstias variadas e
indeterminadas. (No Mundo
Maior, cap. 12, pp. 169 e
170.)
Pensamento semelhante foi
exposto em artigo publicado
na edição 25 desta revista
pelo confrade e médico
Leonardo Machado, radicado
no Recife-PE. Segundo ele,
embora seja discutida como
se fosse uma doença única, a
esquizofrenia pode ser
considerada como uma
síndrome heterogênea, ou
ainda, como um grupo de
transtornos com causas
heterogêneas. A sua história
pode ser considerada a
história da própria
psiquiatria, uma vez que a
quantidade de estudiosos
dessa enfermidade é vasta.
Nesse contexto, o psiquiatra
francês Benedict Morel
(1809-1873) foi quem
primeiro se utilizou do
termo démense precoce, o
qual seria latinizado, mais
tarde, por Emil Kraepelin
(1856-1926) como dementia
precox. Coube, porém, ao
suíço Eugen Bleuer, em 1911,
a criação do termo
“esquizofrenia”, que indica
a presença de um cisma entre
pensamento, emoção e
comportamento (esquizo
= cisão, frenia = mente).
Eis o link que remete
ao artigo citado -
http://www.oconsolador.com.br/25/leonardo_machado.html
Em setembro de 2011, durante
seminário realizado pela
Associação Médico-Espírita
do ABC, em São Bernardo do
Campo-SP, o dr. Roberto
Lúcio Vieira, diretor
clínico do Hospital Espírita
André Luiz, de Belo
Horizonte-MG, e então
vice-presidente da
Associação Médico-Espírita
do Brasil (AME-Brasil),
apresentou o caso de um
paciente internado com
esquizofrenia grave que
passou por um processo de
regressão espontânea, o que
trouxe dados importantes
para a compreensão das
enfermidades mentais do
ponto de vista espiritual.
Como causas gerais da
esquizofrenia, foram
apontadas então alterações
energéticas, herança
genética, comprometimentos
graves do espírito em vida
pretérita, muitas vezes com
abuso da inteligência,
homicídio ou mesmo o
suicídio, e ainda, fatores
exógenos como químicos,
traumáticos e
sócio-familiares. Segundo o
Dr. Roberto, nem todo doente
mental fica enfermo pela
ação espiritual, mas esta
sim pode agravar quadros
mentais. A obsessão
espiritual é uma propriedade
do pensamento, com ênfase
nas sintonias negativas e
geralmente é um processo de
mão dupla. Eis o link
que remete à reportagem -
http://www.oconsolador.com.br/ano5/227/especial2.html
Em entrevista concedida
durante um programa de Hebe
Camargo, na TV Bandeirantes,
no dia 20 de junho de 1985,
Chico Xavier respondeu a um
questionamento feito pela
convidada Nair Belo, no qual
o saudoso médium referiu-se
também ao tema de que
tratamos. Nair Belo lhe
perguntou se um filho
excepcional é um carma ou
uma prova para os pais.
Chico Xavier assim
respondeu:
“Nair, a criança excepcional
sempre me impressionou pelo
sofrimento de que ela é
portadora, não somente em se
tratando dela mesma, mas,
também, dos pais e isso tem
sido o tema de várias
conversações minhas com o
nosso Emmanuel, que é o guia
espiritual de nossas
tarefas. E ele, então, diz
que, regra geral, a criança
excepcional é o suicida
reencarnado, reencarnado
depois de um suicídio
recente, porque a pessoa,
quando pensa que se
aniquila, está apenas
estragando ou perdendo a
roupa que a Providência
Divina permite de que ela se
sirva durante a existência,
que é o corpo físico.
A verdade é que ela em si é
um corpo espiritual; então,
os remanescentes do suicídio
acompanham a criatura que
praticou a autodestruição
para a vida do Mais Além. Lá
ela se demora algum tempo
amparada por amigos que toda
criatura tem, afeições por
toda parte, mas volta à
Terra com os remanescentes
que ela levou daqui mesmo,
após o suicídio.
Se uma pessoa espatifou o
crânio e se o projétil
atingiu o centro da fala,
ela volta com a mudez. Se
atingiu apenas o centro da
visão, ela volta cega, mas
se atingiu determinadas
regiões mais complexas do
cérebro, ela vem em plena
idiotia e aí os centros
fisiológicos não funcionam.
Se ela suicidou-se
mergulhando-se em águas
profundas, ela vem com a
disposição para o enfisema,
um enfisema infantil ou da
mocidade, ou dos primeiros
dias de vida. Se ela, por
exemplo, se enforcou, ela
vem com a paraplegia, depois
de uma simples queda que
toda criança cai do colo da
ama, do colo da mãezinha;
então, quando o processo é
de enforcamento, a vértebra
que foi deslocada, no
enforcamento, vem mais fraca
e, numa simples queda, a
criança é acometida pela
paraplegia.
Outras crianças que vêm
completamente perturbadas –
a esquizofrenia, por
exemplo, diz-se que é o
suicídio, depois do
homicídio. O complexo de
culpa adquire dimensões
tamanhas que o quimismo do
cérebro se modifica e vem a
esquizofrenia como uma
doença verificável, porque
através dos líquidos
expelidos pelo corpo é
possível detectar os
princípios da
esquizofrenia.” Eis o
link que remete à
entrevista -
http://www.oconsolador.com.br/ano6/268/umminutocomchico.html
Como dissemos, não existe,
em princípio, relação entre
obsessão e esquizofrenia,
mas um processo obsessivo de
longo curso pode levar, sim,
o obsidiado à esquizofrenia.
Pelo menos é o que Dr.
Bezerra de Menezes informou
ao referir-se ao caso de
Ester, personagem central do
livro Grilhões Partidos,
obra de Manoel Philomeno de
Miranda, psicografada pelo
médium Divaldo Franco. De
acordo com o cap. XXIII,
item 254, d´O Livro dos
Médiuns, a subjugação
corporal pode ter como
consequência uma espécie de
loucura, cuja causa o mundo
desconhece e que não tem
relação alguma com a loucura
ordinária. Aquele era o caso
da jovem. Se o socorro
divino não a alcançasse
imediatamente, a subjugação
espiritual a conduziria “a
uma situação esquizofrênica
com possibilidades
irreversíveis”, afirmou o
venerável benfeitor
espiritual. (Grilhões
Partidos, cap. 13, pp. 115 e
116.)
Sobre o assunto sugerimos ao
interessado que leia também
o interessante artigo
intitulado “Esquizofrenia”,
assinado por Ricardo Orestes
Forni e publicado na edição
327 desta revista. Eis o
link -
http://www.oconsolador.com.br/ano7/327/ricardo_forni.html
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