Papa Francisco e os
reais valores da vida
Nascido Jorge Mario
Bergoglio, o papa
Francisco é o 266º
papa da Igreja Católica
e o atual chefe do
Vaticano, sucedendo ao
papa Bento XVI, que
abdicou ao papado em 28
de fevereiro de 2013.
Acostumados a ter papas
europeus, os católicos
do mundo inteiro agora
reverenciam um papa
sul-americano, com
grande carisma e notável
popularidade, seguidor
das pegadas luminosas de
Francisco de Assis, e
que já está sendo
chamado de o papa dos
pobres.
Em visita ao Brasil por
ocasião da Jornada
Mundial da Juventude, o
papa Francisco cativou a
todos com a sua
simplicidade, própria
das Almas Boas. Nada de
luxo nem de primazia,
nada de ostentação ou
privilégios.
Aqui, suas palavras
encontraram eco em todos
os corações onde se
aninham a fé, a
esperança, a caridade, a
fraternidade e o amor ao
próximo. Ele quis estar
sempre perto do povo,
sentindo o calor e o
abraço de cada um. “Não
sinto medo”, disse,
justificando que assim
como a mãe quer estar
sempre perto do filho
para beijá-lo,
abraçá-lo, a Igreja, que
também é mãe, não pode
estar longe de seus
filhos. “Mãe por
correspondência, por
decreto, onde já se
viu?”. Assim, também
explicou que não podia
estar em contato com o
povo que tanto queria
reverenciá-lo, dentro de
uma caixa de vidro, como
foi o caso do papamóvel,
que mandou que tirassem
os vidros das laterais.
Interessante o seu
pensamento sobre a
solidariedade, que
“parece um palavrão”,
mas não é. Já muito
antes de Jesus,
Aristóteles (384 a 382
antes de Cristo) dizia
que “O homem é um animal
social”. Séculos mais
tarde, Jesus mostrou a
força da união quando
escolheu doze Apóstolos
para ajudá-lo na
divulgação de seus
ensinamentos. E, no
século 19, Allan Kardec,
no capítulo sobre a Lei
de Sociedade de O Livro
dos Espíritos, disse que
“Nenhum homem dispõe de
faculdades completas e é
pela união social que
eles se completam uns
aos outros, para
assegurar seu próprio
bem-estar e progredir.
Eis por que, tendo
necessidade uns dos
outros, são feitos para
viver em sociedade e não
isolados”.
Neste ponto, é
interessante
relembrarmos por que o
papa Francisco preferiu
permanecer residindo na
Casa Santa Marta, uma
espécie de casa de
hóspedes para bispos,
padres e leigos. “Não
gosto de viver só. Gosto
de estar perto das
pessoas e de levar uma
vida normal.”
O papa Francisco
deixou-nos lições
necessárias, ante os
valores que vivemos hoje
na Terra, frutos de uma
época de transição. Como
se lê no último capítulo
de A Gênese, de Allan
Kardec, “para que os
homens sejam felizes
sobre a Terra é
necessário que ela seja
povoada apenas por
Espíritos encarnados e
desencarnados que apenas
queiram o bem. E o bem
maior, como vemos nos
exemplos deixados por
Madre Tereza de Calcutá,
Irmã Dulce, Francisco
Cândido Xavier, é a
prática da caridade.
Sim. O papa Francisco
falou sobre a
necessidade de união de
todas as religiões
cristãs, em que deve
sobressair a prática da
caridade. Chamou a
atenção para o apego
exagerado ao dinheiro, o
ouro ao qual referiu-se
Bezerra de Menezes, na
mensagem Problemas do
Mundo, do livro O
Espírito da Verdade (FEB),
psicografia de Francisco
Cândido Xavier: “O mundo
está repleto de ouro.
Ouro no solo. Ouro no
mar. Ouro nos cofres.
Mas o ouro não resolve o
problema da miséria”.
(...) “Para extinguir a
chaga da ignorância, que
acalenta a miséria; para
dissipar a sombra da
cobiça, que gera a
ilusão; para exterminar
o monstro do egoísmo,
que promove a guerra;
para anular o verme do
desespero, que promove a
loucura; e para remover
o charco do crime, que
carreia o infortúnio, o
único remédio edificante
é o Evangelho de Jesus,
no coração humano.”
Neste sentido, o papa
Francisco também falou
sobre o jovem e sobre a
criança desamparada, que
Carmem Cinira lembrou
nestes primeiros versos
de Infância e
Caridade, poema
psicografado por Jorge
Rizzini, incluído na
obra Antologia do
Mais Além:
Ó vós, que já trazeis no
coração
A santa Luz do
Cristianismo puro,
Vede a infância perdida!
Pelo caminho duro da
Vida,
Em meio à perdição
Estão jogadas pelas ruas
Milhares de crianças
seminuas
Pedindo pão!