Centro Espírita Gabriel
Ferreira,
65 anos |
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Fundado em 1948, o Gabi
mantém
como sua principal
característica a
fidelidade à obra
kardequiana
O Centro Espírita
Gabriel Ferreira – que
recebeu este nome para
homenagear um dos
mentores da Casa e de
sua fundadora – foi
oficialmente criado em
10 de agosto de 1948,
fruto da mediunidade de
Aparecida Faria, que
atraía muitas pessoas à
sua residência. A
instituição localiza-se
na Rua Kaneda, 474, na
Vila Maria, em São Paulo
(SP). O Centro é também
chamado, pelas pessoas
que nele trabalham, por
um apelido carinhoso:
Gabi.
À época de fundação, as
reuniões do Centro se
resumiam a exposições
sobre o Evangelho,
seguidas de Passe, bem
como Tratamento
Espiritual, até hoje
existente, às
quartas-feiras. A
reunião é privativa e
possui a mais antiga
equipe da sociedade.
Desde o início foi
percebida a importância
do trabalho junto a
crianças e jovens, tendo
o próprio mentor da Casa
solicitado a criação do
setor. Ao longo da
existência da
instituição, o trabalho
foi iniciado e encerrado
por várias vezes, até
que em 1992 foi retomado
e cresceu até atingir o
patamar atual, em que a
equipe DIM ministra
cursos para Educadores
de todo o Estado e
também em outros Estados
e até países, estes
ministrados à distância,
através da Internet.
Década de 1950
No ano de 1954 nasceram
na Casa os primeiros
cursos da Doutrina
Espírita e, ainda, nos
anos 50, foi criada a
reunião de segunda-feira
pela manhã, destinada
principalmente a
mulheres que não podiam
ir ao Centro à noite. A
reunião mantém-se até os
dias atuais.
Em 1959 surgiu última
reunião da década de 50:
a de Vibrações,
ocorrida todo dia 15 de
cada mês e que visa
auxiliar os que
enfrentam problemas de
saúde física.
As atividades de
Assistência e Promoção
Social, bem como os
Eventos, sempre
estiveram presentes,
gerando repercussão no
meio espírita e
proporcionando
oportunidades de
trabalho aos integrantes
da Casa Espírita.
Décadas de 1960 a 1980
Em 1963 foi adquirido o
terreno onde funciona a
sede social. O primeiro
espaço foi um salão no
piso inferior e, em
1979, foi construído o
salão principal, que
passou por reforma em
2002, ficando com o
aspecto que hoje
conhecemos.
Os cursos, que se
iniciaram de forma
tímida, ganharam reforço
em 1981 e, desde então,
as turmas se reúnem
todas as terças e
quartas-feiras para
aprofundar os
conhecimentos em torno
das obras básicas e
demais clássicos
doutrinários.
Entre os anos de 1981 e
1983 funcionou no Centro
um Berçário que atendia
as mães da região que
não tinham onde deixar
seus filhos enquanto
trabalhavam. Já um dos
mais tradicionais
trabalhos do Gabi, o
Bazar Beneficente, iniciou-se
em 1984.
Década de 1990
A partir de 1991 a
reunião de sexta-feira
passou a ter o formato
atual, com
expositores convidados
e, no ano seguinte, a
Biblioteca Circulante
foi organizada nos
moldes que hoje
conhecemos, tendo quase
mil títulos (dos mais
variados gêneros
literários) disponíveis
aos seus associados.
Entre 1993 e 2009 foi
distribuída sopa a
moradores de rua e entre
1993 e 1997 a Casa
ofereceu cursos de
datilografia. No ano de
1996 a reunião
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Grupo de artesanato |
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Alguns itens produzidos pelo grupo |
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Parte dos integrantes dos grupos de estudo |
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Curso para educadores espíritas infantojuvenis |
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Intervalo do Cine Gabi |
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Encontro de trabalhadores da casa |
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Cia. de Dança Gabi |
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Comemoração do aniversariantes do mes |
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Parte do grupo de crianças e jovens |
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de
segunda-feira
(20
horas)
se
consolidou
como
importante
fonte de
informação
e, em
1999,
criou-se
a
reunião
de
sábado,
destinada
aos que
não
podem
comparecer
ao
centro
nos dias
de
semana. |
Anos 2000
Um outro grupo mediúnico
surgiu em 2000, às
quintas-feiras, e no ano
de 2006 foi criada a
Cia. de Dança Gabi.
Nesse mesmo ano a mais
jovem reunião pública, a
de quarta-feira, surgiu
na Casa. Foi também em
2006 que se inaugurou a
Galeria Espírita
Vasículo Gomes, assim
batizada para homenagear
outro mentor do
Centro.
Em 2010 surgiram as
sessões do Cine Gabi,
onde o público pode
escolher o filme que
prefere assistir. Após a
exibição, o público é
convidado a debater o
conteúdo da fita à luz
da Doutrina Espírita. Ou
seja, a iniciativa alia
lazer e estudo da
mensagem espírita.
No ano de 2011 o CE
Gabriel Ferreira
tornou-se mais conhecido
no meio espírita com o
lançamento da obra
«Comece pelo Comecinho»,
de Martha Rios
Guimarães, que relata a
forma de trabalho do
setor de Infância e
Mocidade utilizada na
Casa.
No ano de 2013 o grupo
de artesanato iniciou
seu belo trabalho, cujas
peças são,
posteriormente, vendidas
em bazar gerando verbas
para as atividades do CE
Gabriel Ferreira.
O Gabi visto de fora
Todos sabemos o carinho
que nós, que fazemos
parte do Gabi, sentimos
pela nossa Casa
Espírita. Por causa
disso, perguntamos a
algumas pessoas do
movimento espírita o que
pensam sobre o C. E.
Gabriel Ferreira.
Eis, a respeito, alguns
depoimentos:
“Do alto de seus 65 anos
de existência o CE
Gabriel Ferreira é uma
das instituições que
ajudaram a consolidar o
Movimento Espírita de
Unificação paulista.
Como palestrante, tenho
a oportunidade de
conhecer várias
instituições espíritas.
Ao conhecer o Gabi
senti-me acolhido,
fazendo parte daquela
família. Isso só é
possível acontecer
quando o grupo é unido e
sincronizado, de forma
que transcenda suas
fronteiras e acolha quem
chega. O CEGF é um
Centro exemplar por
atender bem todos os
públicos que ali chegam
e, também, formar
líderes para a Causa
Espírita. Parabéns a
todos que integram a
Casa. Que continuem
sendo um farol
irradiando a Doutrina
Espírita a todos.” –
Jeferson Betarello,
escritor e pesquisador
espírita, integrante da
USE Distrital Pirituba e
da USE Regional São
Paulo.
“O Gabi é democrático na
medida certa, uma vez
que em seu espaço
usufruímos de liberdade
para expor nossa
opinião. Um centro se
faz com pessoas. E o
Gabi possui uma equipe
de trabalhadores digna,
entusiasmada e,
sobretudo, amiga.
Parabéns amigos!” –
Sidney Batista, primeiro
Secretário da USE
Estadual São Paulo e
Presidente da USE
Distrital Pinheiros.
“Todos que colaboram com
o Gabi devem saber que
são construtores de sua
história. Muitos
chegaram, alguns foram
embora, outros ficaram.
Porém, quem passou pelo
CE Gabriel Ferreira
nunca o esquecerá
porque essa Casa não é
só paredes. Ela tem
vida, como todos nós.
Sou muito grato por ter
conhecido o Gabi porque
ele me ajudou a ser
melhor. Parabéns a
todos!” - Wladisney
Lopes, do Departamento
do Livro da USE Estadual
São Paulo.
“Fiquei muito
impressionado com vários
aspectos do Gabi,
principalmente com a
Galeria Espírita (que
nunca vi em Casa
Espírita alguma) e com o
carinho com que tratam
as crianças e jovens.
Desejo aos amigos do
Gabi serenidade e força
para continuarem
semeando Jesus.” -
Wellington Balbo,
escritor, articulista e
palestrante, da USE
Bauru.
Vê-se por meio deste
breve resumo que ao
longo do tempo a
instituição mudou, se
adaptou, viu pessoas
irem embora, outras
chegarem, mantendo
sempre firme seu
propósito principal:
estudar e divulgar a
Doutrina Espírita
segundo a base deixada
por Allan Kardec,
principal estrela da
instituição.
Nota da autora:
As fotos que ilustram
esta reportagem foram
feitas por Viviane
Albuquerque.
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