Hugo, o
“Paizinho”
de
Cambé,
chega
aos 100
anos
Nascido
no dia 6
de
outubro
de 1913,
Hugo
Gonçalves,
fundador
e
diretor
do
jornal
“O
Imortal”,
completa
hoje 100
anos de
idade,
lúcido,
vivaz e
simples,
como
sempre
foi.
Conhecido
e
chamado
afetuosamente
em Cambé
e em
várias
cidades
paranaenses
como o
“Paizinho”,
nosso
amigo
prossegue
a tarefa
que
iniciou
em
criança,
sob a
orientação
de
Cairbar
Schutel,
justamente
considerado
o
Bandeirante
do
Espiritismo.
A
exemplo
de
Cairbar,
ele não
somente
prega o
amor e a
caridade,
mas os
exercita,
irradiando
em torno
de si a
bondade
e a
simplicidade
que
caracterizam
as almas
elevadas.
Filho de
Cândida
e José
Maria
Gonçalves,
Hugo
nasceu
em
Matão-SP,
tendo
como
parteiro
o
farmacêutico
da
cidade,
amigo de
seus
pais –
Cairbar
de Souza
Schutel
–, que
sugeriu
que o
menino
se
chamasse
Victor
Hugo,
seu
autor
preferido.
Sua mãe
gostou
do nome
Hugo,
mas não
de
Victor,
e assim
ficou.
Na
adolescência,
ele
conheceu
aquela
que
seria
mais
tarde
sua
esposa e
companheira,
uma
jovem
descendente
de
italianos,
de nome
Dulce,
com quem
se casou
no dia
21 de
setembro
de 1935,
resultando
desse
casamento
dois
filhos:
Cairbar
e
Emanuel.
No ano
de 1947
o casal
e seus
filhos
mudaram-se
para o
Paraná,
onde
Hugo se
dedicou
à
profissão
de
administrador
de
fazendas
até que,
em
meados
de
1953,
se fixou
em
Cambé, a
convite
de Luiz
Picinin,
e passou
a
dirigir
com D.
Dulce o
Lar
Infantil
Marília
Barbosa,
uma
instituição
que
havia
sido
fundada
meses
antes,
ou seja,
em março
de 1953.
Com sua
instalação
em Cambé
o
movimento
espírita
da
cidade e
região
atingiu
um novo
nível.
Em
dezembro
do mesmo
ano,
juntamente
com Luiz
Picinin,
ele
fundou o
jornal
“O
Imortal”,
que
jamais
cessou
de
circular,
constituindo-se
desde
então em
uma
espécie
de
testemunha
ocular
do
desenvolvimento
do
movimento
espírita
paranaense,
em
especial
do Norte
do
Paraná.
Até o
início
da
década
de 1960
a
presença
da
Federação
Espírita
do
Paraná
nas
cidades
do
interior
era
apenas
um
sonho.
Devido a
inúmeros
fatores,
inclusive
a falta
de
estradas
pavimentadas,
a
federativa
se
limitava
basicamente
ao
movimento
espírita
de
Curitiba,
capital
do
Estado.
Foi
quando
se
iniciou
um
movimento
importante
que
daria
origem,
pouco
tempo
depois,
à
criação
das
Uniões
Regionais
Espíritas
(UREs),
uma
conquista
na qual
Hugo
Gonçalves,
ao lado
de Luiz
Picinin,
Flávio
Pasquinelli
e vários
amigos,
teve
papel
decisivo.
Seguindo
o
exemplo
de
Cairbar,
ele, ao
longo da
vida,
divulgou
a
doutrina
espírita
pelos
variados
meios ao
seu
alcance:
pelo
jornal,
na
tribuna,
nos
encontros
com
dirigentes
e
trabalhadores
espíritas,
no
atendimento
pessoal
a todos
que o
procuravam
e,
também,
pelo
rádio,
levando
a
mensagem
espírita
aos mais
longínquos
recantos,
não
apenas
no
Paraná,
mas
também
no
Estado
de São
Paulo,
terra
onde
nasceu e
se
formou
para a
vida.
Ao
chegar
neste
dia com
saúde e
lucidez
aos 100
anos de
idade,
nosso
amigo
nos
deixa um
outro
ensinamento,
a saber,
que é
possível,
sim,
trabalhando
muito,
praticando
o bem e
evitando
os
vícios,
chegar à
condição
de um
Espírito
completista,
algo
que,
segundo
André
Luiz,
não é
muito
comum em
um
planeta
como a
Terra,
no qual
grande
parte da
população
ignora
por que
veio até
aqui e
quais
são os
objetivos
de nossa
presença
no
mundo.
Não nos
resta,
portanto,
neste
dia em
que Hugo
faz 100
anos,
senão
dizer ao
estimado
amigo: –
Parabéns!
Obrigado
por você
existir
e que
Deus o
abençoe
e
proteja
hoje e
sempre!
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