FEICULTE
2013 reforça a
ideia de
que é preciso
dividir
para somar
A USE Distrital Vila
Maria, órgão integrante
do movimento de
unificação paulista,
realizou em 6 de outubro
de 2013 a 11ª edição da
FEICULTE – Feira
Cultural Espírita, que
este ano homenageou
Clodoveu Fontanezzi,
desencarnado em 2 de
outubro último, fundador
de uma das sete Casas
ligadas à USE Vila Maria
(CE Estudantes do
Evangelho) e um dos
pioneiros no trabalho de
unificação na região.
A FEICULTE teve início
em 2003 com o objetivo
de unir os trabalhadores
das sete Casas Espíritas
da Distrital Vila Maria
para realização de um
trabalho comum que
oferecesse arte, cultura
e, como não podia deixar
de ser, Doutrina
Espírita ao público
espírita e não espírita.
Nesse sentido, a feira
sempre ofereceu
palestras (além das de
temática espírita,
sempre é oferecida uma
exposição sobre saúde,
com profissional
capacitado), música,
dança, teatro, oficinas
para crianças e jovens,
entre outras atrações de
qualidade
criteriosamente
selecionadas pela
coordenação.
Ao longo desses 11 anos
de trabalho e dedicação
alguns itens já se
tornaram tradição. Entre
eles, a macarronada
servida antes da
abertura do evento e que
possibilita a
confraternização entre
os tarefeiros de todas
as instituições e,
também, de seus
familiares; a presença
de crianças e jovens, em
espaço preparado
especialmente para esse
público; a venda de
livros a preços
simbólicos. Nada,
contudo, é mais
tradicional e
gratificante do que ver
os colaboradores
esquecerem a Casa a que
“pertencem” e
integrarem-se uns aos
outros no trabalho pela Causa
espírita.
A comissão organizadora
busca sempre atrativos
que mantenham o padrão
de qualidade e, acima de
tudo, superem as
dificuldades e mantenham
o entusiasmo. “Nosso
maior desafio é motivar
as pessoas a
participarem não só no
dias da feira, mas em
todas as etapas de
organização, concepção
de ideias e sugestões”,
explica Fábio Bottasin,
um dos organizadores do
evento.
O resultado é sempre
muito gratificante para
a organização e o
público. Todos, aliás,
ressaltam a satisfação
de participar da
FEICULTE e se despedem
aguardando as atividades
que virão no ano
seguinte.
Atrações Artísticas
Dois grupos musicais se
apresentaram. O primeiro
foi o Grupo
Musical “Estrela Divina” que
tem como atividade
principal
cantar voluntariamente em
asilos e casas de
assistência, buscando
proporcionar aos
audientes um momento de
reflexão, motivação e
alegria através dos dons
da música.
Sob regência de Danilo
Jorge Ferreira o grupo
apresentou um repertório
variado que incluiu
músicas bem conhecidas
do público, entre elas
“Amigo”, de Roberto
Carlos, e “A Paz”, de
Gilberto Gil. De acordo
com Salete Santos, que
assistiu à apresentação,
“foi muito
emocionante, pois o
grupo é muito
entusiasmado e é
impossível não se deixar
levar pela alegria.
Valeu a pena ter vindo e
me emocionado!”
A outra atração musical
da tarde foi o Coral
DeLuz (foto) que
iniciou suas atividades
em 2002 e atualmente
conta com 15 coralistas.
Na regência, o Maestro Ricardo
Barison, que também
rege o Coral Verde
Encanto (da Secretaria
do Verde e do Meio
Ambiente), o projeto
Canto em Movimento
(coral
cênico
dos
SESIs de |
|
Suzano e
Mogi das
Cruzes),
entre
outros,
afirmou
que “fiquei
feliz e
emocionado
porque
estou
comandando
a última
apresentação
do grupo”,
isso
porque
passará
a batuta
para o,
até o
momento, assistente Luiz
Anselmi,
que
possui
experiência
coral de
quatro
anos, é
cantor e
monitor
do Coral
USP e do
Coral
UNIFESP. |
Segundo os integrantes,
o DeLuz nasceu do amor
pela música e atua de
forma terapêutica,
usando o canto como
equilibrante emocional e
proporcionando momentos
de união entre os que o
integram. Maria das
Dores ouviu fascinada a
apresentação de
clássicos da MPB: “a
suavidade com que eles
cantam dá uma sensação
de paz que eleva nossa
alma”, afirmou com
os olhos marejados.
Palestras sobre saúde e
Espiritismo agradam os
presentes
|
Como sempre ocorre em
toda edição do evento, a
saúde foi tema de uma
das palestras. O
fisioterapeuta
Wellington Valeriano
(foto),
que também é professor
de pilates, fez uma
exposição essencialmente
prática para que o
público visualizasse
como algumas ações
cotidianas acabam, com o
passar
do
tempo,
causando
sérios
|
danos à
nossa
coluna.
Ele
ofereceu
exemplos
práticos
em que
as
imagens
exibidas
ilustram
a forma
errada
(e
normalmente
mais
usual) e
a
maneira
correta
de
executar
variadas
tarefas. |
Passar roupa pode ficar
bem mais confortável,
por exemplo, se usarmos
um suporte para o pé
(espécie de degrau),
intercalando a perna que
repousa. Outra dica
importante é a altura
correta da pia e do cabo
de vassoura (ou rodo),
sendo que, para o
segundo caso, a simples
colocação de um pedaço
de cano, poderá levar ao
ajuste correto, conforme
a altura de cada pessoa.
Mesmo nas tarefas mais
corriqueiras e
aparentemente
inofensivas, deve-se
cuidar para manter a
postura ereta, evitando
dores e problemas.
Também foi lembrada a
necessidade de evitar
carregar pesos
desnecessários –
especialmente as
mulheres, como bolsas
sempre cheias que acabam
por sobrecarregar um dos
ombros. O mais indicado
é dividir o peso usando
mochila ou, pelo menos,
revezar os ombros ao
carregar a bolsa.
O uso correto do
computador e a
utilização do celular
completaram as preciosas
informações que
têm como objetivo
principal oferecer uma
melhor qualidade de vida
e favorecer maior
autonomia,
independentemente de
idade, evitando
possíveis patologias
associadas.
A aprovação do público
ficou evidenciada pela
atenção e pelo grande
número de perguntas que
o profissional respondeu
ao final de sua
apresentação. “Após
essa palestra tomei a
decisão de começar
atividades físicas
regulares”, disse
Silvestre Izael, que
afirmou sempre adiar
essa importante decisão.
Finalizando a
programação principal,
Orson Peter Carrara
(na foto
ao lado
de Éder
Fávaro e
Sidnei
Batista),
orador e escritor da
cidade de Matão-SP,
falou sobre “O
Espiritismo no século
21”. Um dos temas
abordados foi o correto
uso da Internet, não
como substituição à
frequência na Casa
Espírita, mas como
complemen- |
|
to de
informações
e
disseminações
da
mensagem
espírita,
bem como
de
iniciativas
positivas
relacionadas
ao
Espiritismo,
como
divulgar
um
evento
ou um
artigo,
por
exemplo.
Obviamente
que para
isso há
que se
ter bom
senso ao
selecionar
os
materiais
a serem
lidos
e/ou
disponibilizados
através
desse
canal de
comunicação. |
|
|
|
O público participou e
deixou o debate mais
interessante com
colocações como a falta
de obras em braile, o
que dificulta o estudo
por parte dos que
possuem deficiência
visual, fato que merece
empreendimento de
esforços por parte do
movimento espírita. Para
Sérgio Faria, deficiente
visual e traba- |
lhador
espírita
que
levantou
o
assunto,
“a internet
e os programas de
computador com leitura
de voz tornaram muito
mais fácil o acesso a
materiais doutrinários,
contudo, há muito a ser
melhorado e realizado”. |
Outro ponto questionado
está ligado ao aumento
do número de pessoas
que, segundo resultado
do Censo 2010,
declaram-se sem
religião. Como um dos
motivos que levam as
pessoas a essa opção é a
fé cega, acredita-se
que, por ser baseada no
bom senso e no
raciocínio, a Doutrina
Espírita pode interessar
a boa parte dessas
pessoas. Concluiu-se,
assim, ser necessário
melhorar muito nossa
forma de comunicar o
Espiritismo, dentro e
fora das Casas
Espíritas.
Oficina de Fotografia e
Imagem
A princípio destinada
aos mais novos, a
Oficina reuniu pessoas
de variadas faixas
etárias que receberam
dicas de enquadramento e
iluminação para tirar
boas fotos e,
posteriormente, como
utilizar as fotografias
em programas, explorando
melhor as figuras.
Isaura Corrêa demonstrou
grande |
|
Participantes da oficina |
|
satisfação
ao
descobrir
como
obter
boas
fotos
com seu
celular.
“Não sabia
que era possível tirar
boas fotografias com
esse aparelho e, mais do
que isso, estou muito
feliz porque aprendi que
posso associar a imagem
da pessoa ao nome e,
assim, quando ela me
ligar, aparecerá sua
foto. Não é demais?”,
afirmou radiante a jovem
senhora. |
Os participantes tiveram
informações teóricas e,
em seguida, saíram para
a prática. O local
escolhido foi o pequeno
jardim local que,
segundo, Henrique
Guimarães, oferece
grandes belezas a serem
descobertas. “Para
mim foi uma experiência
muito gratificante poder
dividir o que eu sei e
de que gosto tanto, que
é a fotografia”,
afirmou o jovem.
Outras atrações
Os livros a preços
simbólicos e a praça de
alimentação movimentaram
o espaço voltado a
propiciar o bate-papo
entre os presentes.
Delícias salgadas e
doces fizeram a alegria
de crianças, jovens e
adultos que aproveitavam
a oportunidade para
relaxar, conversar e
fazer novos amigos.
O evento contou com a
cobertura da TV Mundo
Maior e com a visita de
espíritas de diversas
regiões de São Paulo que
foram visitar a feira
para troca de
experiências e eventuais
adaptações em seus
locais de atuação.
Uma vez mais a Feira
Cultural Espírita da USE
Vila Maria demonstrou
por que é um evento tão
querido. Um dos motivos
é que ela permite que
várias pessoas, de
diversas instituições,
se unam em torno do
Espiritismo. Nessa
união, além dos
benefícios da divulgação
doutrinária e do
compartilhamento de
experiências, há um
outro fator determinante
para que a FEICULTE siga
firme, após onze anos de
existência: a
solidificação dos laços
de amizade entre seus
componentes.
Nota da autora:
As fotos que ilustram
esta reportagem foram
feitas por Viviane
Albuquerque.
|