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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 333 - 13 de Outubro de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Temas da Vida e da Morte

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 4)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Podemos dizer que os sonhos são o retrato emocional de nossa vida moral e espiritual?

Sim. Se alguém diz como e o que sonha, é fácil explicar-lhe como vive nas suas horas diárias. Dorme-se, portanto, como se vive, sendo-lhe os sonhos o retrato emocional da sua vida moral e espiritual. O capítulo do sono natural na vida do homem é de muita importância e, por isso, requer mais acurado estudo e meditação, a fim de ser aproveitado integralmente em favor do êxito na vilegiatura carnal. Como um terço da vida física é dedicado ao sono, imenso patrimônio logrará quem converta esse tempo ou parte dele no investimento do progresso, em favor da libertação que lhe credenciará, para uma existência plena, um futuro ditoso.  (Temas da Vida e da Morte - Vida, Sono e Sonho, pp. 28 e 29.)

B. Quando disciplinadas, as emoções têm uma finalidade superior no campo da vida?

Sim. Quando, porém, não se submetem à disciplina, exigem carga dupla de energia na qual se sustentam, culminando por destruir sua fonte geradora. Um exemplo disso é a busca irrefreável do prazer, que se torna dependência viciosa. Inicialmente ela fomenta gozos que depois, invariavelmente, se convertem em dores. Entre as mais desgastantes, assume preponderância a ansiedade, que parece imprescindível à vida, qual ocorre com o sal para o paladar de inúmeros alimentos. Pessoas há que não passam sem os condicionamentos das emoções, vivificando a ansiedade que as consome em flamas de angústia. Mal terminam de lograr a meta perseguida, e já se encontram, sôfregas, em batalhas por novas conquistas, transferindo-se de uma realização para novo desejo, com verdadeira volúpia incontrolada. (Obra citada – Pensamento e emoções, pp. 31 e 32.)

C. Cabe ao pensamento educar as emoções?

Sim. Ao pensamento disciplinado cabe a árdua tarefa de educar as emoções, gerando fatores de saúde, que contribuem para a harmonia interior, dando margem ao surgimento de fenômenos de paz e confiança. O pensamento é, pois, o agente que as pode conduzir com a proficiência desejada, orientando-as com equilíbrio, para que o rendimento seja positivo, capitalizando valores que merecem armazenados no processo iluminativo para a execução das tarefas nobres. Esse esforço propicia autoconfiança, harmonia íntima, gerando bem-estar pessoal, que extrapola a área da individualidade e se irradia beneficiando em derredor. Ninguém pode bloquear as emoções ou viver sem elas. Pretender ignorá-las ou esmagá-las é empreendimento inócuo, senão negativo. Toda emoção ou desejo recalcado reaparece com maior vigor, em momentos imprevistos. Substituir os interesses negativos e viciosos, por outros de caráter mais gratificante quão duradouro, é o primeiro passo, nessa luta de renovação moral e educação emocional. Tendo em vista que o pensamento atua no fluido que a tudo envolve, pelo seu teor vibratório produz natural sintonia com as diversas faixas nas quais se movimentam os Espíritos, na esfera física ou na Erraticidade, estabelecendo vínculos que se estreitam em razão da intensidade mantida. (Obra citada – Pensamento e emoções, pp. 32 e 33.)

Texto para leitura

13. O sonho é o retrato emocional de nossa vida - Santa Tereza de Ávila, em desdobramento pelo sono, peregrinou por uma cidade espiritual de sofrimentos, trazendo dali as impressões fortes que foram tomadas como sendo de uma parte do Inferno da teologia católica. Jacob sonhou com o pai, Dante Alighieri, que lhe mostrou o lugar onde guardara os treze cantos do “Céu”, que se encontravam desaparecidos. Voltaire concebeu, enquanto dormia e sonhava, todo um canto da “La Henriade”. Tartini compôs, dormindo e sonhando, a sua “Sinfonia ao Diabo”. Os sonhos narrados na Bíblia se enquadram perfeitamente nessas viagens ao plano espiritual, quando o ser se desprende e registra os fatos que narra posteriormente. O capítulo do sono natural na vida do homem é de muita importância, e está a exigir mais acurado estudo e meditação, a fim de ser aproveitado integralmente em favor do êxito na vilegiatura carnal. Como um terço da vida física é dedicado ao sono, imenso patrimônio logrará quem converta esse tempo ou parte no investimento do progresso, em favor da libertação que lhe credenciará, para uma existência plena, um futuro ditoso. Se alguém diz como e o que sonha, é fácil explicar-lhe como vive nas suas horas diárias. Dorme-se, portanto, como se vive, sendo-lhe os sonhos o retrato emocional da sua vida moral e espiritual. (Vida, Sono e Sonho, pp. 28 e 29.) 

14. Emoções e disciplina - As emoções constituem importante capítulo da vida humana, merecendo, portanto, acuradas reflexões, de modo a serem canalizadas com a segurança e a eficiência indispensáveis aos resultados salutares para os quais se encontram na organização fisiopsíquica de cada criatura. Refletindo o seu estado espiritual, os homens, invariavelmente, manifestam-se em desgoverno, levando a paroxismos e desajustes de demorada regularização. Dirigindo o comportamento, fazem que se transite de uma para outra com sofreguidão, em ânsia contínua, que termina por exaurir aquele que se lhes submete sem o controle necessário. Estimulando o egoísmo, impõem a satisfação pessoal à custa da inquietação e da insegurança íntima, em face dos novos desejos de gozos insaciáveis, que terminam por constituir característica predominante da conduta individual. Essa busca irrefreável do prazer, que se torna dependência viciosa, fomenta gozos que depois, invariavelmente, se convertem em dores. Entre as mais desgastantes, assume preponderância a ansiedade, que parece imprescindível à vida, qual ocorre com o sal para o paladar de inúmeros alimentos. Pessoas há que não passam sem os condicionamentos das emoções, vivificando a ansiedade que as consome em flamas de angústia. Mal terminam de lograr a meta perseguida, e já se encontram, sôfregas, em batalhas por novas conquistas, transferindo-se de uma realização para novo desejo, com verdadeira volúpia incontrolada. As emoções alimentam-se naqueles que as agasalham e se lhes adaptam aos impositivos caprichosos. Comparemo-las a uma vela cuja finalidade é iluminar. Para isso, ela gasta combustível, como é natural. Preservada para os fins, oferece luz por período largo; no entanto, deixada na direção do ar canalizado, apressa o próprio consumo, e, acesa nas duas extremidades, mais rapidamente se acaba. Assim também as emoções, que têm finalidade superior, no campo da vida. Quando não se submetem à disciplina, exigem carga dupla de energia na qual se sustentam, culminando por destruir a sua fonte geradora. (Pensamento e emoções, pp. 31 e 32.) 

15. Cabe ao pensamento educar as emoções - O pensamento é o agente que as pode conduzir com a proficiência desejada, orientando-as com equilíbrio, para que o rendimento seja positivo, capitalizando valores que merecem armazenados no processo iluminativo para a execução das tarefas nobres. Esse esforço propicia autoconfiança, harmonia íntima, gerando bem-estar pessoal, que extrapola a área da individualidade e se irradia beneficiando em derredor. Ninguém pode bloquear as emoções ou viver sem elas. Pretender ignorá-las ou esmagá-las é empreendimento inócuo, senão negativo. Toda emoção ou desejo recalcado reaparece com maior vigor, em momentos imprevistos. Substituir os interesses negativos e viciosos, por outros de caráter mais gratificante quão duradouro, é o primeiro passo, nessa luta de renovação moral e educação emocional. Tendo em vista que o pensamento atua no fluido que a tudo envolve, pelo seu teor vibratório produz natural sintonia com as diversas faixas nas quais se movimentam os Espíritos, na esfera física ou na Erraticidade, estabelecendo vínculos que se estreitam em razão da intensidade mantida. Essa energia fluídica, recebendo a vibração mental, assimila o seu conteúdo emocional e transforma-se, de acordo com as moléculas absorvidas, criando uma psicosfera sadia ou enfermiça em volta daquele que a emite e passa a aspirá-la, experimentando o seu efeito conforme a qualidade de que se constitui. Quando o episódio é de largo trato e o seu teor é pernicioso, culmina por afetar a organização física ou psíquica do agente desencadeador, dando acesso a processos viróticos, psicopatológicos, degenerativos em geral, obsessivos. A tudo envolvendo, essa força é neutra em si mesma; mas, maleável e receptiva, altera a sua constituição de acordo com os elementos mentais que a interpenetram. Ao pensamento disciplinado, pois, cabe a árdua tarefa de educar as emoções, gerando fatores de saúde, que contribuem para a harmonia interior, dando margem ao surgimento de fenômenos de paz e confiança. (Pensamento e emoções, pp. 32 e 33.) 

16. O valor da meditação e da fé - A ansiedade, responsável pela instabilidade comportamental e pelo humor, cede lugar, quando a fé comanda a onda mental que se dirige a Deus e se afina com as vibrações-resposta do Pensamento Divino. Outro valioso auxiliar para a empresa é a meditação, que aprofunda os interesses e as aspirações nas realidades metafísicas, eliminando, a pouco e pouco, as impressões mais fortes das sensações primitivas, que normalmente se sobrepõem às emoções, desarticulando-as. Pensando, o Espírito estabelece o clima no qual se desenvolve e de cuja energia se nutre. Conforme fixe o pensamento, edifica ou destrói, passando de autor a vítima das próprias maquinações. Pelas afinidades de ondas mentais e interesses emocionais, reúnem-se os seres, que elaboram o habitat no qual se demoram. A direção correta e constante do pensamento esclarecido, que conhece as causas e finalidades da vida, realiza o controle das emoções, tornando os indivíduos nobres e equilibrados, que não se transtornam diante de provocações, nem se apaixonam ante as sensações, ou se descompensam enfrentando o sofrimento. A amargura e a ansiedade não os sitiam, mesmo que deixem, de passagem, ligeiros sinais que a potente luz do amor real e da certeza da fatalidade feliz do bem faz que desapareçam. (Pensamento e emoções, pp. 33 e 34.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita