A angústia do
(breve) adeus
e
a terapia
floral: sobre o
luto e o
deixar ir
Pero porque pido
silencio no
crean que voy a
morirme: me
passa todo lo
contrario:
sucede que voy a
vivirme.
P. Neruda
Não ignoramos:
por toda a Terra
a morte agarra o
que está vivo
porque ela é
nosso
incontornável
destino, ainda
que seja
universal o
sofrimento que
advém da perda
de alguém que
nos é importante
e precioso.
Infelizmente, a
própria
estrutura
adotada pela
sociedade
ocidental,
individualista,
facilita, e
mesmo promove, a
evitação do tema
morte.
Não é acaso que
o morrer seja
quase sempre
solitário e/ou
para muitos no
ambiente
asséptico dos
hospitais.
Também por isso
mais difícil se
torna para as
pessoas se
recuperarem de
uma perda e
viverem com mais
naturalidade o
processo de luto
e seu necessário
encerramento,
muitas vezes
demarcado pelo
ímpeto que toma
o sobrevivente
de seguir em
frente com uma
nova vida.
E, geralmente,
apesar da perda
de uma pessoa
amada ser
considerada como
um dos
acontecimentos
mais
estressantes que
um indivíduo
possa
experimentar, a
maioria das
pessoas se
recupera da
perda sem ajuda
profissional.
Ainda. Sim, o
tempo acaba por
ser o maior
cúmplice para
nos ajudar a
superar/aceitar
a perda
inolvidável, à
medida que
permite uma
recuperação
lenta e gradual
(sempre a
depender de cada
indivíduo e sua
forma subjetiva
de lidar com a
realidade).
Mas o trabalho
do luto depende
de forma
primordial da
aceitação da
perda e das
consequentes
mudanças na vida
do enlutado.
Desse modo,
normalmente,
após a morte de
alguém que nos é
caro existe uma
série de tarefas
de luto que têm
de ser
realizadas para
que o equilíbrio
seja
restabelecido e
a pessoa consiga
reinvestir suas
emoções e
sentimentos na
vida e nos
vivos.
Alguns
especialistas
que se dedicam à
vivência/superação
do luto explicam
que a adaptação
à perda, e o
consequente
deixar ir,
abarca quatro
tarefas:
- aceitar a
realidade da
perda
– há, aqui, a
necessidade da
compreensão de
que a pessoa
morreu e não irá
voltar. O
funeral,
portanto, ajuda
o enlutado a
avançar na
aceitação da
perda, no
reconhecimento
definitivo da
ausência
permanente e
diária daquele
que morreu;
- trabalhar a
realidade
derivada da
perda
– vivenciar com
plenitude a dor
do sofrimento,
ou seja, não
evitar o
sofrimento
consciente e,
por isso,
sentir tristeza
(choro
recorrente),
raiva, culpa,
autocensura,
ansiedade,
torpor, medo
etc.
Permitir-se,
portanto, o
enlutado
satisfazer a
dor, senti-la e
saber que um
dia ela
passará;
- ajustar-se a
um ambiente no
qual o falecido
está ausente
– ajustamentos
são exigidos por
parte do
enlutado à sua
nova realidade.
Assim, por
exemplo, o
cônjuge que
sobreviveu
estava habituado
com o marido
jardineiro,
agora ausente...
Pequenas
atividades
diárias, antes
compartilhadas
ou divididas,
agora deverão
sofrer um ajuste
pelo cônjuge
sobrevivente.
Logo, esta
tarefa exige a
implementação
cotidiana
daquele trecho
do poema de P.
Neruda: “ahora
me dejen
tranquilo./Ahora
se acostumbren
sin mí” (in:
Pido Silencio);
- transferir
emocionalmente o
falecido e
prosseguir com a
vida
– a pessoa
necessitará
perceber que
poderá voltar a
amar sem deixar
de amar a pessoa
que perdeu; e
esta é em
consequência uma
tarefa difícil
de ser
implementada
para muitos,
especialmente
alguns
viúvos/viúvas.
Mas independente
da história de
cada um, do modo
particular de
lidar a pessoa
com
acontecimentos
difíceis e
considerando
ainda que por
enquanto
pertencemos a
uma sociedade
muito
individualista,
pois fraco o
apoio
comunitário, a
terapia floral
pode ajudar no
processo do
luto, no
cuidado/superação
do sofrimento
perante a perda
de uma mãe,
cônjuge, filho
ou outro
familiar
importante.
As essências
florais auxiliam
a adaptação do
indivíduo à
perda, ajustando
sua vitalidade e
campo
mental/emocional
para a
implementação
das tarefas
descritas acima
e com isso o
consequente
ímpeto de viver
e seguir em
frente, embora a
ausência e a
natural saudade.
Minha mãe
faleceu
recentemente.
Como filha (e
enlutada) pude
testar a
experiência
devastadora da
perda, ainda
que, como
espírita,
reconheça a
morte como “a
curva da
estrada” (F.
Pessoa).
E para dosar a
dor da ausência,
para administrar
a elaboração
interna do
“deixar ir”
(porque perder a
mãe é também uma
experiência
psíquica e que
exige uma série
de reajustes
internos,
próprios a uma
busca interior
de autonomia
e/ou vida
psicológica mais
rica), eu me
vali das
essências
florais e elas
me ajudaram a
experimentar a
minha dor,
chorar,
entristecer-me,
mas também me
sentir
consolada,
fortalecida e
disponível para
seguir em
frente.
Além disso, como
terapeuta,
habituei-me a
ajudar por meio
dos florais
sobreviventes de
diversas idades,
crenças,
culturas e
comportamentos,
porque o luto é
experiência
universal e que
mexe no coração
de todo aquele
que ama ou que
se sinta, de
alguma maneira,
vinculado ao que
morreu...
Testemunho
sempre uma
rápida
compreensão/transformação
positiva
naqueles que
buscam a terapia
floral. Assim,
com o uso das
essências se
fortalece uma
disponibilidade
no sobrevivente
para que ele
siga de maneira
mais eficaz com
sua vida,
adaptando-se de
forma mais
rápida e
saudável com sua
nova realidade –
a da ausência.
Há, portanto,
diversas
essências
florais que
podem cooperar
para que o luto
seja vivido e,
em um tempo mais
célere,
encerrado.
“Morrer é só não
ser visto”,
anotou o poeta
Pessoa.
Confiamos que
sim, mas
enquanto aqui,
nesta dimensão
do solo escuro,
no qual cada um
de nós se
tornará pó,
creio que as
essências
florais podem
aliviar a dor da
perda
favorecendo
recursos
internos que
transformam o
sofrimento agudo
pela ausência em
uma saudade
serena, que
simplesmente
seguirá conosco,
mas sem afetar a
condução de
nosso existir –
pois em verdade
o adeus é sempre
breve...
Por fim, para
ajudar no
processo do
“deixar ir”, põe
em prática o bom
conselho da
Veneranda
Mentora de
Divaldo Franco:
“recorda os teus
desencarnados
com carinho,
envolvendo-os em
ternura e
orações.
Fala-lhes
mentalmente a
respeito da
realidade na
qual se
encontram e de
como se devem
portar,
procurando o
apoio dos guias
e a proteção do
Senhor da Vida”
(in:
Entrega-te a
Deus, p.
90).
Algumas notas:
Os remédios
florais
trabalham
segundo o mesmo
princípio da
homeopatia –
eles transmitem
um padrão de
energia. Eles
são excelentes
para o
autocuidado. Em
5 de maio de
2006, o
Ministério da
Saúde baixou a
Portaria 917
incluindo as
medicinas
complementares,
dentre as quais
as essências
florais, no
Sistema Único de
Saúde do Brasil.
A Terapia Floral
já é ensinada e
pesquisada em
conceituadas
universidades do
Brasil e de
diversos países.
E se você quiser
tomar as
essências
florais,
consulte um
terapeuta floral
ou profissional
com
especialização
em essências
florais.
Posteriormente,
avie a sua
receita numa
farmácia
homeopática ou
de manipulação.
A Terapia Floral
é fundamentada
no trabalho de
Dr. Edward Bach,
médico inglês,
que por volta de
1930 buscando a
raiz do
sofrimento
humano e as
causas
verdadeiras dos
desequilíbrios
físicos e
psíquicos,
observou que
estes não se
devam ao acaso e
nem mesmo eram
fruto de agentes
patogênicos,
como bactérias
ou
microorganismos.
Percebeu que
determinadas
doenças, muitas
vezes, são as
tendências
emocionais
desequilibradas
no recôndito do
Ser. Em
consequência,
sua proposta
terapêutica
envolve o
tratamento da
pessoa e não da
doença, isto é,
do todo e não
das partes.
Os Remédios
Florais
constituem um
método
alternativo de
tratamento usado
largamente na
terapêutica de
várias
patologias em
muitos países do
mundo. Os
Remédios Florais
são reconhecidos
como tratamento
natural pela OMS
desde 1956.
A Terapia Floral
tem caráter de
autocura, como
preconizado pelo
Dr. Bach e os
remédios forais
não apresentam
efeitos
colaterais ou
interações
medicamentosas
com produtos
alopáticos,
homeopáticos ou
com outras
substâncias,
alimentos ou
bebidas.