Destrutoterapia
“O ódio é o filho
predileto da selvageria
que permanece em a
natureza humana.
Irracional, ele trabalha
pela destruição de seu
oponente, real ou
imaginário, não
cessando, mesmo após a
derrota daquele.” –
Joanna de Ângelis.
Tenho certeza absoluta
de que você não entendeu
o título desse artigo.
Eu também não
entenderia.
“Destrutoterapia” é uma
proposta de a pessoa
extravasar a ira que
está sentindo em um
determinado momento,
através de destruir
alguma coisa e pagando
por isso. Melhor
reproduzirmos o trecho
de uma reportagem
contida na revista
Seleções Reader´s Digest
de junho de 2013,
contida nas páginas 86 a
93. A ira, como explica
a reportagem citada, foi
catalogada como um dos
Sete Pecados Capitais
pelo papa Gregório em
590 d.C.
“Todo dia, Donna
Alexander observava uma
série de clientes entrar
na sua Sala da Raiva,
quebrar tudo, de
televisores a manequins,
e sair contente,
sorrindo. E eles pagam
até 75 dólares pelo
privilégio.
Vi muitas brigas quando
era menina, explica ela.
Assim, pensei que, se
houvesse um lugar para
extravasar a raiva, o
mundo seria melhor.
A destrutoterapia, como
costuma ser chamada, é
uma forma de gerenciar a
raiva considerada
controvertida pelos
profissionais de saúde
mental, mas a população
em geral parece gostar.
Na Espanha, empresários
organizaram eventos ao
ar livre em que os
moradores locais pagam
entrada e usam marretas
para destruir carros,
eletrodomésticos e
computadores. Em Berlim,
dois artistas projetaram
a Máquina Liberadora da
Raiva que, com a
inserção de moedas,
estilhaça
automaticamente pratos
por 1 dólar ou copos de
cristal por 20 dólares.
Estudos mostram que a
supressão crônica da
raiva pode provocar
pressão alta, doença
cardíaca, depressão e
transtornos do sono.
Quando essa raiva sai,
solta-se o vapor
emocional da panela de
pressão da vida. Para
quem é casado, um
pouquinho de ira pode
até salvar a vida. Um
estudo da Universidade
de Michigan verificou
que casais que
regularmente tiram os
problemas do peito vivem
mais do que aqueles que
os internalizam.
A ira construtiva também
pode ter impacto
positivo na carreira. A
pesquisa mostra que ela
pode alimentar a
ambição, influenciar
negociações, inspirar
sensação de controle e
dar status mais alto,
enquanto os que engolem
a frustração têm o
triplo da probabilidade
de admitir que se
desapontaram e que não
têm mais chance de
progredir.”
Obviamente que essas
soluções apontadas na
reportagem são opostas
às da Doutrina que
professamos. Locais
pagos para extravasar o
sentimento da ira apenas
reforçam esse
desequilíbrio do
Espírito que deve ser
combatido, dominado e
eliminado e jamais
alimentado. O
extravasamento da ira é
responsável por muitos
crimes no trânsito, no
relacionamento entre os
casais, no
relacionamento casual
entre as pessoas.
Podemos considerar que a
ira é caminho certo para
o ódio e esse, como
ensina Joanna no início
do artigo, é sinal da
selvageria que ainda
carregamos dentro de
nós, impedindo a nossa
felicidade e a daqueles
que conosco se
relacionam.
Um contraponto à
proposta da
“destrutoterapia” é a
página de Emmanuel
intitulada Se todos
perdoassem.
“Imaginemos, por um
minuto, que maravilhoso
seria a Terra, se todos
perdoassem!...
Se todos perdoassem, a
ventura celeste
começaria de casa, onde
todo companheiro de
equipe doméstica
perceberia que a
experiência na
reencarnação é diferente
para cada um e, por isso
mesmo, teria suficiente
disposição para agir em
apoio dos associados da
edificação em família, a
fim de que venham a
encontrar o tipo de
felicidade pessoal e
correta a que se
dirigem.
Se todos perdoassem, a
guerra seria
automaticamente abolida
do Planeta, de vez que o
ódio seria erradicado
das nações, com a
solidariedade traçando
aos mais fortes a
obrigação do socorro aos
mais fracos, não mais se
verificando a corrida de
armamento e sim a
emulação incessante à
fraternidade entre os
povos.
Se todos perdoassem, a
saúde humana atingiria
prodígios de equilíbrio
e longevidade, porquanto
a compreensão recíproca
extinguiria o
ressentimento e o ciúme,
que deixariam, por fim,
de assegurar, entre as
criaturas, terreno
propício à obsessão e à
loucura, à enfermidade e
à morte.
Se todos perdoarmos,
reformaremos a vida na
Terra, apagando de todos
os idiomas a palavra
‘ressentimento’, para
convivermos, uns com os
outros, acreditando
realmente que somos
irmãos diante de Deus.”
É uma proposta bastante
diferente essa de
Emmanuel, não é verdade?
À “destrutoterapia”,
propomos o amorterapia
de Joanna de Ângelis.
Ei-lo:
“Amorterapia – eis a
proposta de Jesus.
A ignorância deve ser
combatida e o ignorante
educado.
O crime necessita ser
eliminado, mas o
criminoso merece ser
reeducado.
As calamidades de
quaisquer expressões
precisam ser extirpadas,
no entanto, os seus
prepostos, na condição
de doentes, aguardam
amparo e cura.
O amor não acusa,
corrige; não atemoriza,
ajuda; não pune, educa;
não execra, edifica; não
destrói, salva.
O amorterapia é a
solução que te está ao
alcance. Não apenas te
proporcionará a
recuperação da saúde, se
te encontras enfermo,
como te fortalecerá para
que evites adoecer”.
Ao invés de procurarmos
um local pago para a
“destrutoterapia” de
Donna Alexander, que tal
abrirmos um local para o
amorterapia dentro de
nós?
A entrada é gratuita...