Objetivo único
da vida
“Pode o homem,
pela sua vontade
e por seus atos,
evitar
acontecimentos
que deveriam
realizar-se e
vice-versa?
–
Pode, desde que
esse aparente
desvio possa
caber na vida
que escolheu.
Além disso, para
fazer o bem que
lhe cumpre –
único objetivo
da vida – é
permitido ao
homem impedir o
mal, sobretudo
aquele que possa
contribuir para
a produção de um
mal maior.”
1
Da resposta,
destacamos o
pensamento, que,
sabiamente, nos
oferecem os
Espíritos: “Além
disso, para
fazer o bem que
lhe cumpre –
único objetivo
da vida – é
permitido ao
homem impedir o
mal (...)”.
Ao analisar a
vida humana e o
comportamento de
todos nós, fica
evidente quão
distante estamos
de compreender e
viver este belo
preceito: o de
fazer o bem,
como objetivo
máximo de nossas
vidas.
Compreendê-lo e
vivê-lo,
incorporando-o à
nossa
personalidade,
de tal forma que
se torne uma
segunda
natureza, para
automatizar em
nós a bondade.
Para que a
prática do bem
se dê
naturalmente,
como ocorre com
as funções
vitais de nosso
organismo, que
não exigem
comando da
vontade, tais
como o respirar,
a circulação do
sangue, a
digestão; e
tantas outras!
Todo aprendizado
exige disciplina
da vontade e o
exercício
consciente,
determinado,
daquilo que se
quer aprender –
em todos os
momentos e
lugares; com
pessoas de
variados níveis
sociais.
“Se aspiras a
viver na
condição de
Espírito
encarnado, no
rumo da morte
convertida em
vitória nos
planos
superiores da
vida, esposa o
serviço do bem
como sendo a tua
própria razão de
ser.
As intercessões
que partem da
Altura, na lei
do merecimento
haurido no
trabalho em
favor dos
outros, alteram
continuamente o
itinerário das
existências;
há miríades de
mortes
retardadas,
inumeráveis
provações
substituídas,
austeras
expiações
minoradas e
milhões de
golpes
frustrados.”
2
– Grifamos.
Na questão 625,
também de O
Livro dos
Espíritos,
eles nos indicam
que, para nos
servir de guia e
modelo, Jesus é
“(...) o tipo
mais perfeito
que Deus tem
oferecido ao
homem (...)”.
Eis que o Mestre
viveu a ensinar
e a exemplificar
bondade. De seus
lábios fluía a
compaixão; de
seu olhar, a
ternura
alcançava o
íntimo de cada
um, levando-os à
saúde, ao bem,
ao equilíbrio e
à paz; de suas
mãos generosas
emanavam fluidos
magnéticos, a
restabelecer o
equilíbrio, a
limpar a lepra;
a devolver a
visão aos cegos
e a renovar a
todos.
Sua mente,
consciente das
Leis cósmicas,
sendo um com o
Pai,
repassou-nos –
aos homens –,
lições eternas
que,
vivenciadas,
curam a alma
enferma,
integrando-a nas
Leis da Vida.
Impressionam-nos
as dores que
atingem o corpo
passageiro, do
qual zelamos
como se fosse
ele o ser
eterno,
imperecível.
Confundimo-nos
com a veste
física e nos
iludimos nessa
prisão
passageira que é
a carne.
Ainda hoje –
passados dois
mil anos de Sua
vinda entre nós
–, nos
comportamos
assim. Mesmo
aqueles que nos
dizemos
religiosos!
Não atribuímos
importância às
gravíssimas
enfermidades da
alma, tais como
o egoísmo, a
vaidade, a
ambição, a
maldade, a
ignorância,
geradoras de
todas as dores
humanas. Somos
cegos para elas,
individual e
coletivamente.
Cumpre-nos
efetuar a
reforma íntima,
traduzindo em
atos saudáveis o
efeito das
lições do
Evangelho.
Um canto de unha
inflamado nos
tira o sossego e
nos leva a
concentrar
energias para
curar esse
“grave” mal.
Ocupamo-nos do
acessório e
relegamos o
essencial ao
esquecimento.
Daí sofrermos,
repetindo velhos
erros que nos
devolvem antigas
e reiteradas
enfermidades aos
sucessivos
corpos.
Buscamos a cura
dos efeitos,
ignorantes de
que as causas
dessas
enfermidades
estão
localizadas na
alma.
Recorremos a
Jesus sempre
como Médico de
corpos, quando
Ele é o Médico
Integral, o
Divino
Terapeuta, que
veio para curar
almas enfermas.
Enquanto não Lhe
seguirmos as
prescrições,
renovando-nos
por dentro, as
mazelas serão
nossas
companhias
permanentes, a
nos indicar,
pelos efeitos,
que trazemos em
nós as causas
desses
desequilíbrios.
Jesus, com
ensinamentos e
exemplos, buscou
convencer-nos de
que o objetivo
único da vida é
o da prática do
bem. Esta é Sua
receita de Amor
para a cura
definitiva de
almas até hoje
doentias.
Quando as
aviaremos, eis
que jamais
falham?
Os preceitos do
Evangelho têm
caráter
científico. Se
os observarmos,
veremos que esta
é Verdade
incontestável!
Quando, enfim,
teremos como
objetivo único
de nossa vida a
prática do bem,
como nos indica
a preciosa lição
contida em O
Livro dos
Espíritos?
Referências:
1.
KARDEC, Allan.
O Livro dos
Espíritos.
Trad. Evandro
Noleto Bezerra.
– 1ª edição
Comemorativa do
Sesquicentenário
– Rio de
Janeiro: FEB,
2006, Q. 860.
2.
VIEIRA, Waldo.
Seareiros de
Volta. Por
diversos
Espíritos. 3.
ed. FEB, 1976. A
lei da morte, p.
184/5.