Para Deus tudo é vida!
Para Deus tudo é vida!
Talvez tenha sido uma
das frases mais
importantes que eu já
tenha ouvido, não só
pelo ensino que ela
traz, mas, também, pelo
momento em que foi
proferida.
Havia adentrado as
fileiras do Espiritismo
fazia pouco mais de
cinco anos. Nosso
querido Hugo Gonçalves,
diretor do jornal O
IMORTAL, passou a
confiar-me entrevistas
com pessoas importantes
para o movimento
espírita: Heloísa Pires,
Raul Teixeira, nosso
saudoso Renê Pessa e
outros.
Certa vez, vivendo um
momento muito delicado
de minha vida, onde a fé
ainda acordava em meu
espírito e quando me
apresentava diante de
uma situação em que o
medo da morte assombrava
meus pensamentos, fui
convocado a entrevistar
nosso respeitado
expositor e médium
baiano Divaldo Pereira
Franco.
Divaldo, que já possuía
uma extensa ficha de
serviço para o Cristo e
para o Consolador
Prometido, estava
acompanhado de uma
comitiva de
trabalhadores que sempre
se reuniam a ele quando
vinha aqui para o
Paraná; eu, um iniciante
no aprendizado do
Espiritismo – isso há
aproximadamente 25 anos
– em uma situação muito
assustadora: alguém
muito próximo a mim
estava entre a vida e a
morte... E eu só pensava
na morte. De tempos em
tempos um gelo percorria
meu corpo como se algo
ruim fosse acontecer a
qualquer momento.
Ansioso e ao mesmo tempo
preocupado com a
entrevista, voltei-me
para o orador e
disse-lhe que tinha
algumas perguntas para
lhe propor. Ele acenou
com a cabeça,
positivamente... Iniciei
a entrevista, gravando
naqueles gravadores de
fitas cassetes antigas.
Enquanto Divaldo
respondia as questões
propostas, vez por outra
um frio percorria meu
corpo anunciando que a
morte estava por perto,
fazendo-me pensar
naquele parente próximo.
Havia preparado sete
perguntas. Quando estava
na terceira, Divaldo
subitamente parou de
responder às questões e,
tocando-me levemente o
ombro, disse-me: “Meu
caro amigo, para Deus
tudo é vida. A morte não
existe. Onde quer que
estejamos, estaremos
sempre vivos...”.
Senti como se uma brisa
suave envolvesse meu
espírito e me acalmasse.
Aquela frase não só
pacificaria meus
tormentos naquele
momento, mas pacifica-me
até hoje. Onde quer que
eu esteja falando sobre
temas da vida e da morte
sempre tenho procurado
usar a frase: A vida
depois da vida, e
não mais a vida depois
da morte.
Então, quando nos
perguntamos por que Deus
permite tantas tragédias
em nosso mundo, tantas
mortes, me recordo da
frase de Divaldo, que
bem representa a luz da
verdade que nossa
doutrina nos apresenta:
“Para Deus tudo é
vida”. Então, não
existe morte, mas provas
e expiações... Além
disso, tudo é vida.