Verdadeiros cristãos
Quem realmente são os
"verdadeiros cristãos"?
Muitos religiosos se
autodenominam "cristãos"
e, dizendo isso, “mesmo
que seja sem querer”,
afirmam que aqueles que
seguem outros credos não
o são.
Entretanto, no item 10,
cap. 15 de “O Evangelho
segundo o Espiritismo”,
vemos que “o Espírita
igualmente é cristão; em
suma, todo aquele que
pratica a caridade é
discípulo de Jesus,
independentemente da
crença a que pertença”.
Também notamos na
pergunta 352 de "O
Consolador", de autoria
de "Chico Xavier" e
"Emmanuel", quando esse
último, ao ser indagado
"se deveríamos
reconhecer no
Espiritismo o
Cristianismo redivivo",
responde que "além de
ser o Consolador
Prometido por Jesus, a
Terceira Revelação
também é o objeto da
referida indagação".
Particularmente acho que
muitos usam o nome do
"Querido Messias" para
servir de "garoto
propaganda" de uma
Doutrina toda embasada
no Velho Testamento
–
que ocorreu há
aproximadamente 4000
anos, foi escrita para
os hebreus, nos
mostrando um Deus
vingativo e sanguinário,
o "Senhor dos Exércitos"
–
e não propriamente nas
palavras do "Divino
Jardineiro", o qual nos
apresenta um Pai
Amoroso, Compassivo,
Soberanamente Justo e
Bom.
Assim, pergunto
novamente: “Quem
realmente são os
verdadeiros Cristãos?".
São os que mataram
milhares de pessoas na
chamada “Santa
Inquisição”, têm um
enorme império mundial;
suas igrejas são
cobertas de ouro, prata,
pedras preciosas e obras
de arte; tudo isso em
nome de Deus? Ou são
aqueles cujos líderes
fazem uma verdadeira
lavagem cerebral nos
fiéis, aproveitando-se
da fragilidade
emocional, tanto por
causa do momento crítico
que vivemos nas esferas
social, política e
econômica, quanto pela
humildade e ingenuidade
de seus seguidores?
Em ambas, observamos que
alguns sacerdotes se
aproveitam da falta de
um espírito inquiridor
de seus membros para os
amedrontar com
versículos retirados da
Primeira Revelação, os
quais são interpretados
e comparados
esdruxulamente a povos
que viviam em nações
distantes, tinham outras
culturas e hábitos, além
de terem pertencido a
uma época longínqua,
muitas vezes, totalmente
fora da realidade atual.
Tudo isso para,
impiedosamente, através
de enormes absurdos
teológicos, e amparados
pela credulidade de suas
“ovelhas”, os
extorquirem até às
últimas reservas
monetárias,
fundamentando-se no
“pagamento financeiro do
dízimo”, o qual não tem
nenhum respaldo bíblico[1],
ou nas chamadas
“Campanhas”, que são
promessas descabidas de
lógica.
O ruim é que, para
esses, os presbíteros
são considerados, no
mínimo, como pessoas
cultas e que sabem o que
falam, mormente naquilo
que concerne às palavras
teosóficas. Portanto,
qualquer insensatez que
seja dita, os
frequentadores dessas
assembleias neles
acreditam piamente, sem
nenhuma verificação se
aquilo que ouviram está
certo ou errado. É a
famosa “fé cega”.
A Bíblia é enfática ao
condenar todo aquele que
nutre uma simpatia
demasiada pelos bens
materiais.
Meditando sobre esse
tema, recordo-me da
indignação do Excelso
Pegureiro pelos que
proclamam em alto e bom
tom: "Senhor! Senhor!"[2]
Depois de tudo isso, a
pergunta que não quer
calar é: "será que esses
ditos Cristãos são
realmente Cristãos"?
Observação:
Vejam na Bíblia[3]
e em “O Evangelho
segundo o Espiritismo”[4].
Notas de adendo:
[3]
Mt, 6,24;
7,15-27;
25,31-46; 16,27;
Lc, 16,16 e Jo,
13,34-35.
[4]
ESE, cap. 15,
itens 4, 5 e 10.