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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 336 - 3 de Novembro de 2013

MARCO ANTONIO PINHO
a.amorbondade@hotmail.com
Serrinha, BA (Brasil)

 
 




A contribuição do Espiritismo como novo paradigma da evolução humana

 

Estamos a cada dia buscando, através de análise criteriosa, entender o papel filosófico e educacional da religião, no sentido de saber a contribuição da mesma na questão dos paradigmas explicativos relacionados com as verdades Bíblicas que foram expostas por diversas religiões ao longo de muitos séculos, e buscando também entender seu papel social e intelectual no atual estágio da evolução humana. Essa busca incansável é reflexo da autoanálise que realizamos no nosso cotidiano evolutivo, pois as experiências interpessoais facultam ao homem pós-moderno as condições necessárias para que ele enxergue essa nova perspectiva.

Através da evolução dos tempos, incluindo aí a “história, a civilização humana e os nossos ancestrais evolutivos”, veremos que tudo que acontece hoje é fruto de um passado que foi permeado de discussões, desencontros afetivos e tantos outros problemas que surgiram ao longo da evolução humana. Segundo os historiadores que realizaram estas pesquisas em diversas áreas do conhecimento, nós vivemos há muito tempo atrás em outras civilizações, dando a entender que de forma indireta nós já vivemos na Terra várias vezes, dando a entender também que somos tão velhos quanto o próprio tempo na questão da evolução.

As religiões antigas afirmam que nós surgimos da ”costela de Adão ou de um sopro divino”, configurando assim que somos filhos do acaso, e é o acaso que determina o nosso destino, tirando do homem ou da mulher o livre-arbítrio como processo evolutivo. Se seguirmos por essa linha de pensamento, seremos fadados a concordar que tudo que realizamos em nossas vidas será fruto da casualidade e todas as ações que realizarmos serão desenvolvidas sem muita responsabilidade, pois não responderemos por elas, e o homem ficará isento de resgatar os erros cometidos durante seu processo evolutivo.

Como analisar essas questões religiosas sobre a ótica espírita? No primeiro momento veremos que durante muito tempo as religiões tradicionais seguiram em seus postulados muitas lições e ensinos que foram tidos como verdade, mostrando muitas vezes um Deus antropomórfico. Em outro momento incutiram nas mentes juvenis a ideia de um inferno eterno, dando a entender que a utilização do medo arrebataria uma multidão para as assembleias religiosas, mesmo que não entendessem muito dos seus postulados, configurando total despreparo intelectual nos seus seguidores.

A doutrina espírita vem nos convocar à reflexão sobre essas questões. Na ótica espírita, a ideia do inferno cai por terra, o Deus antropomórfico não existe. O Espiritismo vem dizer ao homem pós-moderno que ele é fruto do seu passado, colocando que todas as suas ações se prendem às experiências vivenciadas ao longo dos milênios, construindo sua própria história a partir da utilização boa ou má do seu livre-arbítrio. Sabemos que quando utilizamos bem o nosso livre-arbítrio evoluímos mais rápido, mas, ao contrário, se andarmos em caminhos tortuosos, seremos as vítimas de nós mesmos, construindo sofrimento para as futuras existências. 


 

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita