A contribuição do
Espiritismo como novo
paradigma da evolução
humana
Estamos a cada dia
buscando, através de
análise criteriosa,
entender o papel
filosófico e educacional
da religião, no sentido
de saber a contribuição
da mesma na questão dos
paradigmas explicativos
relacionados com as
verdades Bíblicas que
foram expostas por
diversas religiões ao
longo de muitos séculos,
e buscando também
entender seu papel
social e intelectual no
atual estágio da
evolução humana. Essa
busca incansável é
reflexo da autoanálise
que realizamos no nosso
cotidiano evolutivo,
pois as experiências
interpessoais facultam
ao homem pós-moderno as
condições necessárias
para que ele enxergue
essa nova perspectiva.
Através da evolução dos
tempos, incluindo aí a
“história, a civilização
humana e os nossos
ancestrais evolutivos”,
veremos que tudo que
acontece hoje é fruto de
um passado que foi
permeado de discussões,
desencontros afetivos e
tantos outros problemas
que surgiram ao longo da
evolução humana. Segundo
os historiadores que
realizaram estas
pesquisas em diversas
áreas do conhecimento,
nós vivemos há muito
tempo atrás em outras
civilizações, dando a
entender que de forma
indireta nós já vivemos
na Terra várias vezes,
dando a entender também
que somos tão velhos
quanto o próprio tempo
na questão da evolução.
As religiões antigas
afirmam que nós surgimos
da ”costela de Adão ou
de um sopro divino”,
configurando assim que
somos filhos do acaso, e
é o acaso que determina
o nosso destino, tirando
do homem ou da mulher o
livre-arbítrio como
processo evolutivo. Se
seguirmos por essa linha
de pensamento, seremos
fadados a concordar que
tudo que realizamos em
nossas vidas será fruto
da casualidade e todas
as ações que realizarmos
serão desenvolvidas sem
muita responsabilidade,
pois não responderemos
por elas, e o homem
ficará isento de
resgatar os erros
cometidos durante seu
processo evolutivo.
Como analisar essas
questões religiosas
sobre a ótica espírita?
No primeiro momento
veremos que durante
muito tempo as religiões
tradicionais seguiram em
seus postulados muitas
lições e ensinos que
foram tidos como
verdade, mostrando
muitas vezes um Deus
antropomórfico. Em outro
momento incutiram nas
mentes juvenis a ideia
de um inferno eterno,
dando a entender que a
utilização do medo
arrebataria uma multidão
para as assembleias
religiosas, mesmo que
não entendessem muito
dos seus postulados,
configurando total
despreparo intelectual
nos seus seguidores.
A doutrina espírita vem
nos convocar à reflexão
sobre essas questões. Na
ótica espírita, a ideia
do inferno cai por
terra, o Deus
antropomórfico não
existe. O Espiritismo
vem dizer ao homem
pós-moderno que ele é
fruto do seu passado,
colocando que todas as
suas ações se prendem às
experiências vivenciadas
ao longo dos milênios,
construindo sua própria
história a partir da
utilização boa ou má do
seu livre-arbítrio.
Sabemos que quando
utilizamos bem o nosso
livre-arbítrio evoluímos
mais rápido, mas, ao
contrário, se andarmos
em caminhos tortuosos,
seremos as vítimas de
nós mesmos, construindo
sofrimento para as
futuras existências.