ANGÉLICA
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(Brasil) |
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No Invisível
Léon Denis
(Parte 13)
Continuamos
o estudo
metódico e sequencial do
clássico "No Invisível",
de Léon Denis, cujo
título no original
francês é
Dans l'Invisible.
Questões preliminares
A. As comunicações
espíritas devem ser
cuidadosamente
examinadas e julgadas
com rigor?
Sim. Especialmente
quando revestem a forma
de ensino filosófico. A
Humanidade invisível se
compõe dos Espíritos que
viveram neste mundo, em
cujo número contam-se
muitos bem pouco
adiantados. Por isso, no
tocante ao assunto, o
discernimento é uma
qualidade indispensável.
O investigador deve ser
dotado de critério
seguro, que lhe
permitirá distinguir o
verdadeiro do falso e,
depois de haver tudo
examinado, conservar o
que tem legítimo valor.
(No Invisível - O
Espiritismo
experimental:
IX - Condições de
experimentação.)
B. A excessiva
credulidade de certos
adeptos é um bem ou um
mal?
Segundo Léon Denis, nada
é mais prejudicial à
causa do Espiritismo que
a excessiva credulidade
de certos adeptos. E o
mesmo ele diz a respeito
das experiências mal
dirigidas. Estas
produzem aos
pesquisadores novatos
uma deplorável
impressão; fornecem
alimento à crítica e ao
motejo e dão uma ideia
falsa do mundo dos
Espíritos. Muitos saem
dessas reuniões ainda
mais incrédulos que
antes.
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental:
IX - Condições de
experimentação.)
C. A qualidade dos
nossos pensamentos
influi no intercâmbio
com o mundo dos
Espíritos?
Sim. Todo aquele que
entra em relação com o
mundo invisível atrai
seres em afinidade com o
seu próprio estado
mental. O mundo dos
Espíritos fervilha de
entidades benfazejas e
maléficas. Se não
soubermos purificar-nos,
orientar os nossos
pensamentos e forças no
sentido da vida
superior, poderemos
tornar-nos vítimas das
potências malfazejas que
em torno de nós se
agitam e têm, em certos
casos, conduzido o
indivíduo imprudente ao
erro, à obcecação, a
obsessões vizinhas da
loucura. Contudo, se
soubermos dominar os
sentidos, elevar a alma
acima das curiosidades
vãs e das preocupações
materiais, fazer do
Espiritismo um meio de
educação e de disciplina
moral, entraremos no
domínio do verdadeiro
conhecimento. Então,
influências
regeneradoras baixarão
sobre nós e uma luz
suave e penetrante nos
iluminará o caminho e
nos preservará das
quedas, dos
desfalecimentos e de
qualquer perigo.
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental:
IX - Condições de
experimentação.)
Texto para leitura
357. Os fatos espíritas
podem ser subdivididos
em quatro classes:
1ª - A tiptologia e o
fenômeno das mesas –
Neste gênero de
experiências é preciso
eliminar com cuidado as
causas físicas, os
movimentos
involuntários, o
magnetismo dos
assistentes, a sugestão
mental.
2ª - A escrita
automática – Muitos
ditados obtidos por esse
processo podem ser
atribuídos à sugestão
inconsciente. Podendo o
pensamento, como vimos,
exteriorizar-se,
acontece, em certos
casos, que o pensamento
do médium responde à
pergunta por ele próprio
formulada. Dar-se-ia
então um fenômeno de
autossugestão
involuntária, ou de
sugestão dos
assistentes. A ação dos
Espíritos, porém, se
revela nos casos em que
escritas desconhecidas
são traçadas e fatos,
particularidades,
revelações, que
constituem outros tantos
elementos de identidade,
são obtidos por esse
modo de experimentação.
3ª - A incorporação –
Nos fenômenos desta
ordem pode o
inconsciente do médium
exercer uma certa
intervenção. Há em cada
um de nós aquisições
mentais, aptidões,
reminiscências, uma
extensa acumulação de
riquezas intelectuais,
fruto de nossas
anteriores existências,
as quais, sepultadas nas
profundezas da
consciência, se nos
conservam ignoradas no
estado de vigília. É o
que constitui o
inconsciente, ou antes,
o subconsciente. Nos
casos de desprendimento
sonambúlico e de
exteriorização, essas
energias despertam,
vibram e irradiam em
torno do corpo fluídico
do médium; a psique
readquire suas
recônditas capacidades e
entra em ação. Fácil,
porém, é reconhecer os
numerosos casos em que
ocultas personalidades
se apoderam do organismo
do médium e se
substituem ao seu
próprio espírito. Essas
personalidades se
evidenciam por sinais
característicos, gestos
e voz que lhes são
próprios, como por
certas particularidades
psicológicas que não as
permitem confundir com o
inconsciente do médium.
4ª - As materializações
– Esses fenômenos, em
virtude de se produzirem
na obscuridade, exigem
rigorosa verificação.
Pode-se, para isso,
fazer uso, quer de
balanças munidas de
aparelhos registradores
que permitam averiguar a
diminuição de peso do
médium, como nas
experiências de
Armstrong e Reimers,
quer, a exemplo de W.
Crookes e do engenheiro
Varley, de baterias
elétricas, a que é
ligado o médium por uma
corrente que impede todo
movimento equívoco de
sua parte.
358. No que se refere às
manifestações espíritas,
propriamente ditas, qual
será o critério de
certeza? Onde estará a
prova da intervenção dos
Espíritos? Essa prova,
já o dissemos, reside no
conjunto das
particularidades que
permitem estabelecer uma
identidade positiva. Só
o experimentador pode
nesse caso ser juiz, e
sua convicção não se
pode basear senão sobre
o reconhecimento desses
indícios característicos
desconhecidos do médium
e às vezes mesmo dos
assistentes, mediante os
quais se revela a
personalidade do ser
invisível.
359. Para adquirir
certeza e multiplicar os
meios de verificação, é
conveniente variar as
experiências, completar
umas com as outras,
recorrendo aos diversos
gêneros de mediunidade.
Do conjunto dos
testemunhos e dos
resultados obtidos
poderemos assim coligir
a mais considerável soma
de provas que seja
possível obter nesse
domínio, em que
múltiplas causas
intervêm e não raro se
confundem.
360. É às vezes cruel e
desolador sabermos,
sentirmos, ao pé de nós,
um ente amado e
desaparecido, sem
podermos com ele
conversar; e se, dotado
de mediunidade,
procurarmos obter uma
comunicação, não o é
menos percebermos,
enquanto o lápis corre
veloz sobre o papel, que
o nosso pensamento se
intercala ao seu de um
modo tão íntimo que não
podemos separar um do
outro e determinar o que
emana de nós ou provém
dele.
361. Recorremos então a
outro médium. Quer ele
escreva, porém, quer
fale por sua boca,
durante o sono
mediúnico, o Espírito
evocado, reconhecemos
ainda, por um efeito
dessa malfadada
sugestão, que por toda
parte se insinua, que a
personalidade do médium
se mistura com a do ser
que nos é caro. E a
dúvida nos assalta, a
angustiosa incerteza nos
oprime.
362. Súbito, porém, uma
prova de identidade
brota como uma faísca,
tão viva, tão brilhante,
tão incontestável que,
diante dela, todas as
hesitações desaparecem,
todas as dúvidas se
dissipam e a nossa razão
satisfeita e o nosso
coração emocionado
entram, num transporte
de amor e de fé, em
comunhão com a alma
idolatrada que de modo
tão claro e
inconfundível acudiu ao
nosso reclamo e para
sempre firmou a certeza
de sua presença e de sua
proteção.
363. Quanto às
comunicações de caráter
geral e que revestem a
forma de ensino
filosófico, devem ser
cuidadosamente
examinadas, discutidas,
julgadas com rigor, com
a mais completa
liberdade de apreciação.
A Humanidade invisível
se compõe dos Espíritos
que viveram neste mundo,
em cujo número – sabemos
– contam-se muitos bem
pouco adiantados. Mas no
Espaço há também
inteligências
brilhantes, iluminadas
pelos esplendores do
Além. E quando anuem a
vir até nós, podemos
reconhecê-las na
elevação do pensamento,
como na judiciosa
retidão das apreciações.
364. Nesta ordem de
ideias o discernimento é
uma qualidade
indispensável. O
investigador deve ser
dotado de critério
seguro, que lhe
permitirá distinguir o
verdadeiro do falso e,
depois de haver tudo
examinado, conservar o
que tem legítimo valor.
365. Nada é mais
prejudicial à causa do
Espiritismo que a
excessiva credulidade de
certos adeptos e as
experiências mal
dirigidas. Estas
produzem aos
pesquisadores novatos
uma deplorável
impressão; fornecem
alimento à crítica e ao
motejo e dão uma ideia
falsa do mundo dos
Espíritos. Muitos saem
dessas reuniões ainda
mais incrédulos que
antes.
366. O homem crédulo é
dotado de boa-fé; a si
mesmo se engana
inconscientemente e
torna-se vítima de sua
própria imaginação.
Aceita as coisas mais
inverossímeis e muitas
vezes as afirma e
propaga com entusiasmo
extravagante. É isso um
dos maiores estorvos
para o Espiritismo, uma
das causas que dele
afastam muitas pessoas
sensatas, muitos
sinceros investigadores,
que não podem tomar a
sério uma doutrina e
fatos tão mal
apresentados.
367. É preciso não
aceitar cegamente coisa
alguma. Cada fato deve
ser objeto de minucioso
e aprofundado exame. Só
nessas condições é que o
Espiritismo se imporá
aos homens estudiosos e
racionalistas. As
experiências feitas
superficialmente, sem
conhecimento de causa,
os fenômenos
apresentados em más
condições fornecem
argumentos aos cépticos
e prejudicam a causa a
que se pretende servir.
368. Podemos, em resumo,
dizer que o principal
motivo dos erros e
insucessos, em matéria
de psiquismo
experimental, é a falta
de preparação. Os povos
do Ocidente abordam aí
um novo domínio,
ignorado ou esquecido,
que não é isento de
perigos para eles; só
excepcionalmente o fazem
munidos desse elevado
sentimento, dessa luz
interior, desse sentido
penetrante da alma, que
os grandes iniciados
possuíram e são os
únicos que nos podem
preservar dos embustes e
ciladas do invisível.
369. A primeira das
condições, por
conseguinte, é
aparelhar-vos moral e
mentalmente. Não
provoqueis os fatos
antes de vos haverdes
tornado aptos para os
compreender e dominar,
mediante demorado e
paciente estudo das
obras fundamentais, a
reflexão, o
desenvolvimento da
vontade e o exercício de
um raciocínio claro e
firme. Se não preencheis
essas condições, mais
prudente seria vos
absterdes, a menos que
vos consagreis a essas
experiências sob a
direção de um homem
esclarecido e orientado,
a quem auxiliareis com a
vossa boa vontade e
deixareis o cuidado de
vos guiar.
370. Os processos de
investigação usados no
mundo físico não se
podem adaptar ao plano
psíquico. Neste são os
pensamentos que entram
em ação. Os pensamentos
são forças. São eles que
lapidam e lentamente
modelam o nosso ser
interior; influem mesmo
em nossa forma exterior,
a ponto de ser fácil
distinguir, pelos traços
e expressão da
fisionomia, o sábio do
homem vicioso. Esses
efeitos do pensamento
não são, porém,
circunscritos aos
limites do nosso ser
material: estendem-se em
torno de nós e formam
uma atmosfera que serve
de laço entre nós e os
seres de pensamentos
similares.
371. Nisso reside o
segredo da inspiração,
da fecundação do
espírito pelo espírito.
Dessa lei resulta um
fato: aquele que, por
meio de evocações, de
reclamos, entra em
relação com o mundo
invisível, atrai seres
em afinidade com o seu
próprio estado mental. O
mundo dos Espíritos
fervilha de entidades
benfazejas e maléficas,
e se não soubermos
purificar-nos, orientar
os nossos pensamentos e
forças no sentido da
vida superior, poderemos
tornar-nos vítimas das
potências malfazejas que
em torno de nós se
agitam e têm, em certos
casos, conduzido o
indivíduo imprudente ao
erro, à obcecação, a
obsessões vizinhas da
loucura.
372. Contudo, se sabeis
dominar os sentidos,
elevar a alma acima das
curiosidades vãs e das
preocupações materiais,
fazer do Espiritismo um
meio de educação e de
disciplina moral,
entrareis no domínio do
verdadeiro conhecimento;
influências
regeneradoras baixarão
sobre vós; uma luz suave
e penetrante vos
iluminará o caminho, vos
preservará das quedas,
dos desfalecimentos e de
qualquer perigo.
373. Capítulo
X - Formação e direção
dos grupos
– A constituição dos
grupos comporta regras e
condições cuja
observância influi
consideravelmente no
resultado a alcançar.
Conforme o seu estado
psíquico, os assistentes
favorecem ou embaraçam a
ação dos Espíritos.
Enquanto uns só com sua
presença facilitam as
manifestações, outros
lhes opõem um quase
insuperável obstáculo.
É, conseguintemente,
necessário proceder a
uma certa escolha,
sobretudo no começo das
experiências.
374. Essa escolha não
pode ser ditada,
sancionada, senão pelos
resultados obtidos, ou
ainda pelas indicações
de um Espírito-guia.
Quando, ao fim de certo
número de sessões,
nenhum efeito
satisfatório se
produziu, pode-se adotar
o processo de eliminação
e substituição, até que
a assistência pareça
composta de modo a
fornecer aos invisíveis
os meios fluídicos
necessários à sua ação.
Do mesmo modo, a direção
do grupo deve ser
confiada a uma pessoa
excelentemente dotada,
do ponto de vista das
atrações psíquicas,
digna, além disso, de
simpatia e confiança.
375. Há, nessa ordem de
estudos, um conjunto de
regras a observar e
precauções a adotar que
desanimam os
investigadores. Cumpre,
entretanto, advertir que
essas exigências se
apresentam em toda
experiência delicada, em
todo estudo psicológico
e, mesmo, na aplicação
cotidiana de nossas
próprias faculdades.
376. Não experimentamos,
agradável ou
desagradavelmente, a
influência dos nossos
semelhantes? Em presença
de uns, sentimo-nos como
animados, atraídos,
inspirados. O nosso
pensamento ganha surto;
a palavra se torna mais
fácil, mais vivas e
coloridas se tornam as
imagens. Outros nos
tolhem e paralisam. Não
é de admirar que os
Espíritos, em suas tão
complexas manifestações,
encontrem, num grau mais
elevado, as mesmas
dificuldades, e que nas
experiências seja
preciso tomar em
rigorosa consideração o
estado de espírito e
vontade dos assistentes.
377. Com o tempo, quando
estiver o grupo
solidamente constituído
e forem os seus
trabalhos coroados de
êxito, será então
possível abrir mão do
rigor dos primeiros dias
e admitir novos membros
numa limitada proporção.
378. É das mais
delicadas a tarefa de
dirigir um grupo. Exige
qualidades raras,
extensos conhecimentos e
sobretudo longa prática
do mundo invisível.
Nenhum grupo, sem ser
submetido a uma certa
disciplina, pode
funcionar. Esta se impõe
não somente aos
experimentadores, como
também aos Espíritos. O
diretor do grupo deve
ser um homem de dupla
enfibratura, assistido
por um Espírito-guia que
estabelecerá a ordem no
meio oculto, como ele
próprio a manterá no
meio terrestre e humano.
Essas duas direções
devem mutuamente
completar-se,
inspirar-se num
pensamento igualmente
elevado, unir-se na
prossecução de um
objetivo comum.
379. Nos casos de
ausência dessa proteção
oculta, a missão do
diretor do grupo ainda
se torna mais difícil.
Exige da sua parte a
máxima experiência
necessária para
discernir a natureza dos
Espíritos que intervêm,
desmascarar os
impostores, moralizar os
atrasados, opor uma
vontade firme aos
Espíritos levianos e
perturbadores e emitir
esclarecida apreciação
sobre as comunicações
obtidas.
380. Os próprios membros
do grupo não lhe devem
merecer menos cuidado.
Sofrear as exigências e
as opiniões demasiado
pessoais de uns, a
possível rivalidade de
outros, principalmente
dos médiuns que atraem
os maus elementos do
Além e imprimem aos
fenômenos estranhas e
desordenadas modalidades
– eis a tarefa do
presidente, como se vê,
das mais delicadas.
381. No grupo que por
muito tempo dirigimos, a
assistência eficaz dos
invisíveis se fez sentir
desde o começo e poucas
dificuldades desse
gênero encontramos. Por
impulso dos nossos
corações e pensamentos,
esforçávamo-nos por nos
colocar em uníssono com
os nossos guias e,
graças aos nossos
esforços e com o seu
auxílio, havíamos
chegado a criar em torno
de nós, pelas
irradiações mentais, uma
atmosfera de paz e de
serenidade que imprimia
às manifestações, em sua
maioria, um caráter de
elevação moral, de
sinceridade e de
franqueza que
impressionava os
assistentes e afugentava
os Espíritos
embusteiros.
382. Mais tarde, em
consequência da
introdução em nosso
grupo de um
experimentador
entusiasta de fatos
materiais, assistido por
um cortejo de Espíritos
inferiores, fenômenos
vulgares vieram
acrescentar-se às
elevadas manifestações.
Espíritos levianos,
propensos às
trivialidades, se
imiscuíram entre nós e
foi preciso toda a
energia de nossas
vontades reunidas para
reagir contra as más
influências invasoras.
383. Antes, porém, desse
período de perturbação,
graças à nossa
persistência e união, as
manifestações tinham
gradualmente adquirido
um cunho de limpidez e
de grandeza que nos
cativara; as provas se
multiplicavam,
fortalecendo as nossas
convicções, tornando-as
definitivas. Predições
de natureza íntima se
haviam realizado.
Conselhos, instruções,
dissertações científicas
e filosóficas,
constituindo matéria
para alguns volumes,
foram obtidos.
384. Conseguimos atrair
e conservar em nossas
sessões homens de valor
pertencentes a todas as
esferas, partilhando
todas as opiniões:
materialistas,
indiferentes, crentes
religiosos e até padres,
a cujo espírito liberal
e pesquisador não
repugnavam as nossas
investigações.
385. Muitas tentativas
se tornam infrutíferas,
grande número de grupos
não têm mais que uma
existência efêmera, em
consequência da falta de
paciência, de dedicação
e coesão. Procura-se com
avidez obter os
fenômenos
transcendentes; desde
que, porém, para os
obter fica-se sabendo
que é preciso
submeter-se a uma
disciplina gradual de
muitos meses, de muitos
anos, reunir-se em dia
fixo, todas as semanas
pelo menos, e não
desanimar com os
repetidos insucessos,
muitos hesitam e recuam.
386. É preciso, pois,
nos grupos em formação
só admitir membros
absolutamente resolvidos
a perseverar, não
obstante a lentidão e os
obstáculos. Só com o
tempo e mediante
esforços reiterados é
que o organismo dos
médiuns e dos
experimentadores pode
sofrer as profundas
modificações que
permitem exteriorizar as
forças indispensáveis à
produção dos fenômenos.
387. Se é conveniente
escolher com cuidado os
colaboradores, é
preciso, entretanto, não
levar as coisas ao
extremo, nem ser
demasiado exclusivista.
Com o auxilio do Alto e
a assistência dos
Espíritos-guias, as
discordâncias que reinam
ao começo em alguns
círculos podem-se
atenuar e ceder lugar à
homogeneidade.
388. É o que nos dizem
as entidades do Espaço:
“Estais em contacto
cotidiano com
muitíssimas pessoas que
agem fatalmente sobre
vós, como sobre elas
agis por vossa vez.
Essas ações e reações
são necessárias, porque
sem elas não se poderia
realizar o progresso.
Crede em nossa constante
assistência, em nossa
afetuosa presença ao pé
de vós. É em nosso amor
que haurimos a força
para nos conservar perto
dos que nos amam, como
seus guias, seus
dedicados protetores.
Imitai-nos. Bani todo
pensamento malévolo ou
invejoso. Aprendei a
sacrificar-vos, a viver
e trabalhar em comum.
Não vos poupeis, isto é:
não temais as
perturbações que podem
resultar de certas
relações com vossos
semelhantes. Elas vos
acarretam, sem dúvida,
uma diminuição de gozos;
mas essas relações
constituem a lei da
Humanidade. Não deveis
viver como egoístas, mas
fazer participarem os
outros dos vossos
próprios bens.”
(Continua no próximo
número.)