Psicografia
Afinal, o que é
psicografia?
A psicografia é
um dos meios de
comunicação
utilizados pela
espiritualidade
para poder
expressar-se com
os vivos da
Terra, pela
escrita, através
de uma pessoa
que seja médium
escrevente ou
psicógrafa.
Conheça as
modalidades:
Psicografia
intuitiva:
na mediunidade
intuitiva, como
o próprio nome
diz, o “Espírito
não atua
diretamente
sobre a mão do
médium para
escrever, mas
sobre a alma. A
alma, sob esse
impulso, dirige
a mão e a mão
dirige o lápis”.
O pensamento do
Espírito é
passado ao
médium, cujo
crivo depende
exclusivamente
dele - o médium
(considerado
como aparelho)
-, em aceitar ou
não o que lhe é
transmitido.
Muitas vezes o
medianeiro
emprega recursos
pessoais, no que
diz respeito ao
seu conhecimento
do vernáculo,
para montar,
adequar e
expressar, no
papel, o
sentimento e os
esclarecimentos
prestados pela
entidade. O
Espírito sugere
e o médium
executa.
As palavras até
poderão ser
outras, mas o
conteúdo da
mensagem deve
ser aquele
pretendido pelo
Espírito
comunicante.
Psicografia
semimecânica:
aqui, o médium
tem quase
totalmente a
consciência do
que escreve. O
controle do
braço, através
do sistema
nervoso, não é
completo por
parte do
Espírito
comunicante, mas
é parcialmente
por ele
coordenado.
Psicografia
mecânica:
já, nesta
situação, o
controle do
Espírito
comunicante é
total. Ele
assume os
movimentos do
braço e da mão,
movimentando-os
de acordo com
seu interesse e
necessidade,
imprimindo a
velocidade que
pretender, sem
que haja
qualquer
controle ou
interferência do
médium, que
participa na
condição de
aparelho
receptor. O
Espírito não lhe
fala nem lhe
sugere, apenas
escreve. A
independência do
médium em
relação a essa
modalidade de
psicografia é
tão forte, que
ele, em havendo
permissão para
isso, poderá até
entabular
conversação com
uma terceira
pessoa, alheio
ao que se passa
consigo na
psicografia,
pois os
movimentos para
a escrita
pertencem ao
Espírito, que
tudo controla.
Este é o caso em
que a escrita e
a assinatura
obedecem
naturalmente os
traços de origem
de quem
transmite a
mensagem.
A psicografia é
um recurso
prático e
reconhecidamente
o mais comum,
inclusive da
parte dos
Espíritos, que
dela se utilizam
com a frequência
e precisão
necessárias.
Francisco
Cândido Xavier
(1910-2002),
mineiro da
cidade de Pedro
Leopoldo, foi um
dos mais
consagrados
médiuns
brasileiros, e o
que mais se
dedicou aos
sagrados
momentos em que
recebeu, do
outro lado da
vida,
comunicações das
mais diversas.
O mentor
espiritual de
Chico, que num
desses felizes
momentos, lhe
disse que a
ligação de ambos
se perdia no
tempo, assim se
expressou:
“Tenho seguido
sempre os teus
passos e só hoje
me vês, na tua
existência de
agora, mas os
nossos Espíritos
se encontram
unidos pelos
laços mais
santos da vida e
o sentimento
afetivo que me
impele para o
teu coração tem
suas raízes na
noite profunda
dos séculos...”
,
permanecendo
junto a esse
dedicado médium
por um longo
período,
praticamente 75
anos dos 92 que
esteve conosco.
Identificado
pelo nome de
Emmanuel, esse
Benfeitor chegou
a orientar seu
tutelado quando
este participava
de reuniões de
materialização,
para que
permanecesse
preparado, sim,
mas para
trabalhos
relacionados à
psicografia.
E foi o que de
fato ocorreu com
Chico Xavier.
Dedicou-se
integralmente a
esse belo
trabalho de
comunicação com
o Mundo
Invisível,
circulando entre
cá e lá em
certos momentos
especiais, como
ele mesmo dizia.
Ao todo, foram
pouco mais de
400 obras
editadas,
estando o médium
ainda presente.
E embora muitos
estranhem os
lançamentos
feitos após a
sua partida, em
30 de junho de
2002, essa
situação
justifica-se,
uma vez que
Chico recebia
dos Espíritos
informações que,
no devido tempo,
poderiam ser
tornadas
públicas, no
todo ou ao menos
parte delas,
como temos visto
em inúmeras
obras novas.
A psicografia
teve seu papel
respeitável nos
tribunais do
país quando
contribuiu para
afastar a névoa
impeditiva ao
esclarecimento
de tristes casos
de homicídios,
trazendo à luz
informações
desconhecidas,
mas precisas.
Somente pela mão
de Chico Xavier,
são atribuídos 7
dos 9 casos de
mensagens
registradas, que
auxiliaram os
jurados, os
juízes e o
próprio
Ministério
Público,
encarregado de
proceder à
acusação, a
reconhecer o
farto,
respeitável e
convincente
material
apresentado para
cada caso
específico.
Mas foi na
generosidade e
no amparo aos
corações
debilitados pela
ausência de
entes queridos
arrebatados pela
morte que Chico
Xavier abriu seu
coração caridoso
e dedicou horas
e horas de cada
dia em benefício
do próximo,
serenando a dor
e o sofrimento
deixados no
ambiente
familiar.
Foram editados
mais de 100
livros com
mensagens
mediúnicas
contendo apenas
cartas aos
familiares que
clamavam por
contato com o
ente amado que
os deixou por
força maior.
Além desse
montante citado,
incontável
número de
psicografias –
algumas longas e
outras
resumidas,
bilhetes até –
foi entregue
diretamente aos
interessados
presentes às
reuniões, sem
que fossem
somadas aos
trabalhos
editados, na
verdade,
milhares delas,
não anotadas
para edição
futura. Em suas
viagens, onde o
médium se fazia
presente, as
psicografias
ocorriam em
abundância.
Muito embora
Chico Xavier
tenha deixado
muito claro que
“o telefone
somente toca de
lá para cá”,
há um grave
equívoco da
parte de leigos
e até de algumas
Casas Espíritas,
no que diz
respeito ao
prazo ou ao
período em que
se pode pleitear
uma mensagem
desse outro lado
da vida.
Na verdade não
há, por assim
dizer, prazo ao
qual esteja
sujeito o tempo
favorável a esse
contato. Não há
vencimento nem
prescrição nesse
sentido.
Um Espírito, ao
deixar o
ambiente terreno
através do
processo da
morte, somente
alcançará em
breve tempo o
confortável
sentimento de
paz se estiver
equilibrado e em
harmonia com as
alterações que
ocorrem nesse
difícil momento
da vida de cada
um.
Mas,
independente das
condições
individuais, há
comprovações
deixadas por
Chico Xavier
mostrando que as
mensagens podem
ocorrer em
qualquer época,
tempo ou momento
da vida.
Não somos nós
que delimitamos
o espaço de
tempo aceitável
para esta
conquista, não
nos esquecendo,
porém, do
lembrete de
Chico Xavier:
“o telefone
somente toca de
lá para cá”.