ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil) |
|
|
No Invisível
Léon Denis
(Parte 14)
Continuamos
o estudo
metódico e sequencial do
clássico "No Invisível",
de Léon Denis, cujo
título no original
francês é
Dans l'Invisible.
Questões preliminares
A. Por que a fusão das
classes se deve efetuar,
e com maior razão, nas
associações espíritas?
O Espiritismo mesmo
no-lo demonstra: nossas
vantagens sociais são
transitórias; o
progresso e a educação
do Espírito o induzem a
nascer e renascer
sucessivamente nas mais
diversas condições de
vida, a fim de adquirir
os méritos inerentes a
esses meios. Ele põe em
relevo, com um poder de
lógica não alcançado por
nenhuma outra doutrina,
a fraternidade e a
solidariedade das almas,
consequentes de sua
origem e de seus
destinos comuns. A
verdadeira superioridade
consiste nas qualidades
adquiridas e se traduz
principalmente por um
sentimento profundo dos
nossos deveres para com
os humildes e os
deserdados deste mundo.
Portanto, qualquer
separação de natureza
social ou de classe é
inconcebível numa
organização que se diz
espírita.
(No Invisível - O
Espiritismo
experimental: X -
Formação e direção dos
grupos.)
B. É preciso cuidado
para se evitar a
intrusão dos maus
Espíritos nas sessões
mediúnicas?
Sim. Nunca será
demasiado lembrar os
perigos que resultam da
intrusão dos maus
Espíritos nas sessões de
um grupo em formação ou
nos ensaios de um médium
insulado. Muitas vezes
são os nossos
pensamentos que os
atraem. Devemos, pois,
abster-nos de toda
preocupação com negócios
ou prazeres, e fixar o
pensamento num elevado
objetivo, pondo-nos em
harmonia de vistas e de
sentimentos com as almas
superiores.
Conservando-nos nesse
estado de espírito,
sentiremos baixarem
sobre nós correntes de
energia, das quais
ficaremos impregnados e
que aumentarão a
sensibilidade de nosso
organismo fluídico.
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental: X -
Formação e direção dos
grupos.)
C. Que tipos de
perguntas podem ser
formuladas aos Espíritos
em nossas sessões
mediúnicas?
Podem-se formular
perguntas aos Espíritos
sobre todos os problemas
pertencentes ao domínio
da Filosofia e da vida
social, sobre as
condições de existência
no mundo espiritual, as
impressões depois da
morte, a evolução da
alma etc. Todas essas
perguntas devem ser
apresentadas pelo
presidente do grupo,
simples e claras, sempre
de ordem moral e
desinteressadas.
Evitar-se-ão, desse
modo, perguntas sobre
interesses pessoais,
tesouros ocultos e
assuntos parecidos.
Cogitando somente dos
assuntos elevados do
Espiritismo,
asseguraremos a
colaboração de Espíritos
sérios, que consideram
um dever de sua parte
cooperar em nosso
adiantamento e educação.
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental: X -
Formação e direção dos
grupos.)
Texto para leitura
389. A similitude de
aspirações, as
afinidades que entre os
homens criam as
condições sociais e a
cultura de espírito, hão
de necessariamente
influir, numa certa
medida, sobre a
constituição dos grupos.
Mas, por altamente
colocado que esteja na
escala social, não deve
o adepto desdenhar as
reuniões populares, nem
incomodar-se com a falta
de instrução ou de
educação dos que as
compõem. Os intelectuais
provarão sua
superioridade
associando-se aos
trabalhos dos grupos
operários, esforçando-se
em pôr ao alcance de
seus irmãos menos
favorecidos seus
conhecimentos e
apreciações.
390. É sobretudo nas
associações espíritas
que a fusão das classes
se deve efetuar. O
Espiritismo no-lo
demonstra: as nossas
vantagens sociais são
transitórias; o
progresso e a educação
do Espírito o induzem a
nascer e renascer
sucessivamente nas mais
diversas condições de
vida, a fim de adquirir
os méritos inerentes a
esses meios. Ele põe em
relevo, com um poder de
lógica não alcançado por
nenhuma outra doutrina,
a fraternidade e a
solidariedade das almas,
consequentes de sua
origem e de seus
destinos comuns. A
verdadeira superioridade
consiste nas qualidades
adquiridas e se traduz
principalmente por um
sentimento profundo dos
nossos deveres para com
os humildes e os
deserdados deste mundo.
391. Do princípio,
entretanto, à aplicação
vai sensível distância.
Se os progressos da
ideia espírita são menos
acentuados na França que
em certos países
estrangeiros, é
sobretudo à indiferença,
à apatia dos espíritos
descuidosos que esse
estado de coisas se deve
atribuir. Unicamente um
reduzido número parece
preocupar-se com as
responsabilidades
contraídas. Força é
reconhecer: são os
grupos operários que
mais facilmente se
organizam e mais
subsistem. Seus membros
sabem encarnar em si as
próprias crenças;
compreendem-se,
auxiliam-se mutuamente
por meio de caixas de
socorros, com sacrifício
alimentadas soldo a
soldo e destinadas a
socorrer os que entre
eles são visitados pela
provação.
392. Alguns desses
grupos funcionam há dez
ou vinte anos. Todos os
domingos, à hora fixa,
se reúnem os seus
membros para ouvir as
instruções dos
Espíritos. Sua
assiduidade é notável e
neles a prática do
Espiritismo produz
sensíveis resultados. Aí
encontram eles um
derivativo à sua vida de
miséria e de trabalho,
doces consolações e
ensinamentos. A
descrição, feita pelos
desencarnados, das
sensações que
experimentam, da
situação em que se
encontram depois da
morte, as consequências
dos maus hábitos
contraídos durante a
vida terrestre, tudo o
que esses colóquios põem
em evidência os
impressiona, comove e
influi poderosamente em
seu caráter e em seus
atos. Formam pouco a
pouco opinião sobre as
coisas do Além; uma
exata noção do objetivo
da vida se lhes oferece
e lhes torna a
resignação mais fácil,
mais agradável o dever.
393. Já não são as
eruditas exortações de
um pregador, as
especulações de um
professor de Filosofia
ou os ensinos rígidos de
um livro: é o exemplo
vivo, dramático, às
vezes terrível, que lhes
dão os que eles
conheceram, com os quais
conviveram e que colhem
no Além os frutos de uma
vida inteira; são as
vozes de além-túmulo que
se fazem ouvir, em sua
rude e simples
eloquência, o apelo
vibrante, espontâneo do
sofrimento moral, a
expressão de angústia do
Espírito culpado que vê
sempre se dissiparem as
quimeras terrestres, se
patentearem os seus
erros e atos
vergonhosos, e que sente
o remorso, como chumbo
derretido, penetrar-lhe
os recessos da
consciência, sutilizada
pelo desprendimento de
toda a matéria corporal.
394. No dia em que essas
práticas se tiverem
generalizado e em todas
as regiões do Globo a
comunicação dos vivos
com os mortos der ao
homem o antecipado
conhecimento do destino
e de suas leis, novo
princípio de educação e
regeneração terá
surgido, e com ele um
incomparável instrumento
de reação contra os
mórbidos efeitos
produzidos sobre as
massas pelo materialismo
e a superstição.
395. Constituído o grupo
e composto de quatro a
oito pessoas dos dois
sexos, por quais
experiências se deverá
começar? Se nenhuma
mediunidade se tiver
ainda revelado, será bom
começar pela mesa. É o
meio mais simples, mais
rudimentar; por isso
mesmo está ao alcance do
maior número. Colocados
alternadamente homens e
senhoras em torno de uma
mesa leve, com as mãos
espalmadas sobre a
madeira pura, os
assistentes dirigirão um
apelo aos seus amigos do
Espaço, depois ficarão à
espera, em silêncio, com
o desejo de obter alguma
coisa, mas sem pressão
dos dedos, sem tensão de
espírito.
396. É inútil prolongar
as tentativas por mais
de meia hora. Quase
sempre, desde a primeira
sessão, sentem-se
impressões fluídicas;
das mãos dos
experimentadores se
desprendem correntes,
que revelam, por sua
intensidade, o grau de
aptidão de cada um
deles; fazem-se ouvir
crepitações no móvel,
que acaba por oscilar,
agitar-se, e em seguida
se destaca do solo e
fica suspenso, apoiado
sobre um dos pés.
397. Convém desde logo
combinar um certo número
de sinais. Pede-se à
força-inteligência que
se manifeste batendo, ou
com os pés ou no
interior da mesa, um
número de pancadas
correspondente ao das
letras do alfabeto. Por
esse modo podem ser
compostas palavras; um
diálogo se estabelecerá
entre o chefe do grupo e
a Inteligência
invisível. Pode-se
abreviar e simplificar o
processo por meio de
sinais convencionais;
por exemplo: uma pancada
para a afirmativa, duas
para a negativa. Esse
modo de comunicação,
lento e fastidioso a
princípio, virá com a
prática a tornar-se
bastante rápido.
398. Quando se conhecer
quais são os médiuns,
bastará colocá-los no
centro do grupo, em
torno de um velador, a
fim de acelerar os
movimentos e facilitar
as comunicações, fazendo
círculo os outros
membros ao redor deles.
Tendo-se o prévio
cuidado de colocar à mão
algumas folhas de papel
e lápis, as perguntas e
respostas serão
fielmente transcritas.
Desde que se tiver a
Inteligência revelado
mediante respostas
precisas, sensatas,
características,
poder-se-á consultá-la
sobre a constituição do
grupo, as aptidões
mediúnicas dos
assistentes, o rumo a
imprimir aos trabalhos.
Deve-se, todavia, estar
de prevenção contra os
Espíritos levianos e
fúteis que afluem em
torno de nós e não
trepidam em tomar nomes
célebres para nos
mistificar.
399. Pode-se
experimentar
simultaneamente por meio
da mesa e da escrita. Os
fenômenos desta ordem
conduzem geralmente a
outras manifestações
mais elevadas, ao transe
ou sono magnético, por
exemplo, e à
incorporação. Será
conveniente, ao começo,
consagrar sucessivamente
a esse exercício metade
de cada sessão.
400. Quase sempre cada
um dos assistentes tem
ao pé de si Espíritos
desejosos de se
comunicarem e
transmitirem afetuoso
ditado aos que deixaram
na Terra. Em todas as
sessões do nosso grupo
os médiuns videntes
descreviam esses
Espíritos, e à vista de
certas particularidades
de costumes, de certos
sinais característicos,
a pessoa assistida
reconhecia um parente,
um amigo falecido,
personalidades que,
muitas vezes, os médiuns
não haviam conhecido.
401. O modo de proceder,
quanto à escrita
automática, é muito
simples. O
experimentador, munido
de um lápis cuja ponta
se apoia ligeiramente no
papel, evoca mentalmente
algum dos seus e espera.
Ao fim de certo lapso de
tempo, extremamente
variável, conforme os
casos e as pessoas,
sente na mão, ou no
braço, uma agitação
febril, que se vai
acentuando; depois, um
impulso estranho o faz
rabiscar sinais
informes, linhas,
garatujas. É preciso
obedecer a esse impulso
e submeter-se com
paciência a exercícios
de estranho feitio,
necessários, porém, para
tornar flexível o
organismo e regularizar
a emissão fluídica.
402. Pouco a pouco, ao
cabo de algumas sessões,
aparecerão letras no
meio dos sinais
incoerentes, depois
virão palavras e frases.
O médium obterá ditados,
ao começo breves,
resumidos em algumas
linhas, mas que se
tornarão cada vez mais
longos, à medida que a
sua faculdade se
desenvolver. Virão por
último instruções mais
positivas e extensas.
403. Durante o período
dos exercícios o médium
poderá trabalhar fora
das reuniões, a hora
fixa em cada dia, a fim
de ativar o
desenvolvimento de sua
faculdade; logo que,
porém, for terminado
esse período, desde que
as manifestações
revestirem caráter
intelectual, deverá
evitar o insulamento,
não trabalhar mais senão
em sessão e submeter as
produções recebidas ao
exame do presidente e
dos guias do grupo.
404. Há vários processos
para facilitar a
comunicação alfabética.
Traçam-se as letras em
um quadrante, sobre cuja
superfície gira um
triângulo móvel. Basta o
contacto dos dedos de um
médium para transmitir a
esse leve aparelho a
força fluídica
necessária. Sob essa
influência o triângulo
se desloca rapidamente e
vai designar as letras
escolhidas pelo
Espírito. Em certos
grupos, as letras são
indicadas por meio de
pancadas no interior da
mesa. Outros se servem,
com resultado, da
cestinha de escrever ou
prancha americana. Os
sistemas são numerosos e
variados. Pode-se
ensaiá-los até que se
tenha encontrado aquele
que melhor se adapta aos
elementos fluídicos e ao
gosto dos
experimentadores.
405. Nunca seria
demasiado insistirmos
sobre os perigos que
resultam da intrusão dos
maus Espíritos nas
sessões de um grupo em
formação ou nos ensaios
de um médium insulado.
Muitas vezes são os
nossos pensamentos que
os atraem. Abstende-vos,
pois, em vossas reuniões
– diremos aos
investigadores sinceros
– de toda preocupação de
negócios ou prazeres.
Não deixeis flutuar o
pensamento em torno de
vários assuntos, mas
fixai-o num elevado
objetivo; ponde-vos em
harmonia de vistas e de
sentimentos com as almas
superiores.
406. Conservando-vos
nesse estado de
espírito, sentireis
pouco a pouco baixarem
sobre vós correntes de
energia, das quais
ficareis impregnados e
que aumentarão a
sensibilidade de vosso
organismo fluídico.
Efêmera e intermitente
ao começo, essa
sensibilidade se
acentuará e tornará
permanente. Vosso
perispírito,
dilatando-se,
purificando-se, ganhará
mais afinidade com os
Espíritos-guias e
faculdades ignoradas se
vos revelarão:
mediunidade vidente,
falante, auditiva,
curadora etc.
407. Mediante o
aperfeiçoamento e a
elevação moral é que
adquirireis essa
profunda sensibilidade,
essa sensitividade
psíquica que permite
obter as mais altas
manifestações, as provas
mais convincentes, de
mais positiva
identidade.
408. Orai ao começo e ao
fim de cada sessão; ao
começo, para elevardes
vossas almas e atrairdes
os Espíritos
esclarecidos e
benevolentes; ao
terminar, para agradecer
os benefícios e ensinos
que houverdes recebido.
Seja a vossa prece curta
e fervorosa, e muito
menos uma fórmula que um
transporte do coração.
409. A prece desprende a
alma humana da matéria,
que a escraviza, e a
aproxima do Divino Foco.
Estabelece uma sorte de
telegrafia espiritual,
por cujo intermédio o
pensamento do Alto,
respondendo à
solicitação de baixo,
desce às nossas obscuras
regiões. As nossas
explorações nos abismos
do invisível seriam
inçadas de perigos, se
não tivéssemos acima de
nós seres mais poderosos
e perfeitos para nos
dirigir e esclarecer-nos
o caminho.
410. Não é indispensável
fazer evocações
determinadas. Em nosso
grupo raramente as
praticávamos.
Preferíamos dirigir um
apelo aos nossos guias e
protetores habituais,
deixando a qualquer
Espírito a liberdade de
se manifestar, sob sua
vigilância. O mesmo
acontece em muitos
grupos de nosso
conhecimento. Assim cai,
de si mesmo, por terra o
grande argumento de
certos adversários do
Espiritismo, no sentido
de ser reprovável
entregar-se a evocações
e constranger os
Espíritos a voltarem à
Terra. O Espírito, como
o homem, é livre e não
responde, senão quando
lhe apraz, aos chamados
que lhe são dirigidos.
Toda injunção é vã; toda
encantação é supérflua.
São processos arranjados
para iludir as gentes
simples.
411. É excelente começar
as sessões por uma
leitura séria e
atraente, feita de uma
das obras ou revistas
espíritas escolhidas.
Essa leitura deve ser
objeto de comentários e
permuta de apreciações
entre os assistentes,
sob a direção do
presidente. Acontece com
frequência que as
comunicações dadas pelos
Espíritos, em seguida a
tais leituras, se
referem aos assuntos
discutidos e os
desenvolvem,
completando-os. É esse
um modo de ensino mútuo,
que nunca seria demais
recomendar.
412. Podem-se também
formular perguntas aos
Espíritos sobre todos os
inúmeros problemas
pertencentes ao domínio
da Filosofia e da vida
social, sobre as
condições de existência
no mundo espiritual, as
impressões depois da
morte, a evolução da
alma etc. Todas essas
perguntas devem ser
apresentadas pelo
presidente, simples e
claras, sempre de ordem
moral e desinteressadas.
413. Interrogando os
invisíveis sobre
interesses pessoais,
tesouros ocultos, etc.,
pedindo-lhes a revelação
dos sucessos futuros,
formando pactos
cabalísticos, fazendo
uso de emblemas,
talismãs, fórmulas
extravagantes, não
somente se oferecerá
margem à crítica e à
zombaria, mas serão
atraídos os Espíritos
trocistas e ficar-se-á
exposto às ciladas em
que são vezeiros.
Cogitando, ao contrário,
dos assuntos elevados do
Espiritismo, nos
asseguramos a
colaboração de Espíritos
sérios, que consideram
um dever de sua parte
cooperar em nosso
adiantamento e educação.
Empreendendo essa ordem
de estudos, não
tardaremos a reconhecer
a rica extensão e
variedade dos ensinos
espíritas e quão fácil
se torna resolver, com o
seu auxílio, mil
problemas até hoje
inextricáveis e
obscuros.
414. Se o concurso dos
Espíritos superiores é
desejável e deve ser
procurado com empenho, o
dos Espíritos vulgares e
atrasados tem algumas
vezes sua utilidade.
Convém reservar-lhes um
lugar nos trabalhos dos
grupos solidamente
constituídos e que
contam com suficiente
proteção. Em virtude de
sua própria
inferioridade, eles
proporcionam um motivo
de estudo bem
característico; sua
identidade se patenteia
às vezes com indícios
pessoais que impõem a
convicção. A situação
que ocupam no Espaço e
as consequências que
resultam de seu passado
são elementos preciosos
para o conhecimento das
leis universais.
415. Certos grupos
adotam como tarefa
especial evocar os
Espíritos inferiores e,
mediante conselhos e
exortações, instruí-los,
moralizá-los, ajudá-los
a desembaraçar-se dos
laços que ainda os
prendem à matéria. É das
mais meritórias essa
missão: exige a perfeita
união das vontades, uma
profunda experiência das
coisas do invisível, que
só se encontra nos meios
de longa data dedicados
ao Espiritismo.
416. Nos casos em que
faltem os médiuns, ou
sejam improdutivos, não
deve ficar por isso o
grupo reduzido à inação.
A exemplo das sociedades
ou agremiações
científicas, deve ele
procurar um alimento em
todas as questões
relacionadas com o
objeto de suas
predileções, as quais
serão postas na ordem do
dia e, do mesmo modo que
as leituras de que
falávamos acima,
comentadas e discutidas,
com grande
aproveitamento para os
ouvintes.
417. De tempos a tempos
podem algumas sessões
ser consagradas a
conferências ou
palestras, terminadas as
quais cada um
apresentará seus
argumentos e objeções.
Por essa forma os
trabalhos de um grupo se
tornarão não só um
excelente meio de
instrução, mas também um
exercício oratório que
virá preparar os seus
membros para a
propaganda pública.
418. Aparelhando-se para
as discussões e as
justas da palavra,
poderão estes tornar-se
úteis defensores e
propagandistas da ideia
espírita. É sempre em
debates dessa natureza
que se formam os
oradores; por esse meio
é que eles adquirem a
eloquência, esse dom de
emocionar as almas,
empolgá-las para um
elevado objetivo. Os
adeptos do
Espiritualismo não devem
desprezar nenhum meio de
se preparar para as
vindouras lutas, de se
apropriar desse duplo
poder da palavra e da
sabedoria, que permite a
uma doutrina afirmar-se
vitoriosamente em nosso
mundo.(Continua no próximo
número.)