Em agosto de 1943, quando
estava psicografando
Nosso Lar, conta Chico
que, em companhia dos
espíritos de Emmanuel e
André Luiz, viajou até as
regiões suburbanas do local
descrito no livro: “Esse
acontecimento se deu, não
por merecimento de minha
parte, mas para que, em
minha ignorância, eu não
entravasse o trabalho de
André Luiz por meu
intermédio, de vez que eu
estava sentindo muita
perplexidade no início da
psicografia do primeiro
livro dele”.
Entusiasmado com sua
mediunidade, Chico Xavier
decidiu estudar o fenômeno
da psicografia em si mesmo.
O médium achava que poderia
prestar uma cooperação
valiosa aos estudiosos.
Durante algum tempo, ficou
matutando sobre o assunto.
Um dia, decidido a pôr logo
mãos à obra, resolveu
consultar seu guia:
“Perguntei a Emmanuel o que
ele pensava. E ele me
respondeu: ‘Se a laranjeira
quisesse estudar
pormenorizadamente o que se
passa com ela, na produção
de laranjas, com certeza não
produziria fruto algum. Não
queremos dizer, com isso,
que o estudo para assuntos
de classificação em
mediunidade deva ser
desprezado. Desejamos tão só
afirmar que, assim como as
laranjeiras contam com
pomicultores e botânicos que
as definem, assim também os
médiuns contam com
autoridades humanas que os
analisam pelo tipo de
serviço que oferecem. Para
nós, o que interessa agora é
trabalhar”.
O médium aceitou o conselho.
Pouco depois, veria a sua
psicografia discutida,
estudada, esmiuçada num
tribunal, fato inédito na
justiça do mundo ocidental.
(Texto extraído do livro:
“Chico Xavier, Uma vida de
amor”, de Ubiratan Machado –
editora IDE.)
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