6º Encontr’AME em
Fortaleza, um sucesso
As cidades de Fortaleza
(CE) e Ribeirão Preto
(SP) sediaram
em
novembro dois
importantes eventos com
a
participação de
médicos espíritas
Aconteceu em Fortaleza
(CE), nos dias 23 e 24
de novembro, o 6º
Encontr’AME, jornada
médico-espírita
organizada pela
Associação
Médico-Espírita do
Ceará. Na ocasião, perto
de 150 pessoas estiveram
presentes nos dois dias
do evento, que foi
aberto no Instituto de
Cultura Espírita do
Ceará (ICE-CE) com a
palestra Sociopatias:
Álcool e Drogas,
ministrada pelo Dr.
Flávio Braun, psiquiatra
e presidente da
AME-Santos. Abordando a
problemática do uso,
abuso e dependência de
substâncias químicas,
dr. Braun apresentou as
diferentes fases por que
passam o paciente e
também os familiares e
codependentes, e as
possibilidades de
tratamento com o apoio
de comunidades
religiosas, para
enfatizar também a saúde
espiritual da família
que se encontra com essa
dificuldade.
Na
manhã do dia 24, o
evento passou para a
Escola de Saúde Pública
do Ceará, e teve a
harmonização musical do
JAPE – Jovens Aprendizes
da Palavra do
Espiritismo, seguida
pela composição da mesa
e a prece inicial
proferida pela Dra.
Katia Marabuco, da
AME-Piauí (PI).
O
painel matinal teve como
tema a Bioética do
início da vida, e a
primeira palestra ficou
por conta da Dra. Eliane
Oliveira, pediatra
neonatal e professora da
Universidade Federal do
Ceará, que falou sobre
A dignidade da vida.
Aborto, não! Logo no
início, colocou a
posição da embriologia
como sendo a fecundação
o início da vida humana,
desde 1827. Mostrou
fotos de formação
embrionária logo no
início da gravidez e as
complicações humanas e
espirituais do
abortamento. Relatou
também os problemas
biológicos e
psicológicos que podem
ser decorrentes da
prática abortiva.
Dr. Valterdes Soares,
vice-presidente da
AME-Ceará, continuou com
o tema Uso de
Células-Tronco: Ética e
Perspectivas,
relatando que o uso de
células-tronco
embrionárias viola o
direito à vida, já que é
necessária a destruição
de embriões com poucas
semanas de vida. Citou
as questões 344 e 356 d´O
Livro dos Espíritos,
que tratam da união de
Espíritos com embriões.
Colocou também as
posições errôneas de
algumas empresas e
governos que facilitam e
incentivam a prática da
terminalidade da vida
fetal. E, por fim,
Enfatizou a utilização
segura e conhecida do
uso de células-tronco
adultas (CTAs).
A realidade da vida do
concepto
– Dr. Francisco
Cajazeiras abordou A
Vida do Anencéfalo,
primeiramente
conceituando que
anencefalia é um termo
etimologicamente
incorreto. O chamado
anencéfalo tem uma parte
do cérebro, chamado
tronco encefálico.
Também apresentou casos
de crianças brasileiras
e estrangeiras que foram
diagnosticadas como
anencéfalas, mas sobreviveram,
contrariando posições
médicas. Também relatou
casos de erros de
diagnósticos, onde fetos
foram ditos anencéfalos,
mas nasceram normais.
Na sequência, Dr. Francisco Cajazeiras explanou sobre Medicina
Fetal. Para situar o
público, o palestrante
colocou a importância de
entender a realidade da
vida do concepto, aquele
que ainda está por
nascer, colocando a
identidade biológica
como fator importante
para se formar uma
especialidade médica: a
medicina fetal. Falou
sobre a importância de
se estudar a saúde de
mãe e bebê ainda no
ventre materno.
Enfatizou a postura
profissional de
obstetras e cirurgiões
que apresentam mais
respeito e consideração
ao feto. Apresentou o
avanço da medicina ao
longo dos anos para o
estudo da vitalidade
fetal, aprimorando as
condições de saúde,
garantindo mais
segurança para a
gestação e permitindo
saúde para mãe e bebê,
através de diagnósticos
de doenças fetais e das
terapêuticas fetais.
Citou
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Apresentação do Coral Unimed |
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A palavra e seu poder de cura, com Dr. Eurico Medeiros da AME Bebedouro |
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A terapia de vidas passadas no tratamento da bulimia e da anorexia, com o Dr. Flávio Braun |
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Dra. Eliane Oliveira abriu as palestras com a posição médico-espírita sobre o aborto |
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Dr. Flávio Braun expõe sobre a vida
psíquica do feto |
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Dr. Francisco Cajazeiras,
presidente da AME-Ceará |
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Dr. Ney Carter, a emoção e as
doenças cardiovasculares |
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Dr. Valterdes Soares apresentou os dilemas
éticos do fim da vida |
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Dra. Kária Marabuco, da AME-PI, apresentou
o direito de viver e morrer |
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também a importância que se deve dar à ética em medicina fetal. |
Após pausa para o
almoço, o grupo AME fez
uma apresentação musical
para recepcionar o
público. O painel
vespertino teve como
tema Direito de Viver
e Morrer e foi
aberto pela Dra. Katia
Marabuco,
médica-cirurgiã e
presidente da AME-Piauí,
que falou sobre
Aspectos Médicos e
Espirituais do Coma e
Estados Vegetativos.
Dra. Katia iniciou
conceituando os
diferentes corpos que
constituem o ser humano
e citou o corpo
biomagnético ou ovo
áurico, dizendo que nos
estados comatosos
abrem-se certos centros
psíquicos no avançado
abatimento do corpo,
conforme relata André
Luiz no livro
Obreiros da Vida Eterna.
Na experiência dos
agonizantes, conduzida
por Karlis Osis, foi
observado no leito de
morte, presenciado por
médicos e enfermeiras,
que 10% dos pacientes
conservam a consciência
até o final da sua vida.
Não podemos desistir da vida
– A consciência é
avaliada através da
escala de Glasgow,
criada por neurologistas
escoceses. O estado
vegetativo persistente é
um quadro que pode
acontecer posteriormente
ao coma, quando há uma
recuperação, porém sem
interação com o
ambiente. Falou também
sobre a diferença entre
letargia e catalepsia,
com exemplos ocorridos
durante a vida do médium
Mirabelli.
Em seguida, dr.
Francisco Cajazeiras
abordou Testamento
Vital: Discussão
Médico-Espírita da
Resolução CFM 1995/12.
Iniciou falando sobre as
resoluções tomadas pelo
Conselho Federal de
Medicina que chamaram a
atenção do público. O
que se denomina
testamento vital são as
determinações que o
paciente toma
relativamente às
atitudes que podem ou
não ser seguidas pela
equipe de saúde,
enfocando a participação
do paciente nas condutas
que são propostas.
No avanço da
biotecnologia e poder
médico, comentou sobre a
medicina paternalista,
bioética e autonomia do
paciente, limites
terapêuticos de
procedimentos e os
choques de interesses de
familiar, equipe médica
e o próprio paciente.
Principalmente na
terminalidade, os
choques podem ser
maiores, já que em
alguns casos não se pode
ter um parâmetro exato
sobre as vontades reais.
Nas decisões sobre
cuidados e tratamentos
de pacientes que se
encontram incapazes de
comunicar-se, ou de
expressar de maneira
livre e independente sua
vontade, o médico levará
em consideração suas
diretivas antecipadas de
vontade. É preciso
discutir eticamente e
amadurecer a capacidade
de se dizer o que fazer
com a vida. Do ponto de
vida espírita, não
podemos desistir da
vida, pois assim seria
suicídio e sabemos das
implicações que ele traz
para nossa evolução
espiritual.
Eutanásia x ortotanásia
x morte natural, com dr. Valterdes Soares, apresentou casos de pacientes que
sofreram acidentes, nos
quais foi pedido à
Justiça pela família
permissão para
desligamento dos
aparelhos, o que foi
autorizado. Outro jovem
que estava no mesmo
acidente teve sorte
diferenciada, pois a
família resolveu cuidar
do enfermo, que recobrou
os sentidos e a
consciência, passando a
interagir
com seus parentes.
O equívoco que é a eutanásia
– O palestrante
diferenciou os conceitos
de eutanásia ativa e
passiva, ortotanásia e
distanásia. Também
finalizou lembrando a
questão 953 d´O Livro
dos Espíritos, que
nos diz: “Quando
uma pessoa vê diante de
si um fim inevitável e
horrível, será culpada
se abreviar de alguns
instantes os seus
sofrimentos, apressando
voluntariamente sua
morte?” Resposta: "É
sempre culpado aquele
que não aguarda o termo
que Deus lhe marcou para
a existência. E quem
poderá estar certo de
que, malgrado as
aparências, esse termo
tenha chegado; de que um
socorro inesperado não
venha no último
momento?”
a) Concebe-se que, nas
circunstâncias
ordinárias, o suicídio
seja condenável; mas,
estamos figurando o caso
em que a morte é
inevitável e em que a
vida só é encurtada de
alguns instantes. “É
sempre uma falta de
resignação e de
submissão à vontade do
Criador.”
b) Quais, nesse caso, as
consequências de tal
ato? "Uma
expiação proporcionada,
como sempre, à gravidade
da falta, de acordo com
as circunstâncias."
Dr. Valterdes falou
também sobre a
mistanásia, que é
eutanásia social, ou
ainda, a morte miserável
fora e antes do seu
tempo.
Logo após, Cuidados
Paliativos e o Paciente
Terminal, com dra.
Katia Marabuco, mostrou
a importância da
inclusão, do respeito e
preparação para o
entendimento do que está
ocorrendo e aliviar
a sensação de
abandono. E também falou
sobre sentimentos que
podem vir juntos ao
desprendimento por parte
do ser desencarnante.
Finalizando, o dr.
Flávio Braun voltou para
apresentar a Vida
Psíquica do Concepto.
Inicialmente, mostrou a
imagem de
ultrassonografia em 3D e
4D, captando a imagem e
diferentes expressões no
rosto do feto, seguido
de um vídeo que mostra a
evolução fetal semana a
semana, enfatizando a
presença de vida desde a
concepção. Citou vários
estudos acadêmicos que
apresentam a psicologia
fetal, muitas vezes com
comprovação após o
nascimento do bebê.
Como foi o VII Seminário
Médico-Espírita
de
Ribeirão Preto
O
evento ocorreu no dia 30
de novembro na Faculdade
Uniseb, em Ribeirão
Preto (SP), organizado
pela Associação
Médico-Espírita local.
Com cerca de 400
participantes, o tema
enfocou a saúde
espiritual e teve a
abertura conduzida pelo
otorrinolaringologista e
presidente da
AME-Ribeirão Preto, Dr.
Tácito Sgorlon. Na
sequência, o Coral
Unimed fez a
apresentação musical de
abertura.
A caminho da saúde
espiritual, com dr.
Tácito Sgorlon, foi o
tema da palestra
inicial, que enfocou a
trajetória humana desde
o início da formação
planetária, passando
pelo aparecimento dos
animais e da raça humana
e dando um enfoque
especial para a chegada
de Jesus, com todo o seu
amor, às paragens
terrestre. Mostrou,
através dos exemplos
descritos no Evangelho,
que o amor de Jesus pode
curar e qual o
verdadeiro caminho da
cura espiritual. Apontou
a presença da maldade
humana como um grande
retrocesso e causa da
intolerância e
desrespeito que ainda
persistem nos dias
atuais. Terminando sua
apresentação, mostrou a
importância dos estudos
espíritas para a
evolução do homem,
através do esforço
próprio, favorecendo
novas e benéficas
energias, o que
repercute na saúde
integral do homem e do
planeta.
A segunda palestra do
dia Terra: planeta de
provas, expiações e em
extinção, com Dr.
Alexandre Anéfalos,
médico
gastroenterologista,
cirurgião e presidente
da AME-Piracicaba (SP).
O palestrante expôs a
realidade dos diferentes
tipos de mundos que
estão inseridos os
humanos. Em seguida,
perguntou: “Será que o
planeta Terra tem
saúde?” e fez uma
referência ao Livro dos
Espíritos, focando as
perguntas 85 e 86, que
dizem:
Qual dos dois, o mundo
espírita ou o mundo
corpóreo, é o principal,
na ordem das coisas? “O
mundo espírita, que
preexiste e sobrevive a
tudo”.
Relembrou as palavras de
Jesus, que disse que há
muitas moradas na casa
do Pai, e mencionou a
migração de almas para
outras localidades da
galáxia e o fenômeno da
reencarnação.
A visão espírita da
saúde
– Novo Paradigma da
Doença Cardiovascular,
com Dr. Ney Carter,
cardiologista e
vice-presidente da
AME-Campinas, iniciou
sua palestra falando
sobre os perigos do
sedentarismo, da má
alimentação e das
doenças metabólicas para
a nossa saúde. E citou
também a importância
espiritual para o
equilíbrio da saúde, o
que está expresso nas
seguintes palavras do
Ministro Clarêncio, no
livro Entre a Terra e
o Céu: “Orgulho,
vaidade, tirania,
egoísmo, preguiça e
crueldade são vícios da
mente, gerando
perturbações e doenças
em seus instrumentos de
expressão... Quando de
consciência inclinada
para o bem ou para o mal
perpetramos esse ou
aquele delito no mundo,
realmente podemos ferir
ou prejudicar a alguém,
mas, antes de tudo,
ferimos e prejudicamos a
nós mesmos. Se
eliminamos a existência
do próximo, nossa vítima
receberá dos outros
tanta simpatia que, em
breve, se restabelecerá,
nas leis de equilíbrio
que nos governam, vindo,
muita vez, em nosso
auxílio, muito antes que
possamos recompor os
fios dilacerados de
nossa consciência.
Quando ofendemos a essa
ou àquela criatura,
lesamos primeiramente a
nossa própria alma, de
vez que rebaixamos a
nossa dignidade de
espíritos eternos,
retardando em nós
sagradas oportunidades
de crescimento”. O
palestrante disse ainda
que na visão espírita a
saúde é entendida sob o
prisma da imortalidade
da alma, mas a mudança
de paradigma ainda é
lenta, embora venha
ocorrendo e colocando a
espiritualidade nos
cuidados com o paciente.
Citou também trabalhos
acadêmicos que apontam
que pessoas que cultivam
sua religiosidade têm
menos sintomas
depressivos e que
sintomas do estresse
podem ser diminuídos se
a pessoa tem algum
engajamento religioso.
O
período da tarde
iniciou-se com uma
palestra musicada da
cantora Ana Ariel, de
Campinas (SP), que levou
ao público uma mensagem
de fé e otimismo através
de suas canções. A
palavra como instrumento
de cura, com Dr.
Eurico Medeiros,
ginecologista e
presidente da
AME-Bebedouro (SP),
mostrou que entre o que
sentimos e aquilo que
almejamos há um caminho
a ser seguido, que pode
ser mais ou menos longo,
dependendo apenas de
nossa própria vontade.
Como pacientes, devemos
tentar descobrir o
porquê de algumas
enfermidades nos visitar
e tirar proveito para
melhorarmos a maneira de
ser.
A vigorexia atinge
homens e mulheres
– Ele observou que
algumas pessoas têm
necessidade de passar
por um momento mais
difícil para angariar
carinho de outros
familiares e amigos.
Pontuou que é muito bom
sabermos com quem
estamos conversando,
para que supostos erros
ou desentendimentos não
afetem as pessoas e seus
estados de saúde. Também
apresentou a frase de
Goethe: “Falar é uma
arte e escutar, uma
necessidade”. A energia
que emitimos em nossas
palavras podem ser como
sementes que ficam em
outras pessoas, pelo
resto da vida. Então o
que falamos faz parte da
bagagem que outras
pessoas levam para o
resto de suas vidas.
A dor como remédio: a
visão espírita,
com Dr. Rodolfo Moraes
Silva, médico
intensivista e
paliativista e
presidente da AME-Franca
(SP), ressaltou que a
dor está sempre presente
em nossa vida, desde o
momento do nascimento,
passando por dores
comuns da infância e,
com o passar do tempo, a
dor causada por
enfermidades diversas. É
justamente a dor que faz
com que se procure um
recurso de saúde para
aliviar dores e
sentimentos. Hoje, a
medicina tem métodos
eficazes para conter a
dor por meio de
analgésicos e
anestésicos, entre
outros medicamentos.
Lembrou, no entanto, que
a dor pode ter outras
dimensões além da
física, como a psíquica,
a espiritual e mesmo a
social. Lembrou por fim
os vários estudos
acadêmicos cujos
resultados informam que
indivíduos mais
espiritualizados têm
menor incidência de
dor.
Terapia de Vida Passada
no Tratamento da Bulimia
e Anorexia foi o tema apresentado pelo Dr. Flávio Braun, psiquiatra e
presidente da AME-Santos
(SP), que iniciou a
palestra conceituando os
transtornos alimentares
mais conhecidos hoje,
que afetam
principalmente as
mulheres. Apresentou as
principais causas
psicológicas e físicas
desses transtornos e
também a origem
espiritual do problema.
Falou também sobre a
vigorexia, que atinge
homens e mulheres
obcecados pela forma
física. Terminou falando
sobre as principais
formas de tratamento,
não apenas na esfera
material, mas também a
importância do cultivo
de bons hábitos
espirituais.
O
seminário foi todo
gravado e em breve
estará disponível para
aquisição por intermédio
da internet. Eis o
endereço:
ameribeiraopreto@hotmail.com
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