Os Evangelhos na mira
dos críticos
H. S. Reimarus
(1694-1768) negou a
possibilidade de
intervenção espiritual.
Segundo ele, os
Evangelhos são o fruto
de uma fraude.
Göttlob Paulus
interpretou as curas e
manifestações psíquicas
como acontecimentos
explicáveis por causas
naturais. Strauss
(1808-1874), em Vida
de Jesus, disse
que o Novo Testamento
seria uma gigantesca
impostura, uma
falsificação da história
e de fatos sem
precedentes, que a
ingenuidade cristã teria
aceitado sem discussão.
Bruno Bauer (1809-1882)
declara que todo o
Evangelho e a pessoa de
Jesus foram fruto da
poesia religiosa.
Fantasias mirabolantes,
pois Jesus existiu e os
Evangelhos constituem
a prova de toda a sua
trajetória no planeta
Terra, ensinando aos
homens e semeando a luz.
Desde que o Espiritismo
provou, de forma
irrefutável e
inequívoca, a
imortalidade da alma,
não se pode mais ajuizar
os fatos ditos
sobrenaturais a
partir de teorias
infantis, idiotas,
materialistas.
Na verdade, a grandeza
da doutrina trazida por
Jesus não consiste no
fato de o Evangelho ser
de Mateus, Marcos, Lucas
ou João, mas na beleza
imortal que se irradia
de suas lições,
atravessando as idades,
irradiando os corações.
Na Introdução de O
Evangelho segundo o
Espiritismo,
vemos Allan Kardec dando
a devida credibilidade
às matérias contidas nos
Evangelhos. Observa o
Codificador que se pode
dividi-las em cinco
partes: Os atos
ordinários da vida do
Cristo, os milagres, as
predições, as palavras
que serviram para o
estabelecimento dos
dogmas da Igreja e o
ensinamento moral.
Observa Kardec:
Se as quatro primeiras
partes têm sido objeto
de discussões, a última
permanece inatacável.
Diante desse código
divino, a própria
incredulidade se curva.
É o terreno onde todos
os cultos podem
encontrar-se, a bandeira
sob a qual todos podem
abrigar-se, por mais
diferentes que sejam as
suas crenças. Porque ela
nunca foi objeto de
disputas religiosas,
sempre e por toda parte
provocadas pelos dogmas.
Se o discutissem, as
seitas teriam, aliás,
encontrado a sua própria
condenação, porque a
maioria delas se apegara
mais à parte mística do
que à parte moral, que
exige a reforma de cada um.
A existência de Jesus é
tão mais firmada na
História do que qualquer
outra. Os fatos
comprovados e
investigados atualmente
nas pesquisas
universitárias, não
apenas nas pesquisas dos
religiosos, mostram que
realmente Jesus existiu,
foi um homem, agiu
intensamente na
Palestina, criou uma
nova concepção do mundo,
que foi registrada pelos
seus discípulos,
aparecendo mais tarde
nas formulações dos
Evangelhos.