ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil) |
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No Invisível
Léon Denis
(Parte 17)
Continuamos
o estudo
metódico e sequencial do
clássico "No Invisível",
de Léon Denis, cujo
título no original
francês é
Dans l'Invisible.
Questões preliminares
A. Que condições são
necessárias para
praticar a telepatia?
São duas as condições
necessárias para isso:
de um lado, no operador,
a concentração e a
exteriorização do
pensamento. Para agir
mentalmente, a
distância, é preciso
recolher-se e dirigir
com persistência o
pensamento ao alvo
predeterminado.
Provoca-se, assim, um
desprendimento parcial
do ser psíquico e
origina-se uma corrente
de vibrações que nos põe
em relação com o nosso
correspondente. Neste se
requer, por sua parte,
um grau suficiente de
sensibilidade. Mas essas
condições não se
encontram tão
frequentemente como se
poderia supor.
(No Invisível - O
Espiritismo
experimental:
Os fatos - XII -
Exteriorização do ser
humano. Telepatia.
Desdobramento. Os
fantasmas dos vivos.)
B. Não existindo
condições para o
exercício da telepatia,
é possível criá-las?
Sim. É possível criá-las
por uma ação demorada da
vontade e, em seguida,
melhorá-las mediante o
exercício cotidiano das
faculdades adquiridas. O
Dr. Balme observa que,
tendo experimentado com
uma senhora de sua
amizade, nenhum
resultado obteve ao
começo. Todos os dias, à
mesma hora e durante
muito tempo,
prosseguiram ambos a
tentativa. Os
pensamentos trocados
foram a princípio
contraditórios. Um dia,
entretanto, foi
percebida uma palavra
com perfeita exatidão;
depois foram
seguidamente
transmitidas frases de
quatro a cinco palavras.
Finalmente, ao cabo de
dois anos, conseguiam
comunicar-se, a
distância, a qualquer
hora do dia
indiferentemente,
começando apenas por
bater palmas. Nessas
experiências, como se
vê, a perseverança é o
elemento essencial de
todo o êxito.
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental:
Os fatos - XII -
Exteriorização do ser
humano. Telepatia.
Desdobramento. Os
fantasmas dos vivos.)
C. Podemos
corresponder-nos
telepaticamente com
nossos amigos
desencarnados?
Sim. Fixado o pensamento
e estabelecida a
corrente vibratória,
torna-se possível a
comunicação, podendo
corresponder-nos
telepaticamente não só
com os nossos amigos
terrestres, mas também
com os do Espaço, porque
a lei das
correspondências é a
mesma nos dois casos.
Não é mais difícil
conversarmos mentalmente
com os seres amados cujo
invólucro a morte
destruiu, do que com
aqueles que,
permanecendo na Terra,
foram afastados para
longe de nós pelas
exigências da vida. (Obra
citada - O Espiritismo
experimental:
Os fatos - XII -
Exteriorização do ser
humano. Telepatia.
Desdobramento. Os
fantasmas dos vivos.)
Texto para leitura
478. A teoria a que nos
referimos apoia-se em
provas indiscutíveis.
Recordemos antes de tudo
as experiências
relatadas nos
“Proceedings” da
Sociedade de
Investigações Psíquicas
de Londres. O operador e
o sensitivo, colocados
na mesma sala, mas
separados por uma
cortina, sem fazer um
gesto, sem proferir uma
palavra, se transmitem
silenciosamente os
pensamentos. A mesma
experiência foi, em
seguida, realizada com
êxito, colocando-se o
operador e o
percipiente, a
princípio, em duas
salas, depois em duas
casas diferentes.
479. O “Daily Express”,
de setembro de 1907,
divulgou várias sessões
de transmissão de
pensamento dadas ao rei
Eduardo VII e a outras
personagens da Corte por
dois sensitivos, o Sr. e
a Sra. Zancig. Os
resultados foram
tornados conhecidos pelo
próprio rei e foi
principalmente depois
disso que a atenção
pública se encaminhou,
na Inglaterra, para essa
ordem de fatos.
480. O rei submeteu os
dois sensitivos às mais
difíceis provas, sempre
com êxito completo.
Ficou evidenciado que a
comunhão de pensamentos
existia, não uma vez ou
outra, mas de modo
constante e normal,
entre o marido e a
mulher. Se, por exemplo,
o primeiro lia uma
carta, a segunda, a
grande distância e com
os olhos vendados,
percebia imediatamente o
seu conteúdo. Tudo o que
se comunica ao marido é
conhecido no mesmo
instante pela mulher. Os
dois sensitivos vibram
em uníssono. Além disso,
a Sra. Zancig deu prova
ao rei da sua faculdade
de visão psíquica,
falando-lhe de coisas
que ele tinha a certeza
de ser o único a saber.
481. As experiências
feitas pelos psicólogos
e magnetizadores são
inúmeras e acompanhadas
de particularidades tão
precisas que seria
impossível explicá-las
como alucinações.
482. Eis um desses
casos: “O Dr. Balme, de
Nancy, tinha a seus
cuidados a Condessa de
L., afetada de
dispepsia.(1)
Ela o ia procurar em seu
consultório, nunca tendo
ele, pois, entrado em
casa de sua cliente,
situada fora da cidade.
Três dias depois de uma
de suas visitas, a 19 de
maio de 1899, entrando
em casa e atravessando a
antessala, ouviu ele
distintamente estas
palavras: ‘Como me sinto
mal! E ninguém para me
socorrer’. Depois ouviu
o ruído de um corpo que
caía em uma
espreguiçadeira. A voz
era da Sra. de L..
Procurou informar-se,
mas em casa ninguém
tinha visto nem ouvido
essa senhora. Foi para
seu gabinete de
trabalho, concentrou-se
e, colocando-se
voluntariamente em
ligeiro estado de
hipnose, transportou-se
à casa da condessa e
viu-a. Acompanhou todos
os seus movimentos e
gestos, e os anotou
minuciosamente. Quando a
Sra. de L. foi novamente
consultá-lo, ele lhe
comunicou suas
impressões, que foram
verificadas exatas em
todos os pontos e
conformes à realidade
dos fatos. ‘Depois de
vos terdes recolhido a
vosso aposento –
perguntou ele – que era
o que parecíeis procurar
em torno de vós?’
‘Parecia que alguém me
espreitava’, respondeu a
senhora.”
483. A exemplo do Dr.
Hilbert e do Sr. Pierre
Janet, cujo sensitivo,
Léonie, obedecia à
sugestão a um quilômetro
de distância, o Dr.
Balme tinha o poder de
transmitir mentalmente
sua vontade a uma
senhorita de Lunéville.
Obrigava-a assim a vir
ao seu gabinete, em
Nancy, reclamar os seus
cuidados. Um dia, tendo
concentrado e dirigido
para ela o pensamento,
proferiu estas palavras:
“Venha; espero-a no trem
do meio-dia”. À hora
fixada a moça entrava em
casa dele, dizendo:
“Aqui estou”.
484. Camille Flammarion,
em sua obra “O
Desconhecido e os
Problemas Psíquicos”,
cap. VI, cita o caso de
um menino que, na idade
de cinco anos, resolvia
problemas
complicadíssimos e
repetia palavras e
frases que sua mãe lia
mentalmente em um livro.
A criança não calculava,
o que fazia era
unicamente ler no
pensamento de sua mãe a
solução dos problemas
propostos. Desde que
esta se retirava, ele
era incapaz de obter a
mínima solução.
485. Na opinião do Sr.
G. Delanne, os estados
vibratórios individuais
devem ser classificados
em três tipos que ele
denomina visuais,
auditivos e motores, e
pelos quais se
explicaria a variedade
das percepções nos
sensitivos e nos
médiuns. Nos sensitivos
pertencentes a esses
diversos tipos, as
impressões produzidas
por uma mesma causa
revestirão formas
diferentes. A ação
psíquica de um vivo, a
distância, ou a de um
Espírito provocará em
uns a percepção visual
de uma figura de
fantasma; em outros, a
audição de sons, de
ruídos, de palavras; em
um terceiro suscitará
movimentos.
486. As impressões podem
igualmente variar nos
sensitivos pertencentes
ao mesmo tipo sensorial.
O pensamento inicial
será por eles percebido
sob formas distintas,
posto que o sentido da
manifestação seja
idêntico no fundo. É o
que temos frequentes
vezes verificado em
nossas próprias
experiências. Diversos
médiuns auditivos
percebiam o pensamento
do Espírito e o
traduziam em termos
diferentes.
487. Esse fato nos
demonstra que um grande
número de fenômenos
telepáticos devem ser
incluídos na ordem
subjetiva, no sentido de
que se produzem
unicamente no cérebro do
percipiente. Posto que
internos, não são
contudo menos reais. A
onda vibratória, emanada
de um pensamento
estranho, penetra o
cérebro do sensitivo e
lhe produz a ilusão de
um fato exterior que,
segundo o seu estado
dinâmico, parecerá
visual, auditivo ou
tátil.
488. Sabemos que as
impressões dos sentidos
se centralizam todas no
cérebro. Este é o
verdadeiro receptáculo,
que arquiva as sensações
e as transmite à
consciência. Ora,
conforme o seu estado
vibratório, somos
levados a referir as
nossas sensações a um
dos três estados
sensoriais
supraindicados. Daí a
variedade das impressões
sugestivas percebidas
pelos sensitivos.
489. Eis aqui um entre
vários casos inéditos,
em que a ação telepática
se manifesta por meio de
ruídos e visões: “A Sra.
Troussel, cujo sobrenome
em solteira era Daudet,
parenta do ilustre
escritor e residente em
Alger, à rua Daguerre,
comunica-se
telepaticamente, há
horas convencionadas,
com algumas de suas
amigas, cada uma das
quais serve a seu turno
de transmissor e
receptor. Elas
estabelecem
reciprocamente o
processo verbal dos
pensamentos emitidos e
das impressões recebidas
e os comparam em
seguida. Perguntas
mentais formuladas a
distância obtêm
respostas precisas: um
problema complicado foi
resolvido. Na média,
sete experiências sobre
dez são coroadas de
êxito. Às vezes, o
pensamento projetado com
intensidade produz uma
ação física sobre os
móveis, fazendo-os
vibrar fortemente.”
490. A Sra. Troussel fez
a mesma experiência com
uma de suas amigas de
Marselha. Deviam pôr-se
em comunicação na
quinta-feira santa, às
8:30 horas da noite. Não
sendo, porém, idêntico o
meridiano, e sendo a
hora de Marselha
adiantada em relação à
de Alger, ao subir a
Sra. Troussel para o seu
quarto em busca do
insulamento, sentiu-se
invadida por um
sentimento de tristeza.
Um instante depois,
tendo-se recolhido, viu
aparecer uma jovem de
Marselha; junto a ela
estava uma criancinha
que lhe estendia os
braços, sorrindo, e lhe
mostrava um raio
luminoso que parecia vir
do céu. A Sra. Troussel
apressou-se em
transmitir à sua amiga a
narrativa dessa
experiência. Suas cartas
se cruzaram.
491. A de Marselha
continha as seguintes
linhas: “Escolhi a
quinta-feira santa,
querida amiga, por ser o
aniversário da morte de
meu idolatrado filhinho.
À hora indicada, viestes
consolar-me. Pensei,
nesse momento, no
pequenino ser querido.
Pensastes também nele?
Eu vos vi subir do
pavimento térreo ao
primeiro andar. Trazíeis
um vestido que eu não
conheço (pormenor
exato). Coisa singular:
pensando em todas essas
coisas, eu via ao mesmo
tempo a imensidade do
mar; o raio luminoso do
farol parecia vir do céu
e chegava até junto de
mim.”
492. Comunicações
escritas têm sido
transmitidas, a grandes
distâncias, por pessoas
vivas exteriorizadas.
Aksakof refere os
seguintes fatos: “O Sr.
Tomás Everitt, de
Londres, obteve, pelo
punho de sua mulher, uma
comunicação de um de
seus amigos, médium, em
viagem para a América. O
eminente juiz Edmonds,
de Nova Iorque, refere
que dois grupos
espíritas, reunidos à
mesma hora, em Boston e
em Nova Iorque, se
correspondiam por seus
respectivos médiuns.
Assim também dois grupos
de experimentadores,
reunidos em Madrid e em
Barcelona, se
comunicavam
simultaneamente pelo
mesmo processo. Ao fim
de cada sessão, redigia
cada um por sua parte
uma ata, que era posta
imediatamente no
Correio. As duas
mensagens combinavam
sempre fielmente.”
493. A “Revue
Scientifique et Morale
du Spiritisme”, em seu
número de janeiro de
1908, cita um fato
interessante, extraído
das “Memórias” da Sra.
Adelma de Vay: “A Sra.
de Vay refere que,
durante a campanha de
1866, o Conde Wurmbrandt,
seu primo, fazia parte
do Exército austríaco.
No dia 25 de maio,
recebeu dele uma extensa
comunicação, em que lhe
afirmava ser ele
próprio, “seu primo Luís
Wurmbrandt”,
acrescentando que
“estava passando bem,
que seu espírito se
achava ao pé dela e o
corpo no campo, em
companhia dos soldados”.
A 15 de junho, nova
comunicação: “Esperamos
uma batalha... meu corpo
está completamente
adormecido.” E afirmava
estar nela pensando
intensamente. A 4 de
julho, ainda uma
comunicação: “Não duvide
da presença de meu
espírito... Acabamos de
travar uma grande
batalha. Vou passando
bem.”
494. No dia 5 de julho,
o nome de Wurmbrandt
figura na lista dos
mortos. Entretanto, a 9
do mesmo mês, a Senhora
de Vay recebe uma
comunicação de seu
primo, assegurando ter
“felizmente sobrevivido
à batalha de Honig Gratz”
e que dentro de três
dias lho confirmaria por
carta. A Sra. de Vay
recebeu efetivamente de
seu primo uma carta
enumerando, com
particularidade, as
enormes perdas sofridas
pelo seu batalhão, o que
explica a errônea
suposição de sua morte.”
495. Todos esses fatos
estabelecem de modo
positivo, desde esta
vida, a ação mental e
recíproca de alma a alma
e a possível intervenção
dos vivos exteriorizados
nos fenômenos psíquicos.
Para praticar a
telepatia são
necessárias duas
condições: de um lado,
no operador, a
concentração e a
exteriorização do
pensamento. Para agir
mentalmente, a
distância, é preciso
recolher-se e dirigir
com persistência o
pensamento ao alvo
predeterminado.
Provoca-se, assim, um
desprendimento parcial
do ser psíquico e
origina-se uma corrente
de vibrações que nos põe
em relação com o nosso
correspondente. Neste se
requer, por sua parte,
um grau suficiente de
sensibilidade.
496. Essas condições não
se encontram tão
frequentemente como se
poderia supor. É preciso
criá-las por uma ação
demorada da vontade e,
em seguida, melhorá-las
mediante o exercício
cotidiano das faculdades
adquiridas. O Dr. Balme
observa que, tendo
experimentado com uma
senhora de sua amizade,
nenhum resultado obteve
ao começo. Todos os
dias, à mesma hora e
durante muito tempo,
prosseguiram ambos a
tentativa. Os
pensamentos trocados
foram a princípio
contraditórios. Um dia,
entretanto, foi
percebida uma palavra
com perfeita exatidão;
depois foram
seguidamente
transmitidas frases de
quatro a cinco palavras.
Finalmente, ao cabo de
dois anos, conseguiam
comunicar-se, a
distância, a qualquer
hora do dia
indiferentemente,
começando apenas por
bater palmas.
497. Nessas
experiências, como se
vê, a perseverança é o
elemento essencial de
todo o êxito. É preciso,
antes de tudo, aprender
a fixar os pensamentos.
Estes são por natureza
instáveis, flutuantes;
variam muito amiúde de
um a outro objeto.
Saibamos mantê-los sob a
ação da vontade e
impor-lhes um
determinado objetivo. É
dos mais salutares esse
exercício, no sentido de
habituar-nos a praticar
a disciplina mental.
498. Uma vez fixado o
pensamento e
estabelecida a corrente
vibratória, torna-se
possível a comunicação.
Chegamos a
corresponder-nos
telepaticamente, não só
com os nossos amigos
terrestres, mas também
com os do Espaço, porque
a lei das
correspondências é a
mesma nos dois casos.
Não é mais difícil
conversarmos mentalmente
com os seres amados cujo
invólucro a morte
destruiu, que com
aqueles que,
permanecendo na Terra,
foram afastados para
longe de nós pelas
exigências da vida. O
poder da evocação que
vai atingir o ser
espiritual, através da
imensidade, numa região
desconhecida do
evocador, é a mais
evidente demonstração da
energia do pensamento.
499. Às vezes, durante o
sono ou na vigília, a
alma se exterioriza, se
objetiva em sua forma
fluídica e aparece, a
distância. Daí o
fenômeno dos fantasmas
dos vivos. Um dos mais
notáveis casos é o de
Emília Sagée, professora
em Volmar, cujo
desdobramento pôde ser
inúmeras vezes observado
pelas quarenta e duas
pessoas residentes no
internato.
500. A esse se pode
acrescentar o caso do
reverendo Tr.
Benning, citado pela
Sra. Hardinge-Britten no
“Manner of Light”.
Seu duplo se transportou
a Troy, onde devia
realizar urna
conferência no dia
seguinte, a fim de dar
aviso de que uma
indisposição o impedia
de cumprir sua promessa.
Lá esteve e foi visto e
ouvido por três pessoas,
em uma das quais deu um
empurrão. Durante esse
tempo seu corpo não
havia deixado Nova
Iorque.
501. Uma jovem criada
alemã, de Boston
(Massachusetts),
acometida de febre
acompanhada de delírio,
se transportava, em
sonho, à casa de sua
família, na Europa. Aí,
durante quinze noites
consecutivas, todos os
seus parentes a ouviram
bater à porta da casa
paterna e viram entrar o
seu fantasma. Todos a
acreditaram morta; ela,
porém, se restabeleceu.
502. O “Times”, em sua
edição hebdomadária(2)
de 1º de janeiro de
1908, consagra um longo
artigo a um fato de
desdobramento, que teria
ocorrido na paróquia de
East Rudham. O reverendo
Dr. Astley, que aí
exercia suas funções, em
seguida a um acidente de
estrada de ferro, na
linha de Biskra, foi
conduzido para o
hospital dos ingleses,
em Alger. Enquanto nele
se achava em tratamento,
seu fantasma foi
repetidas vezes
percebido e
distintamente
reconhecido por três
pessoas, particularmente
pelo reverendo Brock,
vigário encarregado de
substituir o Dr. Astley,
na paróquia de East
Rudham, durante o seu
impedimento.
503. Os mais numerosos
testemunhos são
fornecidos pela
Sociedade de
Investigações Psíquicas,
de Londres. Essa
Sociedade, composta de
homens eminentes, erigiu
um verdadeiro monumento
científico com a
publicação do livro “The
Phantasms of the
Living” e a dos “Proceedings”,
compilação de
narrativas, que formam
vinte e dois volumes e
abrangem um período de
vinte anos de estudos.
Essas obras relatam
milhares de casos de
aparições, observados
com todo o rigor que os
sábios aplicam ao estudo
dos fenômenos e
assinalam as
circunstâncias e as
provas que dão a cada
fato o seu cunho de
autenticidade e o apoio
de testemunhos
severamente
esmerilhados.
504. Esses fatos
estabelecem de modo
incontestável as
relações que existem
entre a aparição do
duplo e a pessoa viva
que ele representa. Não
seria lícito atribuir a
todos esses fenômenos um
caráter subjetivo. Em
certos casos, como
vimos, só o cérebro do
percipiente é
impressionado pelas
vibrações de um
pensamento longínquo, as
vibrações que se
transmitem ao foco
visual e aí fazem surgir
a imagem do
manifestante. Aqui,
porém, na maior parte
dos casos, os fenômenos
observados não se
prestam de modo algum a
essa interpretação. Sua
objetividade fica
demonstrada no fato de
serem vistos os
fantasmas por muitas
pessoas ao mesmo tempo,
ou ainda sucessivamente,
quando, por exemplo, o
fantasma se transporta
aos diversos pavimentos
de uma casa.
(Continua no próximo
número.)
Notas:
(1)
Dispepsia: dificuldade
de digerir.
(2)
Hebdomadária: semanal.