O Divino
Servidor
Neio Lúcio
Quando Jesus
nasceu, uma
estrela mais
brilhante que as
outras luzia, a
pleno céu,
indicando a
manjedoura.
A
princípio, pouca
gente lhe
conhecia a
missão sublime.
Em verdade,
porém, assumindo
a forma duma
criança, vinha
Ele, da parte de
Deus, nosso Pai
Celestial, a fim
de santificar os
homens e
iluminar os
caminhos do
mundo.
O
Supremo Senhor
que no-lo enviou
é o Deus de
Todas as Coisas.
Milhões de
mundos estão
governados por
suas mãos. Seu
poder tudo
abrange, desde o
Sol distante até
o verme que se
arrasta sob
nossos pés; e
Jesus, emissário
d´Ele na Terra,
modificou o
mundo inteiro.
Ensinando e
amando,
aproximou as
criaturas entre
si, espalhou as
sementes da
compaixão
fraternal, dando
ensejo à
fundação de
hospitais e
escolas, templos
e instituições,
consagrados à
elevação da
Humanidade.
Influenciou, com
seus exemplos e
lições, nos
grandes
impérios,
obrigando
príncipes e
administradores,
egoístas e maus,
a modificarem
programas de
governo. Depois
de sua vinda, as
prisões
infernais, a
escravidão do
homem pelo
homem, a
sentença de
morte
indiscriminada a
quantos não
pensassem de
acordo com os
mais poderosos,
deram lugar à
bondade
salvadora, ao
respeito pela
dignidade humana
e pela redenção
da vida, pouco a
pouco.
Além dessas
gigantescas
obras, nos
domínios da
experiência
material, Jesus,
convertendo-se
em Mestre Divino
das almas, fez
ainda muito
mais.
Provou ao homem
a possibilidade
de construir o
Reino da Paz,
dentro do
próprio coração,
abrindo a
estrada celeste
à felicidade de
cada um de nós.
Entretanto, o
maior embaixador
do Céu para a
Terra foi
igualmente
criança. Viveu
num lar humilde
e pobre, tanto
quanto ocorre a
milhões de
meninos, mas não
passou a
infância
despreocupadamente.
Possuiu
companheiros
carinhosos e
brincou junto
deles. No
entanto, era
visto
diariamente a
trabalhar numa
carpintaria
modesta. Vivia
com disciplina.
Tinha deveres
para com o
serrote, o
martelo e os
livros. Por
representar o
Supremo Poder,
na Terra, não se
movia à vontade,
sem ocupações
definidas. Nunca
se sentiu
superior aos
pequenos que o
cercavam e
jamais se
dedicou à
humilhação dos
semelhantes.
Eis por que o
jovem mantido à
solta, sem
obrigações de
servir, atender
e respeitar,
permanece em
grande perigo.
Filho de pais
ricos ou pobres,
o menino
desocupado é
invariavelmente
um vagabundo. E
o vagabundo
aspira ao título
de malfeitor, em
todas as
circunstâncias.
Ainda que não
possua
orientadores
esclarecidos no
ambiente em que
respira, o jovem
deve procurar o
trabalho
edificante, em
que possa ser
útil ao bem
geral, pois se o
próprio Jesus,
que não
precisava de
qualquer amparo
humano,
exemplificou o
serviço ao
próximo, desde
os anos mais
tenros, que não
devemos fazer a
fim de
aproveitar o
tempo que nos é
concedido na
Terra?
Do cap. 23 do
livro
Antologia
Mediúnica do
Natal, obra
psicografada por
Francisco
Cândido Xavier,
de autoria de
Espíritos
diversos.