Presença de
Jesus
Como sentir
Jesus junto a
nós? Como
atraí-Lo para
nossas vidas?
Como honrá-lo,
no Natal?
Irmão X,
Espírito, no
livro Pontos
e Contos –
recebido por
Francisco C.
Xavier –
transcreve
relato de famoso
poeta americano(1),
envolvendo Jesus
e um monge:
“Conta-nos
Longfellow a
história de um
monge que passou
muitos anos,
rogando uma
visão do Cristo.
Certa manhã,
quando orava,
viu Jesus ao seu
lado e caiu de
joelhos, em
jubilosa
adoração.
No mesmo
instante o sino
do convento
derramou-se em
significativas
badaladas.
Era a hora de
socorrer os
doentes e
aflitos, à porta
da casa e,
naquele momento,
o trabalho lhe
pertencia.
O clérigo
relutou, mas,
com imenso
esforço,
levantou-se e
foi cumprir as
obrigações que
lhe competiam.
Serviu
pacientemente ao
povo, no grande
portão do
mosteiro, não
obstante
amargurado por
haver
interrompido a
indefinível
contemplação.
Voltando, porém,
à cela,
após o dever
cumprido,
oh maravilha!
Chorando e rindo
de alegria,
observou que o
Senhor o
aguardava no
cubículo e,
ajoelhando-se,
de novo, no
êxtase que o
possuía, ouviu o
Mestre que lhe
disse, bondoso:
— Se houvesses
permanecido
aqui, eu teria
fugido.”
(Grifamos.)
Podemos concluir
que, ao cumprir
nossos deveres,
por menores e
insignificantes
que os achemos,
Jesus está ao
nosso lado!
*
O mesmo
Espírito, agora
no livro Boa
Nova, também
pelo bondoso
médium, é quem
registra
diálogos de
Maria com
Isabel,
referindo-se a
seu filho,
Jesus, ainda
criança, a
praticar a
caridade:
“Por vezes, vou
encontrá-lo a
sós, junto das
águas, e, de
outras, em
conversação
profunda com os
viajantes que
demandam a
Samaria ou as
aldeias mais
distantes (...).
Quase sempre,
surpreendo-lhe a
palavra caridosa
que dirige às
lavadeiras, aos
transeuntes, aos
mendigos
sofredores...”
Noutra parte,
acrescenta:
“(...) Jesus
aproximou-se de
José e lhe
pediu, com
humildade, o
admitisse em
seus trabalhos.
Desde então,
como se nos
quisesse ensinar
que a melhor
escola para Deus
é a do lar e a
do esforço
próprio (...),
ele aperfeiçoa
as madeiras da
oficina, empunha
o martelo e a
enxó, enchendo a
casa de ânimo,
com a sua doce
alegria!”
No capítulo 30
da mesma obra,
menciona
recordações de
Maria, na
velhice:
“Desde os mais
tenros anos,
quando o
conduzia à fonte
tradicional de
Nazaré,
observava o
carinho fraterno
que dispensava a
todas as
criaturas.
Frequentemente,
ia buscá-lo nas
ruas empedradas,
onde a sua
palavra
carinhosa
consolava os
transeuntes
desamparados e
tristes.
Viandantes
misérrimos
vinham a sua
casa modesta
louvar o
filhinho
idolatrado, que
sabia distribuir
as bênçãos do
Céu. Com que
enlevo recebia
os hóspedes
inesperados que
suas mãos
minúsculas
conduziam à
carpintaria de
José!...
Lembrava-se bem
de que, um dia,
a divina criança
guiara a casa
dois malfeitores
publicamente
reconhecidos
como ladrões do
vale de Mizhep.
E era de ver-se
a amorosa
solicitude com
que seu vulto
pequenino
cuidava dos
desconhecidos,
como se fossem
seus irmãos.”
*
É, pois, no
trabalho e na
prática do bem
que podemos
senti-Lo junto a
nós. Seus
exemplos foram
sempre de Amor,
de compaixão.
Pequenas ou
grandes, temos
nossas tarefas
diárias. É no
cumprimento
desses deveres
que Sua divina
presença se nos
revelará, se as
impregnarmos do
sentimento da
mais pura
caridade!
Tal como o monge
da historieta,
estejamos a
postos, para que
Ele não se
afaste de nós.
(1)
Longfellow,
Henry Wadsworth
- poeta
americano, muito
popular no
século 19:
1807-1882 -
Enciclopédia
Delta Larousse.