Escolha o seu Natal
Vou apresentar de início
um trecho da reportagem
da revista VEJA,
edição 2304, de 16 de
janeiro de 2013,
intitulada UM NATAL EM
JANEIRO. É uma espécie
de salada de frutas de
calendários. Afirma essa
reportagem que centenas
de milhões de cristãos
comemoram o nascimento
de Cristo treze dias
depois dos católicos.
Prometo “servir”, após a
salada de frutas, o
“prato principal”,
invertendo o costume.
Nesse “prato principal”
você encontrará rumos
seguros para que você
escolha o dia do seu
Natal com segurança.
Vamos lá.
“Uma parcela da
cristandade celebrou o
nascimento de Jesus na
semana passada. A festa
“fora de época”,
explica-se pelo
calendário diferente
usado por algumas
correntes ortodoxas e
igrejas orientais para
definir as datas
litúrgicas. Há quatro
séculos, a humanidade
conta seus dias segundo
as regras definidas pelo
astrônomo napolitano
Aloysius Lililus. Foi
ele quem elaborou o
calendário decretado
como oficial em 24 de
fevereiro de 1582 pelo
papa Gregório XIII. O
sistema gregoriano é
predominante até hoje em
todo o mundo. Mas, para
fins religiosos, os
coptas, do Egito, e a
maioria dos cristãos
ortodoxos ainda usam o
calendário anterior,
implantado pelo
imperador romano Julio
César no ano 45 a.C. À
exceção, são os
ortodoxos gregos e de
outras denominações
nacionais que adotaram o
calendário Juliano
revisado, cujas datas
coincidem com as do
gregoriano. O calendário
gregoriano corrigiu uma
falha do Juliano, que
criava uma defasagem de
um dia a cada 128 anos.
Quando foi implantado,
já estava dez dias à
frente do antecessor.
Por isso, nos países que
aderiram imediatamente à
bula papal, os dias
entre 4 e 15 de outubro
de 1582 jamais
existiram. Foram
riscados da história
para ajustar a medida do
tempo. Desde então, as
datas religiosas já se
distanciaram mais três
dias da contagem juliana.
“Não se trata de
disputar qual é a data
correta do Natal. Para
qualquer cristão, 25 de
dezembro é o dia do
nascimento de Jesus
Cristo”, diz André
Sperandio, padre da
Igreja Ortodoxa Grega de
São João, em Santa
Catarina. A
segunda-feira 7,
portanto, foi o dia 25
de dezembro para os
cristãos da Rússia, da
Ucrânia, dos Bálcãs e do
Oriente Médio, e o ano
de 2013 só começa na
segunda, 14.”
A reportagem vai um
pouco mais além, mas
acho que já deu para que
você possa responder
qual é o dia do seu
Natal. E aí, já
escolheu? Dia 25 de
dezembro? Tem certeza?
Então vamos a algumas
colocações de Joanna de
Ângelis no livro
Estudos Espíritas,
psicografia de Divaldo.
“A NOVA ERA –
Incompreendido desde os
primeiros instantes, a
Sua é a vida dos feitos
heroicos, da renúncia,
do sacrifício e do
supremo amor. Anunciado
pelos anjos e por eles
assessorado, inaugurou
desde o berço o período
da humildade, em que a
vitória do direito se
faz legítima ante a
prepotência da força.
Preferindo a solidão,
mas podendo arregimentar
exércitos de fiéis
servidores, apenas
chamou doze companheiros
de frágil estrutura
cultural e moral, na
aparência, para o
ministério, modificando
os conceitos humanos da
Terra e reformulando as
bases sociais, culturais
e artísticas da
Humanidade, desde então.
Jesus, o Divino Sol!
Viveu cercado pela
malícia de muitos e
experimentou o acicate
dos astuciosos,
impertérrito, a serviço
do Pai.
E amou sempre,
incessantemente, por ser
o amor a fonte
inexaurível da vida.
Diante dos aparentemente
grandes da Terra, jamais
se apequenou, e ao lado
dos pequenos não os
sombreou com a Sua
grandeza, antes os
levantou à categoria de
amigos, à nobreza de
irmãos.
Sua mensagem de
fraternidade igualou
todos os homens, cujas
diferenças estão nas
indestrutíveis e
inamovíveis conquistas
do Espírito imortal, em
que o maior se faz servo
do menor e o que possui
se despoja para socorrer
o que não conseguiu
reter...
Enquanto as crianças, as
mulheres, os velhos, os
mutilados e os enfermos
constituíam carga
inútil, pesando na
economia social, Ele
inaugurou os dias da
misericórdia e da
esperança para todos.
Honrou a mulher,
soerguendo-a da
escravidão que padecia
sob os abusos da
masculinidade,
sustentando-a, graças à
maternidade.
As crianças foram
tomadas como símbolo de
pureza.
A viuvez e a dor, sob
qualquer disfarce,
receberam o bálsamo do
alento, da alegria e da
oportunidade.
Não construiu um reino
de mendigos – antigos
potentados; de enfermos
– anteriores estroinas
da saúde; de
atormentados – passados
perseguidores; de
vencidos – que vinham de
vitórias mentirosas; do
expurgo social – que
antes ultrajava e
corrompia -, mas plantou
as bases da família
universal legítima sem
qualquer limite de
fronteira, raça ou
posição terrena.
Os pródromos da Nova Era
nele começaram e se
desenvolverão pelo
futuro do tempo
melhor.”
Em meu pouco
entendimento, esse
código de ética completo
e jamais igualado
caracteriza o Natal
perene do Cristo e
daqueles que se
intitulam de cristãos. E
após essa explanação de
Joanna de Ângelis,
“prato principal” ao
qual me referi no
começo, pergunto a você
se esse Natal de Jesus,
o Sol Divino, cabe em
algum calendário que
você conheça, seja ele
gregoriano ou juliano ou
se só o calendário do
Amor incondicional é
capaz de dar-lhe data?
Data essa que se perde
pelo infinito dos tempos
em que Ele estará
conosco até a consumação
dos séculos!
E então: sua data
continua sendo 25 de
dezembro?! Ou o seu
Natal está ocorrendo
também no dia em que
você lê estas linhas
como nos demais dias da
sua existência, quer
como encarnado ou
desencarnado?