WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 344 - 5 de Janeiro de 2014

ARTHUR BERNARDES DE OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
Guarani, MG (Brasil)

 
 


As finanças de cada um


Por que nossos recursos financeiros são tão diferenciados? Há indivíduos com fortunas fabulosas, ao lado de outros que vivem na mais angustiante penúria?

Quem define isso? Quem administra essas coisas?

Nós que acreditamos em Deus e o sabemos justo e bom, criador e senhor de todas as coisas, sabemos que todos os bens pertencem a Ele. É Ele, portanto, quem faz a distribuição de acordo com a programação a ser executada. É, pois, a programação da tarefa de cada um que define isso.

Vejamos as profissões:

Cada profissional dispõe dos instrumentos necessários ao desenvolvimento de sua atividade.

O médico leva na sua bolsa um estetoscópio e alguns comprimidos para atendimento de urgência. 

O engenheiro leva consigo a trena e a máquina de calcular.

O pedreiro não abandona o prumo, o nível e a colher.

A professora não se descuida do caderno, do lápis e do giz.

Cada profissional tem o instrumental de que precisa. Embora em todos eles o principal – que é o conhecimento e domínio da técnica de sua profissão – esteja no cérebro.

Todos nós – seja qual for a profissão que venhamos a exercer –, quando mergulhamos na matéria (reencarnamos) para uma nova experiência encarnatória, precisamos de alguns instrumentos para isso.

Os instrumentos variam de acordo com a complexidade da tarefa. O recurso financeiro, em muitos casos, vem do trabalho. Mas nem todo trabalho costuma ser remunerado. O Professor Ismael em carta à sua netinha Laura chamava a atenção dela para isso. E lembrava que os trabalhos mais importantes, assim como os bens mais necessários, não são pagos.

Vocês já pensaram nisso? 

Quanto custam nove meses de aluguel dentro da barriga da mãe? Qual o preço de um carinho? De um beijo de amor. De uma noite indormida que a gente costuma passar ao lado do filho cuja febre maltrata? Quanto vale um conselho?

Eu me lembro da Custódia.

A Custódia era uma mulher dos seus cinquenta anos que foi morar conosco quando éramos muito pequenos. Nem sei quando ela chegou lá em casa. Parece que ela já estava lá muito antes de a gente chegar... Quando meus pais iam para o centro exercitarem sua fé, era com a Custódia que a gente ficava. E nós, quando o sono chegava, começávamos a pedir: ”Custódia, faz eu dormir!”; “Custódia; conta uma história pra mim!”. Custódia arrumava os lençóis, o travesseiro, o cobertor... aquilo não era só uma cama... era um ninho pleno de ternura e afeto... Custódia sentava perto da gente e começava a cantarolar, ou a contar histórias e, num instante, a gente estava dormindo.

Eu me lembro de que uma das histórias de que eu mais gostava era a de uma menina linda de cabelo de ouro. Eu nunca soube como terminava essa história. Dormia antes de a história acabar.

Quanto valia esse carinho da Custódia? Quanto vale o amor pela Pátria? E a generosidade dos bons? E o ar que nos sustenta? E o Sol que nos aquece? E a chuva que recompõe os nossos mananciais?  E a fruta que você chupa no pé?

Quanto valem essas coisas? 

Nós não sabemos direito do que realmente precisamos para viver... E começamos a sonhar... Em vez de nos atermos às coisas que de fato fazem falta para o desenvolvimento de nossa vida, nós desviamos nossa atenção para aquilo que nada tem a ver com o que se espera de nós... E aí começamos a sofrer.

É impressionante como algumas pessoas agem diante de certas coisas. Carros, por exemplo.

Tive um irmão que só pensava nisso. Ele comprava um carro novo e vinha me mostrar. E começava a chamar a atenção. Da frente do carro, dos vidros, do câmbio. Do painel, das rodas, do estofamento, de tudo. Eu cortava logo: Tem buzina? Tem freio? Pega no arranque? Então tá bom...

Nenhum bem material, carro, iate, casa, mansão, chácara... Nada pode transformar-se em bem de adoração. Sócrates começava, às vezes, nas tardes de sol, a dar um passeio até o shopping de Atenas para ver as coisas na vitrina. O atendente logo vinha abordá-lo.

– Posso ajudá-lo, meu senhor?

– Não, obrigado. Apenas estou observando. E vendo de quantas coisas eu não preciso para viver.

A gente poucas vezes presta atenção nas coisas que fazemos ou dizemos. Nas preces, por exemplo. No Pai Nosso, Jesus fez questão de incluir aquela frase “seja feita a vossa vontade” para nos advertir disso. O que recebemos na vida para tocar nossa caminhada é o que Deus entende suficiente para ela. Não precisamos de mais nada. É tocar a vida e sermos felizes. Porque isso é o que importa.  
 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita