ANGÉLICA
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(Brasil) |
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No Invisível
Léon Denis
(Parte 19)
Continuamos
o estudo
metódico e sequencial do
clássico "No Invisível",
de Léon Denis, cujo
título no original
francês é
Dans l'Invisible.
Questões preliminares
A. Podemos dizer que a
emancipação da alma é a
causa dos sonhos?
Sim. A alma se desprende
do corpo carnal durante
o sono e se transporta a
um plano mais ou menos
elevado do Universo,
onde percebe, com o
auxílio de seus sentidos
próprios, os seres e as
coisas desse plano.
Nesse fato é que se
encontra a origem dos
sonhos.
(No Invisível - O
Espiritismo
experimental:
Os fatos - XIII - Sonhos
premonitórios -
Clarividência –
Pressentimentos.)
B. Que devemos entender
por sonhos profundos, ou
etéreos?
Sonhos profundos, ou
etéreos, são aqueles em
que o Espírito se
subtrai à vida física,
desprende-se da matéria,
percorre a superfície da
Terra e a imensidade,
onde procura os seres
amados, seus parentes,
seus amigos, seus guias
espirituais. Vai, não
raro, ao encontro das
almas humanas, como ele
desprendidas da carne
durante o sono, com as
quais se estabelece uma
permuta de pensamentos e
desígnios. Dessas
práticas conserva o
Espírito impressões que
raramente afetam o
cérebro físico, em
virtude de sua
impotência vibratória.
Essas impressões se
gravam, todavia, na
consciência, que lhes
guarda os vestígios, sob
a forma de intuições, de
pressentimentos, e
influem, mais do que se
poderia supor, na
direção da nossa vida,
inspirando os nossos
atos e resoluções. Daí o
provérbio: “A noite é
boa conselheira.”
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental:
Os fatos - XIII - Sonhos
premonitórios -
Clarividência –
Pressentimentos.)
C. Pode haver fenômenos
de premonição associados
aos sonhos?
Sim. Com frequência, nos
sonhos costumam ser
registrados fenômenos de
premonição, isto é,
comprova-se a faculdade
que possuem certos
sensitivos de perceber,
durante o sono, as
coisas futuras. São
abundantes os exemplos
históricos e Léon Denis
menciona vários casos
nesta obra.
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental:
Os fatos - XIII - Sonhos
premonitórios -
Clarividência –
Pressentimentos.)
Texto para leitura
531. XIII - Sonhos
premonitórios -
Clarividência –
Pressentimentos – Os
sonhos, em suas variadas
formas, têm uma causa
única: a emancipação da
alma. Esta se desprende
do corpo carnal durante
o sono e se transporta a
um plano mais ou menos
elevado do Universo,
onde percebe, com o
auxílio de seus sentidos
próprios, os seres e as
coisas desse plano.
532. Podem dividir-se os
sonhos em três
categorias principais:
Primeiramente, o sonho
ordinário, puramente
cerebral, simples
repercussão de nossas
disposições físicas ou
de nossas preocupações
morais. É também o
reflexo das impressões e
imagens arquivadas no
cérebro durante a
vigília; na ausência de
qualquer direção
consciente, de toda
intervenção da vontade,
elas se desenvolvem
automaticamente ou se
traduzem em cenas
indecisas, destituídas
de coordenação e de
sentido, mas que
permanecem gravadas na
memória. O sofrimento em
geral e,
particularmente, certas
enfermidades,
facilitando o
desprendimento do
Espírito, aumentam ainda
mais a incoerência e
intensidade dos sonhos.
O Espírito, obstado em
seu surto, empuxado a
cada instante para o
corpo, não se pode
elevar. Daí o conflito
entre a matéria e o
princípio espiritual,
que reciprocamente se
influenciam. As
impressões e imagens se
chocam e confundem.
533. No primeiro grau de
desprendimento, o
Espírito flutua na
atmosfera, sem se
afastar muito do corpo;
mergulha, por assim
dizer, no oceano de
pensamentos e imagens,
que de todos os lados
rolam pelo espaço, deles
se impregna e aí colhe
impressões confusas, tem
estranhas visões e
inexplicáveis sonhos; a
isso se mesclam às vezes
reminiscências de vidas
anteriores, tanto mais
vivazes quanto mais
completo é o
desprendimento, que
assim permite entrarem
em vibração as camadas
profundas da memória.
Esses sonhos, de
infinita diversidade,
conforme o grau de
emancipação da alma,
afetam sobretudo o
cérebro material, e é
por isso que deles
conservamos a lembrança,
ao despertar.
534. Por último vêm os
sonhos profundos, ou
sonhos etéreos. O
Espírito se subtrai à
vida física,
desprende-se da matéria,
percorre a superfície da
Terra e a imensidade,
onde procura os seres
amados, seus parentes,
seus amigos, seus guias
espirituais. Vai, não
raro, ao encontro das
almas humanas, como ele
desprendidas da carne
durante o sono, com as
quais se estabelece uma
permuta de pensamentos e
desígnios. Dessas
práticas conserva o
Espírito impressões que
raramente afetam o
cérebro físico, em
virtude de sua
impotência vibratória.
Essas impressões se
gravam, todavia, na
consciência, que lhes
guarda os vestígios, sob
a forma de intuições, de
pressentimentos, e
influem, mais do que se
poderia supor, na
direção da nossa vida,
inspirando os nossos
atos e resoluções. Daí o
provérbio: “A noite é
boa conselheira.”
535. Na “Revue Spirite”
de 1866, pág. 172, Allan
Kardec fala do
desprendimento do
Espírito de uma jovem de
Lião, durante o sono, e
de sua vinda a Paris, em
meio de uma reunião
espírita em que se
achava sua mãe: O
médium, em estado de
transe, vai a Lião, a
pedido de uma senhora
presente, ao aposento de
sua filha, que descreve
fielmente. A moça está
adormecida; seu
Espírito, conduzido por
um guia espiritual, se
aproxima de sua mãe, a
quem vê e ouve, para ela
um sonho, diz o guia do
médium, de que, ao
despertar, não guardará
lembrança clara;
conservará apenas o
pressentimento do bem
que se pode auferir de
uma crença firme e pura.
536. Ela faz sentir a
sua mãe que, se pudesse
recordar-se tão bem de
suas precedentes
encarnações, no estado
normal, como se lembra
agora, não permaneceria
muito tempo na situação
estacionária em que se
encontra. Porque vê
claramente e sente-se
capaz de progredir sem
hesitação; ao passo que
no estado de vigília nós
temos uma venda sobre os
olhos.
537. “Obrigada – diz ela
aos assistentes – por
vos terdes ocupado
comigo.” Em seguida,
abraça sua mãe. O médium
acrescenta, ao terminar:
“Ela sente-se feliz com
esse sonho, de que se
não há de lembrar, mas
que nem por isso lhe
deixará de produzir
salutar impressão.”
538. Algumas vezes,
quando suficientemente
purificada, a alma,
conduzida por Espíritos
angélicos, chega em seus
transportes a alcançar
as esferas divinas, o
mundo em que se geram as
causas. Aí paira,
sobranceira ao tempo, e
vê desdobrarem-se o
passado e o futuro. Se
acaso comunica ao
invólucro humano um
reflexo das sensações
colhidas, poderão estas
constituir o que se
denomina sonho
profético.
539. Nos casos
importantes, quando o
cérebro vibra com
demasiada lentidão para
que possa registrar as
impressões intensas ou
sutis percebidas pelo
Espírito, e este quer
conservar, ao despertar,
a lembrança das
instruções que recebeu,
cria então, pela ação da
vontade, quadros, cenas
figurativas das imagens
fluídicas, adaptadas à
capacidade vibratória do
cérebro material, sobre
o qual, por um efeito
sugestivo, as projeta
energicamente. E,
conforme a necessidade,
se é inábil para isso,
recorrerá ao auxílio dos
Espíritos mais
adiantados, e assim
revestirá o sonho uma
forma alegórica.
540. Entre os sonhos
desse gênero, há alguns
célebres, como, por
exemplo, o sonho do
Faraó, interpretado por
José. Muitas pessoas
têm sonhos alegóricos,
os quais nem sempre
traduzem as impressões
recebidas diretamente
pelo Espírito do
indivíduo adormecido,
mas, na maior parte das
vezes, revelações
provenientes das almas,
que todos temos,
prepostas a nossa
guarda.
541. Achando-me
gravemente enfermo e
quase desenganado,
obtive, sob significação
figurada, o aviso de
minha própria cura. No
sonho, eu percorria com
muita dificuldade um
caminho coberto de
escombros; à medida que
me adiantava, os
obstáculos se me
acumulavam sob os pés.
Súbito, um riacho largo
e profundo surge à minha
vista, e sou obrigado a
interromper a marcha.
Sento-me, cheio de
angústia, à beira d'água;
mas da outra margem mão
invisível estende-me uma
prancha, cuja
extremidade se inclina a
meus pés. Não tenho mais
que me firmar nela e,
por esse meio, consigo
transpor o curso da
água. Do lado oposto o
caminho é livre e
desembaraçado, e eu sigo
com o passo mais firme,
em meio de aprazível
planície.
542. Eis aqui o sentido
desse sonho: Informado,
algum tempo depois, por
uma mulher imersa em
sono magnético, da causa
de minha enfermidade,
causa assaz vulgar, com
que nenhum médico havia
podido atinar, nem com
os remédios aplicáveis,
readquiri pouco a pouco
a saúde e pude recomeçar
os meus trabalhos.
543. Nos sonhos são, com
frequência, registrados
fenômenos de premonição,
isto é, comprova-se a
faculdade que possuem
certos sensitivos de
perceber, durante o
sono, as coisas futuras.
544. São abundantes os
exemplos históricos:
Plutarco (“Vida de Júlio
César”) faz menção do
sonho premonitório de
Calpúrnia, mulher de
César. Ela presenciou
durante a noite a
conjuração de Brutus e
Cassius e o assassínio
de César, e fez todo o
possível por impedir
este de ir ao Senado.
Pode-se também ver em
Cícero o sonho de
Simônides (“De
Divinatione”, I, 27); em
Valério Máximo, o sonho
premonitório de Atério
Rufo (VII, par. I, 8) e
o do rei Creso (VII,
par. I, 4),
anunciando-lhe a morte
de seu filho Athys.
545. Em seus
“Comentários”, refere
Montlue que assistiu, em
sonho, na véspera do
acontecimento, à morte
do rei Henrique II,
traspassado por um golpe
de lança, que num
torneio lhe vibrou
Montgommery. Sully, em
suas “Memórias” (VII,
383), afirma que
Henrique IV tinha o
pressentimento de que
seria assassinado em uma
carruagem.
546. Fatos mais
recentes, registrados em
grande número, podem ser
comprobatoriamente
mencionados: Abraão
Lincoln sonhou que se
achava em uma calma
silenciosa, como de
morte, unicamente
perturbada por soluços;
levantou-se, percorreu
várias salas e viu,
finalmente, ao centro de
uma delas, um catafalco
em que jazia um corpo
vestido de preto,
guardado por soldados e
rodeado de uma multidão
em pranto. “Quem morreu
na Casa Branca?” –
perguntou Lincoln. “O
presidente – respondeu
um soldado – foi
assassinado!” Nesse
momento uma prolongada
aclamação do povo o
despertou. Pouco tempo
depois morria ele
assassinado.
547. Em seu livro “O
Desconhecido e os
Problemas Psíquicos”,
Camille Flammarion cita
76 sonhos premonitórios,
dois dos quais por sua
mãe (cap. IX). Na maior
parte eles revestem o
caráter da mais absoluta
autenticidade. Um dos
mais notáveis é o caso
do Sr. Berard, antigo
magistrado e deputado
(cap. IX). Obrigado,
pelo cansaço, durante
uma viagem, a pernoitar
em péssima estalagem,
situada entre montanhas
selváticas, ele
presenciou, em sonho,
todos os detalhes de um
assassínio que havia de
ser cometido, três anos
mais tarde, no quarto
que ocupava, e de que
foi vítima o advogado
Vitor Arnaud. Graças à
lembrança desse sonho é
que o Sr. Berard fez
descobrir os assassinos.
Esse fato é igualmente
referido pelo Sr. Goron,
Chefe de Polícia, em
suas “Memórias” (t. II,
pág. 338).
548. Pode-se também
citar:
a.) O sonho da mulher de
um mineiro, que vê
cortarem a corda do
cesto que servia para
descerem os operários
aos poços de extração.
Logo no dia seguinte o
fato se verificou e
muitos mineiros deveram
a vida a esse sonho
(cap. IX).
b.) Uma jovem irmã de
caridade (Nièvre) viu em
sonho o rapaz, para ela
então desconhecido, com
quem depois haveria de
casar-se. Graças a esse
sonho ela se tornou Mme.
de la Bédollière (cap.
IX).
c.) Conscritos veem em
sonho os números que
tiraram no dia seguinte
ou dias depois (cap.
IX).
d.) Muitas pessoas veem
em sonho cidades,
sítios, paisagens, que
realmente visitaram mais
tarde (cap. IX).
e.) O Sr. Henri Horet,
professor de Música em
Estrasburgo, viu certa
noite, em sonho, saírem
cinco féretros de sua
casa. Pouco depois se
deu aí um escapamento de
gás e cinco pessoas
morreram asfixiadas
(cap. IX).
549. Aos sonhos etéreos
pode-se juntar o
fenômeno de êxtase ou
arroubo. Considerado por
certos sábios, pouco
competentes em matéria
de Psiquismo, como
estado mórbido, o êxtase
é em verdade um dos mais
belos apanágios da alma
afetuosa e crente, que,
na exaltação de sua fé,
reúne todas as suas
energias, se desembaraça
momentaneamente dos
empecilhos carnais e se
transporta às regiões em
que o Belo se ostenta em
suas infinitas
manifestações.
550. No êxtase o corpo
se torna insensível; a
alma, libertada de sua
prisão, tem concentradas
toda a sua energia vital
e toda a sua faculdade
de visão em um ponto
único. Ela não é mais
deste mundo, mas
participa já da vida
celeste. A felicidade
dos extáticos, o júbilo
que experimentam,
contemplando as
magnificências do Além,
seriam só por si
suficientes para nos
demonstrar a extensão
dos gozos que nos
reservam as esferas
espirituais, se as
nossas grosseiras
concepções nos não
impedissem muitíssimas
vezes de os compreender
e pressentir.
551. A clarividência ou
adivinhação é essa
faculdade, que possui a
alma, de perceber no
estado de vigília os
acontecimentos passados
e futuros, no mundo
intelectual como no
domínio físico. Esse dom
se exerce através do
tempo e da distância,
independentemente de
todas as causas humanas
de informação.
552. A adivinhação foi
praticada em todos os
tempos. Seu papel na
antiguidade era
considerável e, qualquer
que seja a parte de
alucinação, de erro ou
fraude que se lhe deva
atribuir, já não é
possível, depois das
recentes comprovações da
psicologia
transcendental, rejeitar
em massa os fatos dessa
ordem atribuídos aos
profetas, aos oráculos e
às sibilas.
553. Essas estranhas
manifestações reaparecem
na Idade Média:
a.) João Huss anuncia,
do alto da fogueira, a
vinda de Lutero.
b.) Joana d'Arc havia
predito, desde Domrémy,
o livramento de Orleães
e a sagração de Carlos
VII. Anuncia também que
será ferida defronte de
Orleães.
c.) Uma carta escrita
pelo encarregado de
negócios de Brabant, a
22 de abril de 1429,
quinze dias antes do
acontecimento e
conservada nos arquivos
de Bruxelas, contém esta
passagem: “Ela predisse
que será ferida por uma
seta durante o assalto,
mas que não morrerá; que
o rei será sagrado em
Reims, no próximo
verão”.
d.) Ela profetiza seu
encarceramento e morte.
Junto aos fossos de
Melun, suas “vozes” a
haviam advertido de que
seria entregue aos
ingleses antes do dia de
São João. Durante o
processo, anuncia a
completa expulsão dos
ingleses, antes de sete
anos. Sucedem-se depois,
em toda essa vida
maravilhosa, profecias
de ordem secundária: em
Chinon, a morte de um
soldado que a
escarnecia, o qual, na
mesma noite, se afogou
no riacho de Vienne; em
Orleães, a morte do
capitão Glasdale; o
livramento de Compiègne
antes de
Saint-Martin-d'Hiver,
etc.
554. Os casos de
clarividência são
numerosos em nossa
época. Citaremos alguns
deles. Os “Annales des
Sciences Psychiques”
(1896, página 205)
refere que Lady A.,
tendo sido vítima de um
roubo em Paris,
conseguiu descobrir, por
intermédio de uma
vidente, o autor do
delito, que ela estava
longe de suspeitar, com
todas as
particularidades
complicadíssimas do
fato. O culpado não era
outro senão Marchandon,
um de seus criados, que,
por suas boas maneiras,
havia captado a inteira
confiança de sua patroa
e veio a ser mais tarde
o assassino da Sra.
Cornet.
555. O pressentimento é
a vaga e confusa
intuição do que vai
acontecer. J. de Maistre
fez notar que “o homem é
informado naturalmente
de todas as verdades
úteis”. Soldados e
oficiais têm, na manhã
do dia em que se vai
travar uma batalha, o
nítido sentimento de sua
morte próxima. Por uma
averiguação procedida em
tal sentido, ficou
provado que uma
religiosa de S. Vicente
de Paulo, na véspera do
incêndio do Bazar de
Caridade, havia predito
que aí morreria
queimada.
556. Essa faculdade se
encontra com frequência
em certos países, como,
por exemplo, nas regiões
altas da Escócia, na
Bretanha, na Alemanha,
na Itália. Um pouco,
porém, por toda a parte,
em torno de nós, podemos
coligir fatos de
pressentimentos,
baseados em testemunhos
inequívocos. São tão
numerosos que julgamos
supérfluo insistir
nisso.
557. Citemos apenas os
três seguintes casos: “O
Coronel Collet, no
“Bulletin de la Société
d'Etudes Psychiques de
Nancy” (fevereiro de
1902, pág. 6), refere
que seu sogro, o Sr.
Vigneron, emérito
caçador e pescador, saía
quase todos os dias para
se entregar a seus
prazeres favoritos, sem
que por esse motivo sua
mulher de modo algum se
inquietasse. Um dia,
entretanto, ela o quis
impedir de ir à pesca,
tendo o pressentimento
de que ele se afogaria.
O marido, porém, não fez
caso e, ao regressar à
noite, pôs-se a gracejar
da puerilidade dos seus
temores. No dia seguinte
confessava em particular
a seu genro que, tendo o
seu barco soçobrado, ele
conseguira sair da água
e do lodo, em que se ia
afundando, graças a um
ramo de salgueiro a que
se agarrara a tempo.
Havia posto as roupas a
secar e as limpara antes
de entrar em casa.”
558. O Dr. Max Simon, no
“Monde des Rêves”, narra
um fato da mesma
natureza: “Um jovem
doutor alemão, voltando
de uma visita a seus
pais, encontrou dois
oficiais e com eles
combinou tomarem um
carro. No momento de
subir ao veículo,
sentiu-se tolhido por
uma estranha influência,
que o fez recusar-se
terminantemente a
partir, apesar das
instâncias dos oficiais.
Mal se haviam posto a
caminho, a influência
dissipou-se. O jovem
doutor aproveitou então
a primeira ocasião para
continuar a viagem. Ao
chegar às margens do
Elba, notou um
ajuntamento: – Os dois
oficiais se haviam
afogado no rio, onde
tombara a carruagem.”
(Continua no próximo
número.)