Diversas pessoas nos
perguntam se o fluido
perispiritual pode ser visto
por nós.
Antes de responder a essa
questão, é interessante
lembrar alguns conceitos
espíritas importantes
pertinentes ao tema.
Na questão 94 de O Livro
dos Espíritos é dito que
o perispírito – invólucro
semimaterial do Espírito – é
constituído do fluido
universal que envolve cada
globo.
Eis o texto a que nos
reportamos:
94. De onde tira o
Espírito o seu invólucro
semimaterial?
“Do fluido universal de cada
globo, razão por que não é
idêntico em todos os mundos.
Passando de um mundo a
outro, o Espírito muda de
envoltório, como mudais de
roupa.”
a) Assim, quando os
Espíritos que habitam mundos
superiores vêm ao nosso
meio, tomam um perispírito
mais grosseiro?
“É necessário que se
revistam da vossa matéria,
já o dissemos.”
O fluido cósmico – ou fluido
universal – é a matéria
elementar primitiva, cujas
modificações e
transformações constituem a
inumerável variedade dos
corpos da Natureza.
Como princípio elementar do
Universo, ele assume dois
estados distintos: o de
eterização ou
imponderabilidade, que se
pode considerar o primitivo
estado normal, e o de
materialização ou de
ponderabilidade, que é, de
certa maneira, consecutivo
àquele.
Cada um desses dois estados
dá lugar, naturalmente, a
fenômenos especiais. Ao
segundo estado pertencem os
do mundo visível e ao
primeiro – o de eterização –
os do mundo invisível.
Qualificados de fenômenos
psíquicos, porque se ligam
de modo especial à
existência dos Espíritos,
cabem nas atribuições do
Espiritismo. (Leia sobre
o assunto o cap. XIV, item
2, de A Gênese, de Allan
Kardec.)
Aprendemos na doutrina
espírita que os fluidos têm
sobre o perispírito uma ação
tanto mais direta quanto por
sua expansão e irradiação
este se confunde com
aqueles. Reagem sobre o
perispírito e este, por sua
vez, reage sobre o organismo
físico ao qual está ligado
molecularmente. Se esses
eflúvios forem de boa
natureza, o corpo recebe uma
salutar impressão. É o que
ocorre nos passes benéficos.
O fluido perispiritual é,
ademais, o agente de todos
os fenômenos espíritas;
esses fenômenos não podem
operar-se senão pela ação
recíproca dos fluidos
emitidos pelo médium e pelo
Espírito.
Voltemos então à pergunta
inicial: O fluido
perispiritual pode ser visto
pelo homem?
Em condições normais, não,
porque ele é imponderável,
como a luz, a eletricidade e
o calor. É, portanto,
invisível para nós, no
estado normal, e não se
revela senão pelos seus
efeitos.
Ele pode, contudo, tornar-se
visível à pessoa que se
encontre no estado de
sonambulismo lúcido, e mesmo
no estado de vigília para as
pessoas dotadas de dupla
vista ou vidência.
No estado de emissão – diz
Kardec – ele se apresenta
sob a forma de faíscas
luminosas, bastante
semelhantes à luz elétrica
difusa no vazio. No estado
ordinário, apresenta cores
diversas segundo os
indivíduos de onde emana;
ora de um vermelho fraco,
ora azulado ou acinzentado,
como uma bruma leve; o mais
das vezes, espalha sobre os
corpos vizinhos uma nuvem
amarelada, mais ou menos
pronunciada. As narrações
dos sonâmbulos e dos
videntes são idênticas sobre
essa questão.
Sobre o assunto podem ser
colhidas outras informações
no capítulo “Introdução ao
estudo da fotografia e da
telegrafia do pensamento”
constante do livro Obras
Póstumas, de Allan
Kardec.
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