O cristão, sem a prática
da caridade, a Deus não
ama
de verdade
Há muita gente que pensa
que ser cristão é estar
muito presente na
igreja, no templo ou no
centro espírita, ficar
dando tapinhas nas
costas dos líderes
religiosos, e concordar
com tudo que eles
ensinam, como se eles
fossem infalíveis,
quando nem Jesus sabe
tudo (Mateus 24: 36).
Isso é, pois, um grande
engano.
Quando o Nazareno disse
(Mateus 25: 40): O que
fizerdes a um desses
pequeninos – pequeninos
aqui são os maiores
pecadores –, foi a mim
que fizestes, Ele quis
mostrar que, como Ele
nos ama de fato no mesmo
grau com que Ele ama a
si próprio, qualquer mal
praticado contra alguém
se torna também, pois,
um mal contra Ele mesmo.
A mensagem evangélica é
realmente de amor a Deus
sobre todas as coisas e
ao próximo como a si
mesmo. Por isso, a
caridade é a mais
importante das três
virtudes teologais, fé,
esperança e caridade, a
única que dura para
sempre (1 Coríntios,
13:13). E, certa vez,
disse o Excelso: “Se,
pois, ao trazeres ao
altar a tua oferta, ali
te lembrares de que teu
irmão tem alguma coisa
contra ti, deixa-a
perante o altar, vai
primeiro reconciliar-te
com teu irmão; e, então,
voltando, faze a tua
oferta” (São Mateus, 5:
23 e 24).
Nessa passagem, Jesus
nos ensina que nós
devemos reconciliar-nos
com o nosso adversário
enquanto estamos a
caminho com ele, ou
seja, na mesma
reencarnação, pois, se
assim não agirmos,
seremos colocados no
cárcere, isto é,
entregues à lei de causa
e efeito ou do carma, e
não seremos livres
enquanto não pagarmos
tudo até o último
centavo, o que demonstra
que somos nós mesmos que
pagamos os nossos
pecados, e que as penas
não são sempiternas. É
mais importante, pois,
estarmos bem com o nosso
semelhante do que
fazermos ofertas a Deus,
que não precisa de
nenhuma oferta nossa,
mas nós precisamos estar
em paz e harmonia com os
nossos semelhantes, sem
o que não podemos ser
felizes e ter desperto
em nós o reino de Deus.
Também João, na sua
Primeira Carta, ensina:
“Se alguém disser: Amo a
Deus, e odiar a seu
irmão, é mentiroso; pois
aquele que não ama a seu
irmão, a quem vê, não
pode amar a Deus, a quem
não vê” (1 João, 4: 20).
E muito bem inspirado
por Espíritos santos,
disse Kardec: “Fora da
caridade não há
salvação”. E caridade é
a prática do amor.
Alguns pastores, mal
informados ou querendo
afastar seus fiéis dos
meios espíritas, ensinam
para seus fiéis que os
espíritas estão perdendo
o seu tempo fazendo
obras de caridade, pois
diz Paulo que “obras da
lei não salvam ninguém”.
Acontece que essas obras
da lei são as mosaicas,
num total de 613,
prescritas por Moisés.
Exemplos: a circuncisão,
guardar os sábados,
lavar as mãos antes das
refeições. Mas vejamos o
que ensina o próprio
Paulo: “Ainda que eu
tenha o dom de
profetizar e reconheça
todos os mistérios e
toda a ciência; ainda
que eu tenha tamanha fé
ao ponto de transportar
montes, se não tiver
amor, nada serei” (1
Coríntios, 13: 2).
E reiteramos o que já
foi dito, ou seja, que a
caridade é a prática do
amor!