Continuamos
o estudo
metódico e sequencial do
clássico "No Invisível",
de Léon Denis, cujo
título no original
francês é
Dans l'Invisible.
Questões preliminares
A. A fé e
a vontade são fatores
importantes na terapia
por meio da imposição
das mãos?
Sim. A fé
vivaz, a vontade, a
prece e a evocação dos
poderes superiores
amparam o operador e o
sensitivo. Quando ambos
se acham unidos pelo
pensamento e pelo
coração, a ação curativa
é mais intensa. A
vontade de aliviar ou de
curar comunica ao fluido
magnético propriedades
curativas. Um homem bom
e sadio pode atuar sobre
os seres débeis e
enfermiços, regenerá-los
por meio de sopro, pela
imposição das mãos e
mesmo por meio de
objetos impregnados da
sua energia.
(No Invisível - O
Espiritismo
experimental: Os fatos -
XV - A força psíquica -
Os fluidos - O
magnetismo.)
B. É
verdade que o magnetismo
não se limita à ação
terapêutica?
Sim, é
verdade. O magnetismo
tem um alcance muito
maior. É um poder que
desata os laços
constritores da alma e
descerra as portas do
mundo invisível; é uma
força que em nós dormita
e que, utilizada,
valorizada por uma
preparação gradual, por
uma vontade enérgica e
persistente, nos
desprende do pesadume(1)
carnal, nos emancipa das
leis do tempo e do
espaço, nos dá poder
sobre a Natureza e sobre
as criaturas. O sono
magnético tem diversas
graduações, que se
desdobram e vão do sono
ligeiro até ao êxtase e
ao transe.
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental: Os fatos -
XV - A força psíquica -
Os fluidos - O
magnetismo.)
C. Como e
onde se iniciou a
história do moderno
Espiritualismo?
Ela
começou por um caso de
natureza mal-assombrada:
as manifestações na casa
da família Fox, em
Hydesville, Estados
Unidos, no início do ano
de 1848. Mediante
pancadas nas paredes –
sendo cada letra do
alfabeto designada por
um número correspondente
de pancadas –, a
Inteligência que assim
se comunicava afirmou
ter vivido na Terra.
Soletrou seu nome,
indicou sua profissão de
mascate e entrou em
muitas particularidades
acerca do seu fim
trágico,
particularidades
ignoradas de todos e
cuja exatidão foi
reconhecida mais tarde.
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental: Os fatos -
XVI - Fenômenos
espontâneos - Casas
mal-assombradas –
Tiptologia.)
Texto
para leitura
608. A vontade de
aliviar ou de curar
comunica ao fluido
magnético propriedades
curativas. O remédio
para os nossos males
está em nós. Um homem
bom e sadio pode atuar
sobre os seres débeis e
enfermiços, regenerá-los
por meio de sopro, pela
imposição das mãos e
mesmo mediante objetos
impregnados da sua
energia. Opera-se mais
frequentemente por meio
de gestos, denominados
passes, rápidos ou
lentos, longitudinais ou
transversais, conforme o
efeito, calmante ou
excitante, que se quer
produzir nos doentes.
Esse tratamento deve ser
seguido com regularidade
e as sessões renovadas
todos os dias até a cura
completa.
609. Pode assim a
pessoa, pela
automagnetização,
tratar-se a si mesma,
descarregando com o
auxílio de passes ou de
fricções os órgãos
enfraquecidos e
impregnando-os das
correntes de força
desprendidas das mãos.
610. A fé vivaz, a
vontade, a prece e a
evocação dos poderes
superiores amparam o
operador e o sensitivo.
Quando ambos se acham
unidos pelo pensamento e
pelo coração, a ação
curativa é mais intensa.
611. A exaltação da fé,
que provoca uma espécie
de dilatação do ser
psíquico e o torna mais
acessível aos influxos
do Alto, permite admitir
e explicar certas curas
extraordinárias operadas
nos lugares de
peregrinação e nos
santuários religiosos.
Esses casos de curas são
numerosos e baseados em
testemunhos muito
importantes para que se
possa a todos pôr em
dúvida. Não são
peculiares a tal ou tal
religião: encontram-se
indistintamente nos mais
diversos meios:
católicos, muçulmanos,
hindus etc.
612. Livre de todo
acessório teatral, de
todo móvel interesseiro,
praticado com o fim de
caridade, o magnetismo
vem a ser a medicina dos
humildes e dos crentes,
do pai de família, da
mãe para seus filhos, de
quantos sabem
verdadeiramente amar.
Sua aplicação está ao
alcance dos mais
simples. Não exige senão
a confiança em si, a fé
no Poder Infinito que
por toda parte faz
irradiar a vida e a
força. Como o Cristo e
os apóstolos, como os
santos, os profetas e os
magos, todos nós podemos
impor as mãos e curar,
se temos amor aos nossos
semelhantes e o desejo
ardente de os aliviar.
613. Quando o paciente
se acha adormecido sob a
influência magnética e
parece oferecer-se à
sugestão, não a
empregueis senão com
palavras de doçura e de
bondade. Persuadi, em
lugar de intimar. Em
todos os casos,
recolhei-vos em
silêncio, sozinho com o
paciente, e apelai para
os Espíritos benfazejos
que pairam sobre as
dores humanas. Então
sentireis descer do Alto
sobre vós e propagar-se
ao sensitivo o poderoso
influxo. Uma onda
regeneradora penetrará
por si mesma até à causa
do mal; e demorando,
renovando semelhante
ação, tereis contribuído
para aligeirar o fardo
das misérias terrestres.
614. Quando se observa o
grande poder do
magnetismo curativo e os
serviços que já tem
prestado à Humanidade,
sente-se que nunca seria
demasiado protestar
contra as tendências dos
poderes públicos, em
certos países, no
sentido de lhe embaraçar
o livre exercício. Assim
procedendo, eles violam
os mais respeitáveis
princípios, calcam aos
pés os sagrados direitos
do sofrimento. O
magnetismo é um dom da
Natureza e de Deus.
Regular-lhe o uso,
coibir os abusos, é
justo. Impedir, porém, a
sua aplicação seria
usurpar a ação divina,
atentar contra a
liberdade e o progresso
da Ciência e fazer obra
de obscurantismo.
615. O
magnetismo não se
limita, unicamente à
ação terapêutica; tem um
alcance muito maior. É
um poder que desata os
laços constritores da
alma e descerra as
portas do mundo
invisível; é uma força
que em nós dormita e
que, utilizada,
valorizada por uma
preparação gradual, por
uma vontade enérgica e
persistente, nos
desprende do pesadume(1)
carnal, nos emancipa das
leis do tempo e do
espaço, nos dá poder
sobre a Natureza e sobre
as criaturas.
616. O sono magnético
tem diversas graduações,
que se desdobram e vão
do sono ligeiro até ao
êxtase e ao transe. O
coronel De Rochas
considera os três
primeiros graus como
superficiais e
constitutivos da
hipnose. A sugestão é
aplicável a esses
estados; desde que,
porém, aos processos
hipnóticos se
acrescentam os dos
magnetizadores,
fenômenos superiores se
apresentam: catalepsia,
sonambulismo, transe. No
primeiro caso,
verifica-se o estado
favorável às
manifestações espíritas:
materializações de
Espíritos, aparições de
clarões, mãos, fantasmas
etc.; no segundo,
apresenta-se a lucidez,
o estado de
clarividência, que
permite ao médium guiar
o magnetizador em sua
ação curativa,
descrevendo a natureza
das enfermidades,
indicando remédios etc.
617. Nos estados
superiores do
sonambulismo, o
sensitivo escapa à ação
do magnetizador e
readquire sua liberdade
própria, sua vida
espiritual. Quanto mais
se acentua o
desprendimento do corpo
fluídico, mais inerte se
torna o corpo físico, em
um estado semelhante ao
da morte. Ao mesmo
tempo, os pensamentos,
as sensações se apuram,
a repulsa à vida
terrestre se manifesta.
A volta ao organismo
provoca cenas
pungitivas, acessos de
lágrimas, amargos
queixumes.
618. O mundo dos
fluidos, mais que
qualquer outro, está
submetido às leis da
atração. Pela vontade,
atraímos forças boas ou
más, em harmonia com os
nossos pensamentos e
sentimentos. Delas se
pode fazer uso
formidável; mas aquele
que se serve do poder
magnético para o mal,
cedo ou tarde o vê
contra si próprio
voltar-se. A influência
perniciosa exercida
sobre os outros, em
forma de sortilégios, de
feitiçaria, de enguiço,
recai fatalmente sobre
aquele que a engendrou.
619. Em hipnotismo, como
em magnetismo, se o
operador não tem
intenções puras, caráter
reto, a experimentação
será arriscada tanto
para ele quanto para o
sensitivo. Não
penetreis, pois, nesse
domínio sem a pureza de
coração e a caridade.
Nunca ponhais em ação as
forças magnéticas, sem
lhes acrescentar o
impulso da prece e um
pensamento de amor
sincero por vossos
semelhantes. Assim
procedendo,
estabelecereis a
harmonia de vossos
fluidos com o dinamismo
divino e tornareis sua
ação mais profunda e
eficaz.
620. Pelo magnetismo
transcendente – o dos
grandes terapeutas e dos
iniciados – o pensamento
se ilumina; sob o
influxo do Alto os
nossos sentimentos se
exaltam; uma sensação de
calma, de vigor, de
serenidade nos penetra;
a alma sente, pouco a
pouco, dissiparem-se
todas as mesquinhas
subalternidades do “eu”
humano e surgirem os
aspectos superiores de
sua natureza. Ao mesmo
tempo em que aprende a
esquecer-se de si, em
benefício e para
salvação dos outros,
sente despertarem-se-lhe
novas e desconhecidas
energias.
621. Possa o magnetismo
benfazejo desenvolver-se
na Terra, pelas
aspirações generosas e
pela elevação das almas!
Tenhamos bem presente
que toda ideia contém no
estado potencial sua
realização, e saibamos
comunicar a nossas
vibrações fluídicas a
irradiação de nobres e
elevados pensamentos.
Que uma vigorosa
corrente ligue entre si
as almas terrestres e as
vincule a suas irmãs
mais velhas do Espaço!
Então as maléficas
influências, que
retardam a marcha e o
progresso da Humanidade,
se dispersarão sob os
influxos do espírito de
amor e sacrifício.
622. XVI - Fenômenos
espontâneos - Casas
mal-assombradas –
Tiptologia – Logo
que se esflora o estudo
das manifestações
espíritas, uma primeira
necessidade se impõe: a
de uma classificação
metódica e rigorosa. Ao
primeiro aspecto, a
massa dos fatos é
considerável e apresenta
uma certa confusão.
Acompanhando o
desenvolvimento do
moderno Espiritualismo,
há meio século,
reconhecemos que esses
fatos se têm graduado,
desdobrado em série,
obedecendo a um programa
traçado, a um método
preciso, de modo a pôr
cada vez mais em
evidência a causa que os
produzia.
623. Vaga e confusa a
princípio, nos fenômenos
das casas
mal-assombradas, a
personalidade oculta
começa a afirmar-se na
tiptologia e depois na
escrita; adquire
caracteres determinados
na incorporação
mediúnica e torna-se
visível e tangível nas
materializações. Nessa
ordem é que se têm
desenvolvido os fatos,
multiplicando-se
progressivamente, de
modo a atrair a atenção
dos indiferentes, a
forçar a opinião dos
cépticos e a demonstrar
a todos a sobrevivência
da alma humana.
624. Essa ordem, a que
se poderia chamar
histórica, é a que por
nossa parte adotaremos
em nosso estudo dos
fenômenos espíritas.
Poder-se-ia igualmente
dividir este em duas
categorias: os fatos de
natureza física e os
fatos intelectuais. Nos
primeiros, o médium
desempenha papel
passivo; é o foco de
emissão, de que emanam
os fluidos e as energias
com cujo concurso os
invisíveis atuarão sobre
a matéria e manifestarão
sua presença. Nos outros
fenômenos o médium
exerce função mais
importante. É ele o
agente transmissor dos
pensamentos do Espírito;
e, como vimos
precedentemente, seu
estado psíquico, suas
aptidões, seus
conhecimentos, influem,
às vezes, de modo
sensível nas
comunicações obtidas.
625. A história do
moderno Espiritualismo
começou por um caso de
natureza mal-assombrada.
As manifestações na casa
de Hydesville, assim
visitada, em 1848, e as
tribulações da família
Fox, que nela residia,
são bem conhecidas.
Recordá-las-emos apenas
em um breve resumo.
626. Todas as noites,
uma Inteligência
invisível acusava estar
presente por meio de
ruídos violentos e
contínuos, abrindo e
fechando as portas,
arrastando os móveis,
arrebatando as roupas
das camas. Mãos frias e
rudes agarravam as
Srtas. Fox e o soalho
oscilava sob uma ação
desconhecida.
627. Mediante pancadas
nas paredes – sendo cada
letra do alfabeto
designada por um número
correspondente de
pancadas –, essa
Inteligência afirmou ter
vivido na Terra.
Soletrou seu nome,
Carlos Rosma, indicou
sua profissão de mascate
e entrou em muitas
particularidades acerca
do seu fim trágico,
particularidades
ignoradas de todos e
cuja exatidão foi
reconhecida pela
descoberta de ossadas
humanas na adega,
precisamente no lugar
indicado pelo Espírito
como o do enterramento
do seu cadáver, após o
assassínio. Essas
ossadas achavam-se
misturadas com resíduos
de carvão e cal, que
demonstravam a evidente
intenção de fazer
desaparecer todo
vestígio desse
misterioso
acontecimento.
628. Afluíram os
curiosos; a casa
tornou-se insuficiente
para conter a multidão,
vinda de todas as
partes. Ocasião houve em
que se reuniram
quinhentas pessoas para
ouvirem os ruídos. Foi
por essa manifestação,
tão nova e tão estranha
para aqueles que a
testemunharam, numa
humilde casa de uma
pobre vila do Estado de
Nova Iorque, em presença
de pessoas da mais
modesta condição, que o
segredo da morte foi
divulgado por um ser
invisível, no silêncio
da noite. Pela primeira
vez, nos tempos
modernos, um pouco de
claridade penetrou por
sob a porta que separa o
mundo dos vivos do mundo
dos desencarnados.
629. Por sua natureza
espontânea, inesperada,
pelas comovedoras
circunstâncias que a
rodeiam, essa
manifestação escapa a
todas as explicações e
teorias que se têm
procurado opor ao
Espiritismo. A sugestão,
do mesmo modo que a
alucinação e o
inconsciente, é
impotente para
explicá-la. A família
Fox era de uma
honorabilidade a toda
prova, ligada à Igreja
Episcopal Metodista,
cujos ofícios
frequentava com
regularidade. Educados
na mais estrita rotina
religiosa, todos os seus
membros ignoravam a
possibilidade de tais
fatos, a cujo respeito
se achavam absolutamente
desprevenidos.
630. Longe de obterem de
tais manifestações a
mínima vantagem, estas
foram para eles a causa
de desgostos e de
perseguições sem conta.
Com elas perderam a
saúde e o sossego. Sua
reputação e seus
recursos ficaram
destruídos. Apesar de
todos os esforços que
empregaram para os
evitar, e de uma partida
precipitada e mudança de
residência, os fenômenos
os perseguiram sem
tréguas, sendo tudo
inútil para escaparem à
ação dos Espíritos.
631. Às reiteradas
injunções dos
invisíveis, não houve
remédio senão tornar
públicas as
manifestações, afrontar
o palco do
Corinthian-Hall, em
Rochester, suportar os
humilhantes rigores de
muitas comissões de
exame e os insultos de
um público hostil, para
provar a possibilidade
das relações entre os
dois mundos, visível e
invisível.
632. Voltemos à casa
mal-assombrada de
Hydesville. Carlos Rosma
(ou Rosna) não era o
único a aí se
manifestar. Um grande
número de Espíritos de
todas as condições,
parentes ou amigos das
pessoas presentes,
intervinham, respondendo
por pancadas às
perguntas feitas,
soletrando seus nomes
próprios, fornecendo
indicações exatas e
inesperadas de sua
identidade, dando
explicações sobre os
fenômenos produzidos e o
modo de os obter,
explicações que tiveram
como resultado a
formação dos primeiros
círculos ou grupos, nos
quais os fatos foram
estudados e provocados
com o auxílio de
mesinhas, pranchetas e
outros objetos
materiais.
633. Os Espíritos
precursores declaravam
não agir por sua
iniciativa. Essas
manifestações, diziam
eles, eram o resultado
da vontade e da direção
dos Espíritos mais
elevados, filósofos e
sábios, executores, por
sua vez, de ordens
vindas de mais alto e
tendo por objetivo uma
vasta e importante
revelação que se devia
estender ao mundo
inteiro.
634. Com efeito, a
intervenção desses
Espíritos e, entre
outros, do Dr. Benjamin
Franklin, foi repetidas
vezes comprovada. Mais
tarde, nas sessões de
aparição de Estela
Livermore, em Nova
Iorque, esse mesmo
Benjamin Franklin se
tornou visível e foi
reconhecido por várias
pessoas.
635. Dentro em pouco as
manifestações se
multiplicaram e
propagaram. De cidade em
cidade, de Estado em
Estado, invadiram todo o
norte da América. O
poder mediúnico se
revelou num grande
número de pessoas e até
no seio de famílias
ricas, influentes, ao
abrigo de toda suspeita
de fraude.
636. Houve, sem dúvida,
no começo muita
incerteza e confusão.
Nem sempre os atores
invisíveis eram sérios:
Espíritos levianos e
atrasados se imiscuíam
nas sessões, ditando
comunicações pueris,
absurdas, e
permitindo-se toda sorte
de divagações e
excentricidades; mas
também se obtinham fatos
importantes, ditados de
real merecimento, como o
atestam o reverendo
Jervis, ministro
metodista de Rochester,
o Dr. Langworth, o
reverendo Ch. Hannon
etc.
637. Todos esses fatos
tiveram sua utilidade,
no sentido de ensinarem
a conhecer os diferentes
aspectos do mundo
invisível. Graças aos
erros e decepções, pôde
ser adquirida a
experiência das coisas
ocultas e pouco a pouco
se fez luz sobre as
condições da vida no
além-túmulo. O movimento
se tornou permanente e
simultâneo. Pode-se
dizer que o Espiritismo
não partiu de um ponto
fixo; brotou
espontaneamente de todos
os Estados da União,
independente da
iniciativa humana, e
prosseguiu sua rota,
apesar dos obstáculos de
toda ordem acumulados
pela ignorância e pelos
malévolos preconceitos.
638. Desde seu
aparecimento, porém,
sublevou contra si todos
os poderes constituídos,
todas as influências,
todas as autoridades
deste mundo, e por único
sustentáculo teve alguns
humildes servidores da
Verdade, pessoas na
maior parte obscuras,
mas que uma legião
invisível fortalecia e
amparava.
639. Nada mais tocante
que as exortações e
conselhos prodigalizados
às irmãs Fox por seus
Espíritos protetores,
conselhos sem os quais,
mocinhas tímidas e
assustadiças, jamais
teriam ousado arrostar,
com risco da própria
vida, um público
ameaçador, nem suportar
as cenas tumultuosas do
Corinthian-Hall.
640. As injúrias, as
calúnias, todos os
excessos de uma imprensa
em delírio tiveram
sobretudo como resultado
atrair a atenção pública
para esses fenômenos
estranhos e demonstrar
aos observadores sérios
que aí intervinham
causas independentes da
vontade do homem.
Delineado por mãos
poderosas e impalpáveis,
desdobrava-se um plano,
cuja realização nada
poderia embaraçar. (Continua
no próximo número.)
(1)
Pesadume: peso, carga,
carregamento; azedume,
acrimônia, aspereza.