ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo
(Brasil)
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Por que sou tão infeliz?
O fim de ano acentua a
tristeza e a melancolia
em muitas pessoas, nas
recordações de perdas
variadas coincidentes
com o período em outras
épocas ou com a saudade
dolorida de um ser
querido que já partiu.
Ou mesmo nas frustrações
e decepções que se
acumulam sob variadas
formas.
À costumeira pergunta
que explode no coração
deprimido que se
desencantou ou busca
razões para entender a
própria vida, permito-me
transcrever pequeno
trecho, ainda que
parcial, em treze itens:
1 – “(...) a felicidade
se encontra onde cada
qual coloca o coração
(...)”;
2 – “(...) se você situa
as aspirações no prazer
fugidio, no ouro
mentiroso e nas paixões
que ardem e se apagam
breve, a sua ausência
produz a desdita (...)”;
3 – “(...) se pensa em
paz de consciência,
retidão moral e dever
corretamente cumprido,
como metas de dignidade
e honradez, a ventura se
estabelecerá no coração
tranquilo (...)”;
4 – “(...) Quem deseja
usufruir sem merecer,
receber sem dar, colher
sem haver semeado é
obrigado a furtar e
converter-se em indigno
beneficiário da vida,
que lhe impõe recomeços
difíceis (...)”;
5 – “(...) Todos podemos
conseguir a felicidade
se soubermos e quisermos
bem conduzir nossas
aspirações (...)”;
6 – “(...) Muitos
desejariam um pomar
referto, um jardim de
messes. Por não
consegui-los,
desalentam-se,
esquecidos de que também
poderiam tornar-se um
arbusto verde ao caminho
pedregoso, adornando a
estrada adusta (...)”;
7 – “(...) Felicidade é
o bem que fazemos, não o
gozo que fruímos (...)”;
8 – “(...) A felicidade
não resulta do que se
tem e do que se frui,
mas do que se é e do que
se faz (...)”;
9 – “(...) Não nos
queixemos! A reclamação
reflete insatisfação
pelo que temos, a
traduzir a revolta de
que nos consideramos
defraudados e, em
consequência,
injustiçados por Deus
(...)”;
10 – “(...) Cada um
recebe, não como julga
merecer, (...), mas de
acordo com o que nos
seja melhor para o
bem-estar real (...)”;
11 – “(...) Não se
lamente mais e saia do
egoísmo vexatório,
insatisfeito, fator de
sua inquietação,
aprendendo a descortinar
belezas e esperanças
(...)”;
12 – “(...) se fecharmos
a janela, campeiam as
sombras neste recinto.
Se as abrirmos, reinará
a claridade (...)”;
13 – “(...) A forma como
se encontrarem as
janelas das nossas
intenções espirituais,
morais e mentais, dirá
do que preferimos: luz
ou sombra, alegria ou
dissabor (...)”.
Os itens transcritos
estão no capítulo 19 do
livro Tramas do
Destino, de Manoel
Philomeno de Miranda,
por Divaldo Pereira
Franco. Eles fazem parte
da longa e notável
resposta à pergunta de
um dos personagens da
bela história.
Abstenho-me de resumir a
história para não tornar
longa a presente
abordagem, indicando o
excelente livro ao
leitor. O leitor
encontrará com
facilidade referida
obra, que foi lançada em
1981 e possivelmente
deva estar disponível na
NET, pois não cheguei a
pesquisar esse detalhe.
Notará o leitor que cada
item é material de farta
reflexão. Pensando nos
abatidos pela melancolia
e, agora, diante do ano
novo, sempre é tempo de
renovar os pensamentos e
alterar os modelos de
comportamento. Se algo
não vai bem, isso indica
necessidade de mudança.
O extraordinário
capítulo é fonte de
ampla orientação e
motivação extensa para a
alegria de viver, com
gratidão e disposição
para agir corretamente.
Esforcemo-nos, pois,
pelas mudanças que se
fazem essenciais.