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Educando para a vida,
meta do Lar Escola
Alvorada Nova
Em
funcionamento desde
2008 na cidade
paulista de
Igarapava, o Lar
Escola atende
atualmente cerca de
150 crianças
Em
Igarapava,
no
interior
paulista, o
Lar Escola
Alvorada
Nova atua em
favor |
da educação infantojuvenil. Seu
idealizador, José
Eurípedes Garcia
(foto), é
aposentado e natural
da mesma cidade.
Tendo residido no
Uruguai e Colômbia,
em 2003 retornou
para a cidade com a
esposa para
implantação
definitiva de um
velho ideal.(1)
Diretor do Centro
Espírita Luz e
Caridade e da
Juventude Espírita
Eurípedes Barsanulfo
e colaborador da
conhecida publicação
Anuário Espírita,
editado pelo
IDE-Araras, José
Eurípedes já visitou
vários países da
América Latina para
atividades de
divulgação espírita
por meio de
palestras
doutrinárias.
|
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Quanto ao Lar Escola
Alvorada Nova, é
possível conhecer um
pouco dessa história
educativa, que
atende quase
150 crianças,
assistindo ao vídeo
institucional no
endereço
http://vimeo.com/40947189
e também a um
pequeno videoclipe
no endereço
http://www.youtube.com/watch?v=k2do5fZRLs4
/. O telefone da
instituição é
(16) 3172-2576.
Histórico
A criação de um
orfanato fazia parte
dos projetos de
Juventude Espírita
Eurípedes Barsanulfo
nos anos 1950/60.
Seria um orfanato
para meninas, nos
moldes da época, uma
casa grande onde
seriam abrigadas
crianças órfãs. Com
o passar dos anos
essa ideia
praticamente foi
olvidada.
Quando ainda
solteiro, José
Eurípedes e sua
namorada (depois
noiva e esposa)
sempre conversavam
sobre o final de sua
atual existência e
projetavam para
ambos que, quando
terminasse a tarefa
profissional, eles
se dedicariam a uma
obra social
vinculada ao
atendimento de
crianças carentes.
Como sua vida era
nômade, mudavam com
frequência de
cidade. No início da
década de 1990,
ficou decidido então
em que lugar o
projeto seria
implantado. E
resolveram que seria
em Igarapava-SP, sua
terra natal, embora
nessa época
residissem em
Bogotá, na Colômbia.
Em 1992 compraram
uma área em
Igarapava, que
serviria para
implantação do
projeto, e desde
então começaram a
investir seus
recursos para a
montagem de uma
infraestrutura que
permitisse implantar
um projeto
autossuficiente.
Naquela época
pensavam na
construção de várias
casas-lares.
Em 2003 o casal
mudou-se
definitivamente para
Igarapava a fim de
implantar o projeto.
Mudança de rumo:
surge o Lar Escola
Em 2004, quando
lançaram a pedra
fundamental para
início das obras,
estiveram com
Divaldo Franco, com
o objetivo de colher
dele sua experiência
com esse tipo de
atividade. Ele lhe
falou sobre a
mudança de rumo da
Mansão do Caminho e
disse que Joanna de
Ângelis o havia
orientado para que
transformasse as
atividades da Mansão
do Caminho em uma
Escola. No final,
respeitando o
livre-arbítrio do
casal, Divaldo
sugeriu-lhes a
mudança de rumo do
projeto.
Surgiu assim a ideia
do Lar Escola
Alvorada Nova,
porque, depois dessa
conversa, José e
esposa decidiram
montar uma Escola,
porém em moldes
diferentes; ademais
- assim pensaram -
se nas “casas-lares”
seriam atendidas 150
crianças, na Escola
poderiam, ao longo
do tempo, ser
atendidas milhares
de crianças.
Foi então que em
2008 começou a
funcionar o Lar
Escola Alvorada
Nova, que atendeu já
naquele ano 35
crianças.
A Escola Alvorada
Nova é um projeto
inovador, porque as
crianças se
matriculam, de
preferência, no
berçário, com uma
idade que varia de 6
a 18 meses, e
anualmente a Escola
se amplia
construindo uma nova
sala de aula para
mais 20 alunos.
Atualmente, pouco
mais de cinco anos
depois, a Escola tem
8 salas de aula e
atende 148 alunos,
do berçário ao 3º
ano do Ensino
Fundamental, um
número que será
aumentado em 2014,
quando a Escola
atenderá até o
quarto ano. “Se Deus
nos permite – diz
José Eurípedes –,
iremos crescendo
anualmente uma sala,
sucessivamente, até
chegar ao final do
ensino médio.”
Com esse método, as
crianças permanecem
na instituição cerca
de 17/18 anos, um
tempo suficiente
para moldar sua
personalidade. É por
isso que o slogan do
Lar Escola Alvorada
Nova é Educando
para a vida, e
essa é, em verdade,
sua principal meta.
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Como funciona o Lar
Escola
As crianças chegam à
Escola às 7 horas da
manhã e retornam às
suas casas às 17
horas. Na Escola,
além do currículo
normal de uma
instituição de
ensino, são cuidadas
e alimentadas, com 3
refeições diárias.
Além das aulas
normais recebem
cursos de música,
inglês, informática,
artesanato, artes
plásticas, educação
física e aula de
valores morais (um
nome que a Escola
adotou para não
dizer
evangelização).
A chegada à Escola
tem que ser uma
festa, uma alegria,
muita música,
beijos, abraços,
oração coletiva,
para que o clima
seja diferenciado.
Uma vez por mês
realiza-se uma festa
comemorativa dos
aniversários dos
alunos, e ao longo
do ano a Escola
promove festa
junina, pescaria na
chegada da
primavera, festas
cívicas, todas as
segundas-feiras é
hasteada a bandeira,
canta-se o Hino
Nacional e tudo o
mais que geralmente
ocorre numa escola
pública.
A Escola realiza um
trabalho com as
famílias, fazendo
visitas domiciliares
e organizando uma
reunião mensal com
os pais, na qual se
procura introduzir
novos conceitos de
família. Às famílias
muito necessitadas é
oferecida também
assistência material
pela Entidade
Mantenedora.
A questão financeira
Como ocorre com
todas as
instituições
filantrópicas, a
questão financeira é
a grande dificuldade
do projeto. A Escola
tem atualmente mais
de 30 funcionários
remunerados e, por
isso, a despesa
corrente é muito
grande.
Para fazer frente
aos gastos, a
entidade firmou um
convênio com o
Fundeb para repasse
de recursos, o qual
supre
aproximadamente 60%
dos gastos. O
restante é coberto
com a realização de
jantares e outras
atividades com o
objetivo de angariar
fundos, além de uma
campanha pelos
Cupons Fiscais
previstos na
legislação paulista.
A Escola conta ainda
com a contribuição
de pessoas físicas e
jurídicas e com
recursos financeiros
oriundos de uma loja
comercial situada em
ponto central da
cidade cujo lucro
reverte em benefício
da instituição.
(1)
Para saber mais
sobre o confrade
José Eurípedes
Garcia, leia a
entrevista publicada
na edição n. 155
desta revista. Eis o
link -
http://www.oconsolador.com.br/ano4/155/entrevista.html
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