WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, SP (Brasil)
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Quando o cônjuge
morre, o outro
tem o direito de
refazer sua vida
sentimental?
Dia desses
recebi e-mail de
um jovem, que
assim dizia:
“Minha mãe
morreu há 2
anos, meu pai,
que ainda é
jovem, está de
paquera com uma
moça... Mas e
minha mãe? E o
que eles
viveram? Então
ele não a
amava?”
Respondi-lhe:
Meu caro amigo,
não se aflija
por isso, o
lugar de sua mãe
no coração de
seu pai é
cativo. A
história que
viveram é deles,
somente deles...
O coração é
elástico,
quanto mais se
ama mais cabe
amor. Não é o
fato de ele
querer refazer a
vida sentimental
que o fará se
esquecer de sua
mãe. Não se
preocupe com
isso. Ademais,
ele tem todo o
direito de
buscar a
felicidade e não
nos cabe podar
as iniciativas
dos outros que
querem encontrar
seu lugar ao
sol. Sejamos
benevolentes e
apoiemos as
pessoas em busca
de sua
felicidade.
Abençoe seu pai
e seu novo
relacionamento.
Vou lhe
confessar algo:
Também passei
por isso. Minha
mãe se foi e meu
pai arrumou
outra
companheira. Foi
a melhor coisa
que aconteceu.
Pessoa de ótimo
caráter trouxe
outra família
para brindar a
vida com a
nossa. Pense
nisso e seja
feliz...
O Espiritismo
trata com muita
propriedade dos
temas que
inquietam o
coração das
pessoas. Basta
que o estudemos
para constatar
que ele pode,
realmente,
responder a
várias
indagações da
alma.
Ele nos mostra
que ninguém é de
ninguém, que
somos Espíritos
em evolução e em
busca da
felicidade.
Sabedores de que
o Espírito não
morre e continua
sua jornada na
vida
além-túmulo,
naturalmente não
morre o amor que
sentimos pelos
outros e os
outros por nós.
Em assim sendo,
é razoável
refletir que
quando algum
ente querido
deixa este plano
é perfeitamente
aceitável que
não cultivemos o
sofrimento
contínuo e nos
abramos para um
amor que poderá
surgir.
Caso surja,
vamos vivê-lo.
Por que não?
Até porque a
ideia de metade
eterna é
fantasia e não
estamos fadados
a viver com
alguém pela
eternidade.
Já tivemos,
pelas inúmeras
andanças,
inúmeros
companheiros e
companheiras de
jornada e o fato
de termos nos
relacionado com
outros não apaga
a nossa história
com quem quer
que seja.
Sim, somos seres
que têm uma
história!
E, por isso,
quem nos ama
deverá nos
respeitar;
respeitar nossas
escolhas e
querer nos ver
bem e feliz.
Ilustrativa é a
história do
Espírito de
André Luiz que,
no plano dos
Espíritos, ao
saber que sua
ex-companheira
consumara
matrimônio,
sente uma ponta
de ciúmes, mas
depois reflete e
percebe que o
amor é
sentimento que
não pode
conhecer
exclusividade.
Reconhece-se o
verdadeiro
espírita pelos
esforços que faz
para domar suas
más inclinações.
Foi o que fez
André Luiz:
controlou-se.
A vida na Terra
já não é
“bolinho”. Se
formos nos
preocupar em
podar a
felicidade dos
outros e querer
anular a vida
alheia porque a
morte do corpo
físico visitou
nossa família,
iremos complicar
ainda mais a
situação.
Vida mais leve,
mais tranquila,
certeza na
imortalidade,
menos cobrança e
fé no futuro...
Isso o
Espiritismo nos
ensina, por isso
é uma doutrina
consoladora, e
cabe-nos
divulgá-la
sempre...
Pensemos nisso.