Continuamos
o estudo
metódico e sequencial do
clássico "No Invisível",
de Léon Denis, cujo
título no original
francês é
Dans l'Invisible.
Questões preliminares
A. Qual
foi a mais extensa
comunicação escrita em
ardósia?
Foi a
comunicação que o Sr.
Robert Dale Owen,
redator do “Golden Gate”,
obteve no dia 24 de
dezembro de 1892 com o
concurso do médium
Evans. Estendia-se ela
por catorze ardósias
duplas, amarradas e
lacradas, que ficaram
inteiramente escritas
num quarto de hora, e
compunha-se de um milhar
de palavras. Na mesma
época um outro
jornalista, redator do “Light”,
obteve, pelo mesmo
processo, uma mensagem
de seu falecido pai, em
dez cores diferentes.
Cada linha da
comunicação é de uma cor
distinta, não escrita ou
pintada, mas como
precipitada, por meios
que escapam à análise.
(No Invisível - O
Espiritismo
experimental: Os fatos -
XVIII - Escrita direta.
Escrita mediúnica.)
B.
Admitindo-se, como
pretendem alguns
cientistas, que o autor
da comunicação seja o
inconsciente ou
subconsciente do
sensitivo, por que
insiste ele em declarar
ser o Espírito de alguém
que morreu?
Essa
pergunta, formulada por
Léon Denis, é dirigida
aos que negam que as
comunicações tenham por
autoria os Espíritos. O
inconsciente, ou
subconsciente, não é um
ser, mas simplesmente um
estado do ser. Seria
incapaz de por si mesmo
produzir as variadas
manifestações
mencionadas nesta obra:
comunicações
inteligentes, por
pancadas ou escritas,
com ou sem lápis ou por
meio de cores
precipitadas, e todos os
fenômenos que constituem
o objeto de tais
estudos. Além disso, por
que esses inconscientes
ocultos em nós seriam
unânimes em declarar
serem Espíritos de
mortos? Qual o motivo
que induziria o Espírito
desprendido do médium,
tanto como o
inconsciente, a
identificar-se como o
Espírito de um outro
homem falecido?
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental:
Os fatos - XVIII -
Escrita direta. Escrita
mediúnica.)
C.
Podemos dizer que a
teoria espírita é a
única que se adapta à
imensa maioria dos
fatos?
Sim.
Todas as explicações que
se tem procurado dar do
conjunto das
manifestações, excluindo
a intervenção dos
Espíritos, não resistem
à imponência dos fatos
acumulados, nem aos
processos de uma crítica
severa e de um rigoroso
exame. A teoria espírita
é a única que explica a
imensa maioria dos
fatos. E ela apresenta
duas vantagens
incontestáveis: a de
explicar tudo com o
auxílio de princípios
simples, claros,
facilmente
compreensíveis, e esta
outra, não menos
importante: não ter sido
concebida por
experimentadores
benévolos, mas ser
constante e
invariavelmente
formulada pela causa
inteligente das
manifestações.
(Obra citada - O
Espiritismo
experimental:
Os fatos - XVIII -
Escrita direta. Escrita
mediúnica.)
Texto para leitura
731. O
reverendo J. Savage,
pregador de nomeada,
cita o
testemunho de um seu
amigo, rabino judeu,
céptico acerca da
possibilidade de
comunicar com um outro
mundo: “Tinha ele ido
ver um médium de
Chicago, munido de um
bilhete que dirigira a
seu pai, falecido alguns
anos antes na Alemanha,
e que redigira em
alemão, em caracteres
hebraicos, a fim de
impedir que o médium,
por um meio qualquer,
descobrisse do que
porventura se tratava.
Colocou o bilhete entre
duas ardósias, que
amarrou solidamente, e
prendeu-as a uma lâmpada
suspensa que havia acima
da mesa em que estavam
sentados. Foi nestas
condições que, ao abrir
as ardósias ao fim de um
instante, encontrou uma
resposta ao seu bilhete,
assinada por seu pai e
também escrita em alemão
com caracteres
hebraicos”.
732. Segundo ele, os
caracteres traçados na
ardósia eram tão
pequenos que só podiam
ser lidos com o auxílio
de uma lente de
fortíssimo grau. Os
caracteres diferiam,
conforme as entidades
que se comunicaram, e o
tipo de cada escrita se
conservava uniforme
durante todo o curso das
experiências, por longo
que fosse. As mensagens
revelaram a presença de
uma individualidade
consciente, que declarou
ter vivido na Terra, na
condição humana.
733. Certas mensagens,
obtidas em presença de
Slade, de Monck ou
Watkins, foram escritas
em grego antigo e
moderno, em espanhol,
português, russo, sueco,
holandês, alemão, árabe
e chinês. Ora, todas as
testemunhas atestam que
nem um nem outro desses
médiuns conheciam tais
línguas. Por isso mesmo
havia impossibilidade de
suspeitar de sua parte a
mínima fraude.
734. Robert Dale Owen,
experimentando com Slade,
tinha colocado sobre
seus próprios joelhos,
em plena luz, uma
ardósia coberta com uma
folha de papel. Uma mão
fluídica, semelhante à
de que fala William
Crookes, e vinda de sob
a mesa, apareceu e
traçou uma comunicação
nessa folha de papel: “A
mão se assemelhava em
tudo à de uma mulher, em
mármore, e tinha dedos
delicados. Destacava-se
visivelmente e terminava
em vapor ao nível do
punho. Começou a
escrever e continuou, à
minha vista, durante
dois ou três minutos. Em
seguida resvalou
docemente sob a mesa.
Cinco minutos depois,
uma segunda mão, menor
que a primeira, veio, a
seu turno, escrever e
desapareceu como a
precedente. A primeira
mensagem, em inglês,
estava assinada com o
nome da falecida mulher
do Dr. Slade; a última
estava escrita em
grego”.
735. A mais extensa
comunicação recebida em
ardósia é a que o Sr.
Owen, redator do “Golden
Gate”, obteve a 24 de
dezembro de 1892 com o
concurso do médium
Evans. Estendia-se ela
por catorze ardósias
duplas, amarradas e
lacradas, que ficaram
inteiramente escritas
num quarto de hora, e
compunha-se de um milhar
de palavras. Um outro
jornalista, redator do “Light”,
obteve, pelo mesmo
processo, uma mensagem
de seu falecido pai, em
dez cores diferentes. As
ardósias se conservaram
fechadas entre suas
mãos. Durante todo o
tempo da experiência,
conversava ele com o
médium e desviava-lhe a
atenção para vários
assuntos. Cada linha da
comunicação é de uma cor
distinta, não escrita ou
pintada, mas como
precipitada, por meios
que escapam à análise.
736. Na França, o Dr.
Paul Gibier estudou
muito particularmente o
fenômeno da escrita
direta. Em trinta e três
sessões, obteve ele em
Paris, no ano de 1886,
com o concurso do médium
Slade, mensagens, em
ardósias duplas e
fechadas, em diferentes
línguas, algumas das
quais desconhecidas do
médium. Encontra-se a
reprodução fotográfica
dessas mensagens na obra
do Dr. Gibier
“Espiritismo ou
Faquirismo Ocidental”.
Nessas experiências, o
médium punha
simplesmente a
extremidade dos dedos
sobre as ardósias para
transmitir a força
psíquica. Certa vez, as
ardósias lhe foram
colocadas sobre a
cabeça, à vista de
todos.
737. Ao Congresso
Espírita de Paris, em
1900, o professor
Moutonnier apresentou
ardósias em que estavam
escritas mensagens de
sua falecida filha. Essa
manifestação se havia
produzido na América, em
casa das irmãs Bangs. O
professor era
completamente
desconhecido nesse país
e ele não perdeu de
vista as ardósias, que
não sofreram o mínimo
contacto. A escrita é
idêntica à que na Terra
usava a Srta.
Moutonnier.
738. Os fenômenos de
escrita direta, posto
que frequentes, são
contudo excedidos em
número pelos da escrita
mediúnica. A faculdade
dos médiuns escreventes
é uma das mais
generalizadas e a que
apresenta os mais
variados aspectos. Tendo
parecido demasiado lento
a certos
experimentadores o
processo das
comunicações por meio de
pancadas, imaginaram
eles a construção de
aparelhos especiais,
como o quadrante ou a
prancheta de escrever, a
fim de facilitar as
manifestações. Algumas
pessoas tiveram a ideia
de se substituírem elas
próprias a qualquer
aparelho. Tomando de um
lápis, abandonaram-se ao
impulso exterior e
receberam comunicações,
de que não tinham
consciência, e que
parecia provirem de
Espíritos de pessoas
falecidas.
739. Não tardaram,
porém, a surgir
numerosas dificuldades.
Antes de tudo,
reconheceu-se que o
automatismo da mão que
escreve não constitui,
só por si, um fenômeno
espírita. As
experiências de Gurney e
Myers, na Inglaterra,
acerca da escrita dos
sonâmbulos acordados, as
dos Srs. Pierre Janet,
Ferré, Dr. Binet e
outros, na França,
demonstraram que se pode
provocar a escrita
automática num sensitivo
por meio da sugestão e
dar a esse fenômeno
todas as aparências da
mediunidade.
740. Sensitivos
hipnotizados recebiam
dos experimentadores
ordem de representar, ao
despertar, tal ou tal
personagem, escrever
ordens, ditados,
referentes ao papel que
lhes era imposto.
Tendo-se a sugestão
realizado exatamente,
sem a menor falha,
concluiu o Sr. Pierre
Janet, e com ele outros
sábios, que haviam
descoberto na ação
pós-hipnótica a
explicação de todos os
fenômenos de escrita
mediúnica. Os médiuns –
disseram eles – se
sugestionam a si mesmos,
ou então recebem uma
sugestão exterior.
741. Outros, como Taine
e o professor Flournoy,
atribuem as comunicações
à influência da
personalidade
secundária, isto é, de
um segundo “eu”
subconsciente, ou
“subliminal” que lhes
parece existir em nós,
que nos casos de
mediunidade se
substituiria à
personalidade normal,
para agir sobre o
pensamento e a mão do
sensitivo. A essas
dificuldades convém
acrescentar ainda a ação
telepática dos vivos, à
distância, e a
transmissão do
pensamento.
742. São credores do
nosso reconhecimento os
sábios que estudaram
esses complexos
problemas. Suas
pesquisas nos forneceram
preciosas indicações,
que permitem eliminar do
domínio das
investigações psíquicas
certas causas de erro.
Mas não poderíamos
aceitar suas conclusões,
tão exageradas em seu
exclusivismo como as dos
crentes propensos a ver
em todos os fenômenos a
intervenção dos seres do
outro mundo.
743. Determinadas as
causas do erro e
cuidadosamente separados
os fatos que a elas se
prendem, veremos que
resta um grande número
de manifestações
absolutamente
inexplicáveis pelas
teorias dos nossos
contraditores. Tais são
os ditados que encerram
ideias inteiramente
imprevistas, em oposição
às dos assistentes, e os
que são escritos em
línguas desconhecidas
dos médiuns. É preciso
recordar, além disso, as
comunicações obtidas por
crianças de tenra idade,
assim como as respostas
científicas e literárias
dadas a pessoas de modo
algum versadas em tais
matérias; os autógrafos
e as assinaturas de
pessoas falecidas,
reproduzidas
mecanicamente por
médiuns que jamais as
conheceram e que nenhum
escrito de seu punho
tinham visto. O mesmo se
aplica às comunicações
triviais e grosseiras,
obtidas em grupos
honestos, as quais
demonstram a intervenção
de uma Inteligência
estranha.
744. Convém notar que
não há verdadeira
correlação entre o
automatismo dos
sensitivos hipnotizados
e a ação do médium
escrevente. Este não
recebeu previamente
nenhuma influência
hipnótica; não foi
mergulhado no sono e
mantém-se na posse
completa de seu
livre-arbítrio e
vontade. Pode repelir,
se o quiser, as
inspirações que recebe e
recusar-se a toda
cooperação; ao passo que
o sensitivo hipnotizado
acha-se ainda, após o
despertar, sob o império
do sugestionador e
subordina sua vontade à
dele. Seria incapaz de
subtrair-se à sua ação,
enquanto que o médium
age de pleno e próprio
grado e empresta
voluntariamente o
cérebro e a mão, tendo
em vista os resultados
que se pretendem.
745. Eis ainda outra
consideração: o
sensitivo hipnotizado só
põe em prática a
sugestão no limite
restrito de suas
aptidões e de seus
conhecimentos normais.
Por esse motivo sua
linguagem e seus
escritos são sempre de
uma acabrunhadora
banalidade, inteiramente
destituídos das provas
de identidade e das
revelações espontâneas
que constituem todo o
mérito das comunicações
espirituais. Em vão se
há de sugerir a um
sensitivo sem instrução
que ele é escritor ou
poeta, pois nada
produzirá de original
nem de notável. O mesmo
não acontece aos
médiuns, cujos ditados
ultrapassam muitas vezes
a esfera do seu saber e
inteligência. Têm-se
visto mesmo comunicações
de grande alcance
escritas por crianças.
746. Nessa ordem de
fatos, é este o
critério: com a sugestão
hipnótica, as produções
dos sensitivos são
sempre adequadas a seu
valor normal; na
mediunidade, são quase
sempre superiores à
condição e ao saber do
escrevente. A escrita
automática e
inconsciente das
histéricas do Sr. Janet
nunca é espontânea; só
se produz depois de
longo adestramento, de
educação especial; é,
além disso, restrita a
senhoras.
747. Quanto à teoria
subliminal,
particularmente cara ao
Sr. Flournoy, é verdade
que há, na consciência
profunda de cada um de
nós, lembranças,
impressões,
conhecimentos,
provenientes de nossas
existências anteriores e
mesmo da vida atual, os
quais podem ser
despertados em certas
condições, como o
veremos no capítulo das
incorporações. Mas esse
despertar só é possível
no estado sonambúlico e,
acabamos de vê-lo, não é
esse o estado dos
médiuns escreventes.
748. O inconsciente, ou
subconsciente, não é um
ser, mas simplesmente um
estado do ser. Seria
incapaz de por si mesmo
produzir as variadas
manifestações que
passamos em revista:
comunicações
inteligentes, por
pancadas ou escritas,
com ou sem lápis ou por
meio de cores
precipitadas, e todos os
fenômenos que constituem
o objeto de tais
estudos.
749. Além disso, sempre
se pode perguntar: por
que esses inconscientes
ocultos em nós seriam
unânimes em declarar
serem Espíritos de
mortos? Não se percebe
que motivo induziria o
Espírito desprendido do
médium, tanto como o
inconsciente, a
identificar-se como o
Espírito de um outro
homem falecido. Se
existe em nós uma
segunda personalidade,
que possui aptidões e
conhecimentos superiores
aos da personalidade
normal, não deve ela ser
menos bem dotada em
relação à moralidade, e
deve ter horror à
mentira. Como
admitir-se, então, que
toda vez que se
manifesta se permita o
maligno prazer de nos
enganar?
750. A teoria de um ser
coletivo consciente,
criado pelas
inteligências das
pessoas que tomam parte
nas experiências, não
corresponde
satisfatoriamente à
realidade dos fatos. É,
ao contrário, destruída
pelas divergências de
opiniões e os casos de
identidade que
frequentemente revelam
nas manifestações.
William Crookes, em tudo
tão prudente, se
pronunciou a esse
respeito de modo
positivo: “A
inteligência que dirige
esses fenômenos é, às
vezes, manifestamente
inferior à do médium e,
não raro, está em
oposição direta aos seus
desejos. Manifestada a
determinação de fazer
alguma coisa que se não
pode considerar
razoável, tenho visto
serem dadas instantes
comunicações, convidando
a refletir de novo. A
inteligência é, às
vezes, de tal caráter,
que nos leva a crer que
não emana de nenhuma das
pessoas presentes”.
751. Todas as
explicações que se tem
procurado dar do
conjunto das
manifestações, excluindo
a intervenção dos
Espíritos, não têm
podido resistir à
imponência dos fatos
acumulados, nem aos
processos de uma crítica
severa e de um rigoroso
exame; só têm conseguido
demonstrar a
insuficiência das
pesquisas e das
observações de seus
autores. A teoria
espírita é a única que
se adapta à imensa
maioria dos fatos.
752. Duas vantagens
incontestáveis ela
apresenta: a de explicar
tudo com o auxílio de
princípios simples,
claros, facilmente
compreensíveis – e esta
outra, não menos
importante: não ter sido
concebida por
experimentadores
benévolos, mas ser
constante e
invariavelmente
formulada pela causa
inteligente das
manifestações.
753. Passemos, então, ao
estudo dos fatos,
lembrando inicialmente
que os fatos de escrita
mediúnica são tão
antigos como a História.
Deles nos fornecem
numerosos exemplos a
Antiguidade e a Idade
Média.
754. Recolhido ao fundo
de uma caverna, Maomé
vai, com febricitante
rapidez, cobrindo de
caracteres grande número
de folhas, que lança a
esmo. Apanhadas e
coordenadas essas folhas
esparsas, que é que se
encontra? O Alcorão! O
próprio Cristo interroga
o pensamento supremo e
escreve a resposta sobre
a areia, em certas
ocasiões, como, por
exemplo, no caso da
mulher adúltera.
Jerônimo Cardan declara
que suas obras foram
executadas com a
colaboração de um
Espírito.
755. Quase todos os que
têm lançado no mundo
fermento de progresso,
de justiça, de verdade,
têm sido intermediários
do Além, à maneira de
espelhos em que se
reflete a irradiação do
pensamento superior.
Maior seria ainda o seu
número, se o nosso
estado de inferioridade
não tornasse difíceis de
realizar-se em nosso
mundo material essas
altas manifestações. Não
poderia ser determinada
nesse domínio a parte
relativa a cada
mediunidade: a intuição
aí se associa
intimamente com o
automatismo.
756. Nos tempos modernos
a faculdade de escrever
sob uma ação oculta se
tem mais nitidamente
revelado em certos
indivíduos. Citemos os
casos mais célebres:
Hudson Tuttle, de
Cleveland (Ohio), era
aos dezoito anos um
simples lavrador, sem
educação nem instrução,
ocupado todos os dias
nos penosos trabalhos
dos campos. Escreveu
durante noites
consecutivas, sob a
inspiração dos
Espíritos, um livro
admirável, “Arcanes de
la Nature”, que excedia
de muito os
conhecimentos
científicos da época.
Não tinha ao seu alcance
nem livros, nem
bibliotecas, porque seus
pais moravam no interior
e só se ocupavam de
agricultura. A obra foi
publicada em 1860, com
um apêndice indicando a
sua origem. Teve três
edições na América, foi
depois reeditada na
Inglaterra, traduzida em
alemão pelo Dr.
Aschenbrenner e
publicada em Leipzig.
757.
Particularidade curiosa:
o Dr. Büchner, chefe da
escola materialista
alemã, leu a obra sem
prestar ao apêndice a
mínima atenção,
acreditou que a
produzira um homem de
Ciência e dela extraiu
numerosas citações, que
figuram em seu célebre
livro “Força e Matéria”,
sem designação de autor.
O Dr. Cyriax o fez
notar, e quando Büchner
foi à América realizar
uma série de
conferências, passou por
Cleveland e pediu para
ver Hudson Tuttle,
“desejoso que estava –
dizia ele – de travar
conhecimento com um
homem que tão valioso
auxílio lhe prestara
para a confecção de sua
obra”. O médium lhe foi
apresentado por ocasião
de um banquete. Grande
foi, porém, a decepção
de Büchner ao ver o
rapaz; e quando soube de
que modo haviam sido
escritos os “Arcanes”,
acreditou que era uma
burla. O Dr. Cyriax e o
Sr. Teime, editor do
jornal alemão de
Cleveland, tiveram
grande dificuldade em
dissuadi-lo.
(Continua no próximo
número.)