Simplifica
Se desejas a bênção da
paz, simplifica a
própria vida para que a
tranquilidade te
favoreça.
Muitos recorrem ao
auxílio dos outros,
esquecendo a necessidade
do auxílio a si mesmos.
Encarceram-se no cipoal
das preocupações sem
proveito, adquirindo
compromissos que lhes
prejudicam a senda e
acabam suplicando o
socorro da caridade,
quando, mais avisados,
poderiam entesourar
amplos recursos para a
assistência generosa aos
mais desfavorecidos do
mundo, empregando o
talento das horas nas
mais ricas sementeiras
de simpatia.
É que se extraviam nas
ambições desregradas,
buscando para si
próprios os mais duros
grilhões de angústia ou
fixando aos ombros
frágeis cruzes e fardos
difíceis de suportar.
Não se contentam em
viver com segurança o
dia que o Senhor lhes
concede. Preferem sofrer
por antecipação as
tempestades morais do
amanhã remoto que,
talvez, jamais
sobrevenham.
Não se conformam com o
pão abençoado de hoje.
Reclamam celeiro farto
para longos anos, à
frente da luta que lhes
é própria, ignorando se
a morte lhes espreita os
passos na vizinhança.
Não se alegram com o
agasalho valioso de
agora. Exigem
guarda-roupa repleto e
variado de que
provavelmente não mais
se utilizarão, enquanto
companheiros da marcha
humana exibem a pele
desnuda e fria.
Não se resignam a
possuir o dinheiro
prestimoso que lhes
soluciona os problemas
da hora em curso.
Suspiram pela caderneta
de banco dominadora e
invejável, que lhes
marque o nome com a
melhor expressão
financeira, não obstante
a penúria que magoa,
implacável, o lar
alheio.
Aprende a viver o minuto
que Deus te empresta no
corpo físico, amealhando
a luz do conhecimento
nobre e fazendo aos
outros o bem que possas.
Auxilia, perdoa,
trabalha, ama e serve,
gastando sensatamente os
recursos que o Céu te
situou no caminho e nas
mãos, como quem sabe que
a Contabilidade Divina a
todos nos procura no
grave instante do acerto
justo.
E, simplificando as
próprias experiências,
reconhecer-te-ás mais
leve e mais feliz,
habilitando-te, por fim,
à libertação espiritual
que, infalivelmente,
convocar-te-á hoje ou
amanhã para o regresso à
Vida Maior.
Do livro Mentores e
Seareiros, capítulo
nº 04, obra psicografada
pelo médium Francisco
Cândido Xavier, de
autoria de Espíritos
diversos.