Sentenciados
Os irmãos
reeducandos,
refugiados nas
penitenciárias,
efetivamente não
se encontram
sozinhos.
Retidos em
prisões sem
grades, em quase
todos os lugares
da Terra,
surpreendemos
sentenciados
diversos, dentre
os quais
salientamos:
- Os
presidiários das
tribulações
longas e
dolorosas;
- Os réus do
remorso, que
gemem sob o peso
de culpas que
ocultam
inconfessadas,
no imo da
consciência;
- Os detentos da
rebeldia, que
nunca se
satisfazem com
os recursos que
a vida lhes
coloca nas mãos;
- Os
prisioneiros do
sofrimento nas
trevas da
inconformação,
que se recusam a
sair do
labirinto de
negação em que
se escondem,
fugindo à luz da
consolação;
- Os irmãos que
choram e, ao
mesmo tempo, se
encarceram em
lamentações sem
proveito, na
teimosia e no
desespero,
repelindo a
terapêutica do
perdão e do
trabalho que se
lhes faria
estrada
libertadora;
- Os encadeados
da angústia que
se levantam
contra os
espinhos das
grandes
provações,
suscetíveis de
reconduzi-los ao
equilíbrio e à
paz de que se
reconhecem
distantes.
Ainda mesmo
perante os
irmãos
considerados
delinquentes,
abstém-se de
condenar.
Todos nós,
espíritos
endividados ante
as Leis de Deus,
se abrirmos o
próprio íntimo,
diante de
companheiros que
se empenham a
conhecer-nos,
ei-los a
soletrarem esta
frase com as
nossas próprias
lágrimas, no
portal de
entrada de nosso
coração: -
“Compadece-te de
mim”.
Do livro O
essencial,
de Emmanuel,
obra
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.