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Elucidações de Emmanuel

Ano 8 - N° 359 - 20 de Abril de 2014

 
 


Na hora da caridade


Não te furtarás ao serviço de emenda e nem recusarás a constrangedora obrigação de restaurar a realidade, mas unge o coração de brandura para corrigir abençoando e orientar construindo!...

A dificuldade do próximo é intimação à beneficência, entanto, assim, como é preciso condimentar de amor o pão que se dá para que ele não amargue a boca que o recebe, é indispensável também temperar de misericórdia o ensinamento que se ministra para que a palavra esclarecedora não perturbe o ouvido que o recolhe.

Na hora da caridade, não reflitas apenas naquilo que os irmãos necessitados devem fazer!...

Considera igualmente aquilo que não lhes foi possível fazer ainda!...

Coteja as tuas oportunidades com as deles.                     

Quantos atravessaram a infância sem a refeição de horário certo e quantos se desenvolveram, carregando moléstias ocultas!

Quantos suspiraram em vão pela riqueza do alfabeto, desde cedo escravizados a tarefas de sacrifício e quantos outros cresceram em antros de sombra, sob as hipnoses da viciação e do crime!...

Quantos desejaram ser bons e foram arrastados à delinquência no instante justo em que o anseio de retidão lhes aflorava na consciência e quantos foram colhidos de chofre nos processos obsessivos que os impeliram a resvaladouros fatais!

Soma as tuas facilidades, revisa as bênçãos que usufruis, enumera as vantagens e os tesouros de afeto que te coroam os dias e socorre os companheiros desfalecentes da estrada, buscando soerguê-los ao teu nível de entendimento e conforto.

Na hora da caridade, emudece as humanas contradições e auxilia sempre, mas sempre clareando a razão com a luz do amor fraterno, ainda mesmo quando a verdade te exija duros encargos, semelhantes às dolorosas tarefas da cirurgia.


Do livro Coragem, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, de autoria de Espíritos diversos.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita