Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
17)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que causas podem
determinar a frustração
de uma corrente
elétrica?
A frustração pode ser
causada por vários
fatores. André Luiz
salienta as causas que
ele considera mais
importantes: a) ausência
de magnetismo residual,
em se tratando de
aparelhos novos ou fora
de serviço por longo
tempo; b) ligações
invertidas no circuito
do campo; c) resistência
excessiva do circuito do
campo, que poderá advir
de ligações
inconvenientes ou de
influência perniciosa
dos detritos acumulados
na máquina.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. IX,
pág. 68.)
B. É válido comparar o
cérebro a uma espécie de
gerador autoexcitado?
Valendo-nos de analogia,
sim. Segundo André Luiz,
encontramos no cérebro
um gerador acrescido em
sua contextura íntima de
avançados implementos
para geração, excitação,
transformação, indução,
condução,
exteriorização,
captação, assimilação e
desassimilação da
energia mental, qual se
um gerador comum
desempenhasse, não
apenas a função de criar
força eletromotriz e
consequentes potenciais
magnéticos para
fornecê-los em certa
direção, mas também todo
o acervo de recursos dos
modernos emissores e
receptores de
radiotelefonia e
televisão, acrescidos de
valores ainda ignorados
na Terra.
(Obra citada, cap. IX,
pp. 69 e 70.)
C. É, então, no cérebro
que a matéria mental é
manipulada?
Sim. O cérebro, com as
células especiais que
lhe são próprias, detém
verdadeiras usinas
microscópicas, das quais
as pequenas partículas
de germânio, na
construção do transístor,
nos conjuntos
radiofônicos
miniaturizados, podem
oferecer imperfeita
expressão. É aí que a
matéria mental, ao
impulso do Espírito, é
manipulada e expressa,
em movimento constante,
produzindo correntes que
se exteriorizam, no
espaço e no tempo,
conservando mais amplo
poder na aura da
personalidade em que se
exprime.
(Obra citada, cap. IX,
pp. 69 e 70.)
Texto para leitura
55. Gerador
“shunt” -
Observemos um gerador
“shunt”, em que o
fenômeno da corrente
elétrica é mais
acessível ao nosso
exame. Imaginando-se-lhe
o interruptor aberto,
quando o induzido começa
a girar, repararemos que
aí se plasma pequena
força eletromotriz, em
vista da formação de
magnetismo residual.
Essa força, no entanto,
não patrocina qualquer
corrente circulante no
campo. Se fechamos,
porém, o interruptor, a
força eletromotriz
gerada produz uma
corrente no campo que,
por sua vez, determina a
formação de uma força
magnetomotriz de sentido
idêntico àquele em que
se expressa o magnetismo
residual, dilatando o
fluxo, até que a força
eletromotriz alcance o
seu máximo valor, de
conformidade com a
resistência integral do
campo. A elevação da
voltagem cessa no ponto
em que a linha de
resistência interrompe a
curva de saturação,
porquanto acima dessa
zona a força
eletromotriz gerada é
menor do que aquela
necessária para
sustentar o valor da
corrente excitadora.
(Cap. IX, pp. 67 e 68.)
56. Frustração da
corrente elétrica
- Sempre que a corrente
de um gerador não se
alteie, a frustração é
devida a causas
diversas, das quais
salientamos as mais
importantes:
a) Ausência de
magnetismo residual, em
se tratando de aparelhos
novos ou fora de serviço
por longo tempo.
b) Ligações
invertidas no circuito
do campo, uma vez que,
se precisamos do
magnetismo de resíduo
para que se produza ação
adicional no circuito
magnético, é
indispensável que o
campo “shunt” esteja em
ligação com a armadura,
de maneira que a
corrente excitadora
engendre a força
eletromotriz que se
adicione ao campo
residual.
c) Resistência
excessiva do circuito do
campo, que poderá advir
de ligações
inconvenientes ou de
influência perniciosa
dos detritos acumulados
na máquina. (Cap. IX,
pág. 68.)
57. Gerador do
cérebro - Com
alguma analogia,
encontramos no cérebro
um gerador autoexcitado,
acrescido em sua
contextura íntima de
avançados implementos
para a geração,
excitação,
transformação, indução,
condução,
exteriorização,
captação, assimilação e
desassimilação da
energia mental, qual se
um gerador comum
desempenhasse, não
apenas a função de criar
força eletromotriz e
consequentes potenciais
magnéticos para
fornecê-los em certa
direção, mas também todo
o acervo de recursos dos
modernos emissores e
receptores de
radiotelefonia e
televisão, acrescidos de
valores ainda ignorados
na Terra. Erguendo-se
sobre os vários
departamentos do corpo,
a funcionarem por
motores de sustentação,
o cérebro, com as
células especiais que
lhe são próprias, detém
verdadeiras usinas
microscópicas, das quais
as pequenas partículas
de germânio, na
construção do transístor,
nos conjuntos
radiofônicos
miniaturizados, podem
oferecer imperfeita
expressão. É aí, nesse
microcosmo prodigioso,
que a matéria mental, ao
impulso do Espírito, é
manipulada e expressa,
em movimento constante,
produzindo correntes que
se exteriorizam, no
espaço e no tempo,
conservando mais amplo
poder na aura da
personalidade em que se
exprime, através de ação
e reação permanentes,
como acontece no gerador
comum, em que o fluxo
energético atinge valor
máximo, segundo a
resistência integral do
campo, diminuindo de
intensidade na curva de
saturação. (Cap. IX,
pp. 69 e 70.)
Glossário
Força eletromotriz
– Eletr. Tensão elétrica
entre os terminais de
uma fonte de energia
elétrica que está
funcionando em condições
de reversibilidade.
[Abrev.: f.e.m.]
Força magnetomotriz
– Fís. Integral de linha
da intensidade de um
campo magnético, tomada
ao longo de um circuito
fechado no campo;
trabalho realizado para
deslocar, ao longo de um
circuito fechado num
campo magnético, uma
unidade de polo
magnético. É o análogo
magnético de força
eletromotriz. [Abrev.:
f.m.m.]
Gerador
– Máquina que
transforma energia
mecânica em elétrica,
produzindo uma corrente
contínua ou alternada.
Circuito que tem por fim
produzir uma corrente ou
uma tensão com
características
predeterminadas.
Germânio
– Elemento de
número atômico 32,
cristalino,
cinza-metálico,
semicondutor com
importante emprego na
manufatura de circuitos
transistorizados.
Resistência
– Eletr. Propriedade que
tem toda substância
(exceto os
supercondutores) de se
opor à passagem de
corrente elétrica, e que
é medida, em um corpo
determinado, pelo
quociente da tensão
contínua aplicada às
suas extremidades pela
corrente elétrica que
atravessa o corpo;
resistência elétrica [símb.:
R].
Saturação
– Fís. Estado de um
material ferromagnético
em que a indução
magnética tem o valor
máximo.
Shunt
– Resistência que se
introduz em circuito
elétrico a fim de
reduzir a intensidade da
corrente, sobretudo nos
galvanômetros sensíveis.
(Lê-se: xant.)
Transistor ou transístor
– Dispositivo
constituído por
semicondutores e que
pode funcionar como um
amplificador de maneira
análoga a uma válvula
eletrônica.
Voltagem
– Tensão elétrica
expressa em volts.