Pontos mortos
Scheilla
Se a presença de
alguém te
constrange a
sofrer penosa
impressão de
mágoa, recorda
que, nas
vibrações
desequilibradas
a te impelirem
para a
inquietude, jaz
um "ponto morto"
do sentimento
reclamando-te
boa vontade para
que se lhe
extinga a
perigosa
existência.
Se a ofensa
recebida foi
impensadamente
guardada por ti
nas entranhas da
alma,
compelindo-te a
lembranças
aflitivas, não
olvides de que
aí fizeste um
"ponto morto",
exigindo-te
reajuste.
Se a aversão te
vence a
tranquilidade,
ante a voz de um
companheiro que
se te apresenta
menos simpático,
aí surpreendes
um "ponto morto"
do passado,
esperando por
teu esforço na
plantação da
simpatia.
Se encontras no
trabalho um
associado de
tarefa, de cuja
cooperação
desejarias
prescindir, à
face do
mal-estar que te
impõe, aí
possuis um
"ponto morto" do
caminho que
precisas superar
com a diligência
do bem.
Se alguém te
penetrou a
família, em
condições que te
atormentam,
suscitando-te
pensamentos de
animosidade, é
que a bagagem de
circunstâncias
que trazes de
passadas
reencarnações aí
te oferece um
"ponto morto",
solicitando-te
suprimi-lo com
aplicações de
tolerância, em
auxílio a ti
mesmo.
Se em teu
círculo de fé
surge um irmão
de ideal com
quem te
desarmonizas,
tentando-te, às
vezes, a
abandonar os
mais preciosos
deveres para com
os Desígnios
Superiores que
te presidem a
tarefa,
convence-te de
que aí formaste
um "ponto
morto", que é
preciso afastar,
em teus
exercícios de
fidelidade aos
compromissos
assumidos.
Ninguém na Terra
permanece imune
contra
semelhantes
núcleos de
provação.
Todos trazemos
do pretérito
"pontos mortos"
que é
indispensável
banir da
estrada, a fim
de marcharmos ao
encontro do
futuro, na
posição de almas
livres, para a
abençoada missão
que nos é
reservada.
Amarguras,
pesares,
dissabores,
desencantos são
regiões
traumatizadas de
nossa alma que
nos compete
sanar, usando os
antissépticos da
bondade e do
perdão, do
sacrifício e da
renúncia.
Estejamos
vigilantes
contra os
"pontos mortos"
do coração,
preservando a
saúde moral,
como nos
apressamos a
defender o
equilíbrio do
corpo físico.
Rendamo-nos à
serenidade e à
paciência, no
serviço
infatigável do
bem com o Cristo
de Deus, porque
o Mestre da
Ressurreição é
igualmente o
Grande Médico da
Vida Eterna,
capaz de
libertar-nos do
jugo tiranizante
da morte.
Do livro
Passos da Vida,
de autoria de
Espíritos
diversos,
psicografia de
Francisco
Cândido Xavier.