Intervalos
Examinemo-nos
tais quais
somos, no curso
das reuniões que
nos enlaçam as
manifestações de
fé num templo.
Integrados no
clima da oração,
reconhecemo-nos
uns à frente dos
outros por
verdadeiros
irmãos, ante a
Paternidade
Divina.
Partilhando os
móveis do
recinto,
sentamo-nos,
indiscriminadamente,
sem preconceitos
da convenção
social e sem os
caprichos da
consanguinidade.
Quando um
pensamento
repreensível nos
visita, sem a
mínima
hesitação,
afastamo-lo da
cabeça.
Se um amigo
assume posição
inconveniente,
reconhecemos de
pronto a
necessidade de
entendimento e
compaixão,
adotando o
silêncio ou a
explicação
salutar, sem
recorrer à
censura.
Selecionamos as
melhores
palavras do
estoque de
conhecimentos
gerais,
colocando
empenho em não
ferir quem nos
ouve.
Se escutamos um
conceito
impensado,
desculpamos de
imediato a
inexperiência de
quem o profere.
Se um serviço
aparece,
emprestamos as
mãos para
executá-lo em
oferta
espontânea.
Cuidado,
gentileza,
discrição,
cordialidade e
respeito são as
características
principais que
diligenciamos
exteriorizar
para que nos
distingam a
personalidade e
a presença.
Nossas reuniões
dedicadas à
prece e ao
estudo são, em
razão disso,
aulas autênticas
de
espiritualidade
e aprimoramento,
ensaios de
comunhão
fraternal para
as esferas
superiores.
Nelas temos hoje
em plano menor o
esboço do que
será a vida,
para nós, em
plano maior
amanhã.
Considerando
semelhante
motivo, se nos
faz muito
importante o
autoexame,
observando por
nós mesmos o
próprio
comportamento no
espaço de tempo
que somos
chamados a
viver, lutar,
trabalhar e
aprender entre
elas, porque, se
nas atividades
do templo que
nos irmana,
mostramos
somente a parte
elogiável de
nossa alma, a
fim de que os
companheiros de
nosso nível de
experiência nos
reconheçam a
melhoria no
esforço de
ascensão para
Deus, é justo
não esquecer que
os Mensageiros
de Deus, de
outros modos,
nos examinam o
verdadeiro
aproveitamento
nos Intervalos.
Do livro
Intervalos,
obra ditada por
Espíritos
diversos, por
intermédio de
Francisco
Cândido Xavier.