Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
18)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Os centros dos nossos
cinco sentidos onde se
localizam?
No cérebro, mais especificamente no córtex. Ali
encontramos os centros
da visão, da audição, do
tato, do olfato, do
gosto, da palavra falada
e escrita, da memória e
de múltiplos
automatismos, em conexão
com os mecanismos da
mente, configurando os
poderes da memória
profunda, do
discernimento, da
análise, da reflexão, do
entendimento e dos
multiformes valores
morais de que o ser se
enriquece no trabalho da
própria sublimação. (Mecanismos
da Mediunidade, cap. IX,
pp. 69 e 70.)
B. A concentração da mente exerce efeito na força mentocriativa?
Sim. Quando a mente está concentrada, fazendo
convergir sobre si mesma
as próprias oscilações,
a força mentocriativa
gerada produz uma
corrente no campo da
personalidade que, a seu
turno, provoca a
formação de energia
mental de sentido
análogo àquele em que se
exprime o magnetismo de
resíduo, dilatando o
fluxo até que a força
aludida atinja o seu
valor máximo.
(Obra citada, cap. IX,
pp. 70 e 71.)
C. Que causas podem impedir a expansão da
corrente mental ou
mentocriativa?
As causas são diversas, mas André Luiz relaciona
as seguintes como as
mais expressivas: a)
ausência de magnetismo
residual, em se tratando
de cérebros primitivos,
isto é, de criaturas nos
primeiros estágios do
pensamento contínuo, no
reino hominal, ou de
pessoas por largo tempo
entregues a profunda e
reiterada ociosidade
espiritual; b) circuitos
mentais invertidos, em
razão de monoideísmo
vicioso, na maioria das
vezes agravado por
influências obsessivas;
c) deficiência da
aparelhagem orgânica,
por motivo de
enfermidade ou
perturbações
temporárias, oriundas do
relaxamento da criatura,
no trato com o próprio
corpo.
(Obra citada, cap. IX,
pág. 71.)
Texto para leitura
58. No córtex estão os centros dos nossos
sentidos – Nas
reentrâncias de
semelhante cabine, de
cuja intimidade a
criatura expede as
ordens e decisões com
que traça o próprio
destino, temos, no
córtex, os centros da
visão, da audição, do
tato, do olfato, do
gosto, da palavra falada
e escrita, da memória e
de múltiplos
automatismos, em conexão
com os mecanismos da
mente, configurando os
poderes da memória
profunda, do
discernimento, da
análise, da reflexão, do
entendimento e dos
multiformes valores
morais de que o ser se
enriquece no trabalho da
própria sublimação.
Nessas
províncias-fulcros
da individualidade,
circulam as correntes
mentais constituídas à
base dos átomos de
matéria da mesma
grandeza, qual ocorre na
matéria física, em que
as correntes elétricas
resultam dos átomos
físicos excitados,
formando, em sua
passagem, o consequente
resíduo magnético, pelo
que depreendemos, sem
dificuldade, a
existência do
eletromagnetismo tanto
nos sistemas
interatômicos da matéria
física, como naqueles em
que se evidencia a
matéria mental. (Cap.
IX, pp. 69 e 70.)
59. Corrente do pensamento – Sendo
o pensamento força sutil
e inexaurível do
Espírito, podemos
categorizá-lo, assim, à
conta de corrente viva e
exteriorizante, com
faculdades de
autoexcitação e
autoplasticização
inimagináveis. À feição
do gerador “shunt”, se a
mente jaz desatenciosa,
como que mantendo o
cérebro em circuito
aberto, forma-se, no
mundo intracraniano,
reduzida força
mentocriativa que não
determina qualquer
corrente circulante no
campo individual; mas,
se a mente está
concentrada, fazendo
convergir sobre si mesma
as próprias oscilações,
a força mentocriativa
gerada produz uma
corrente no campo da
personalidade que, a seu
turno, provoca a
formação de energia
mental de sentido
análogo àquele em que se
exprime o magnetismo de
resíduo, dilatando o
fluxo até que a força
aludida atinja o seu
valor máximo, de acordo
com a resistência do
campo a que nos
referimos. Nessa fase,
surpreendemos o mesmo
fenômeno de elevação da
voltagem no gerador
elétrico, porquanto, no
cosmo
fisiopsicossomático, a
corrente mentocriativa
se alteia até o ponto de
saturação, do qual se
alonga, com menor
expressão de potencial,
no rumo dos objetivos a
que se afeiçoe, conforme
a linha do desejo.
(Cap. IX, pp. 70 e 71.)
60. Negação da corrente mental –
Sempre que a corrente
mental ou mentocriativa
não possa expandir-se,
tal negação se filia a
causas diversas, das
quais, como acontece na
máquina “shunt”,
assinalamos as mais
expressivas:
a) Ausência de magnetismo residual, em se
tratando de cérebros
primitivos, isto é, de
criaturas nos primeiros
estágios do pensamento
contínuo, no reino
hominal, ou de pessoas
por largo tempo
entregues a profunda e
reiterada ociosidade
espiritual.
b) Circuitos mentais invertidos, em razão de
monoideísmo vicioso, na
maioria das vezes
agravado por influências
obsessivas.
c) Deficiência da aparelhagem orgânica, por
motivo de enfermidade ou
perturbações
temporárias, oriundas do
relaxamento da criatura,
no trato com o próprio
corpo. (Cap. IX, pág.
71.)
Glossário
Átomo
– Sistema
energeticamente estável,
formado por um núcleo
positivo que contém
nêutrons e prótons, e
cercado de elétrons. A
menor quantidade de uma
substância elementar que
tem as propriedades
químicas de um elemento.
Todas as substâncias são
formadas de átomos, que
se podem agrupar,
formando moléculas ou
íons.
Córtex
– Córtice; camada
externa dos órgãos, de
estrutura mais ou menos
arredondada, como o
córtice cerebral.
Cortical
– Relativo ao córtex.
Córtice encefálico – Camada externa do encéfalo, que é a parte do sistema nervoso
central contida na
cavidade do crânio.
Eletromagnetismo
– Estudo da interação
entre correntes
elétricas e campos
magnéticos.
Elétron
– Partícula
fundamental na
constituição dos átomos
e moléculas, portadora
da menor quantidade de
carga elétrica livre que
se conhece, com massa
igual a 1/1837 vezes a
massa do próton.
Força eletromotriz – Eletr. Tensão elétrica entre os terminais de uma fonte de
energia elétrica que
está funcionando em
condições de
reversibilidade.
[Abrev.: f.e.m.]
Força magnetomotriz – Fís. Integral de linha da intensidade de um campo magnético,
tomada ao longo de um
circuito fechado no
campo; trabalho
realizado para deslocar,
ao longo de um circuito
fechado num campo
magnético, uma unidade
de polo magnético. É o
análogo magnético de
força eletromotriz.
[Abrev.: f.m.m.]
Gerador
– Máquina que
transforma energia
mecânica em elétrica,
produzindo uma corrente
contínua ou alternada.
Circuito que tem por fim
produzir uma corrente ou
uma tensão com
características
predeterminadas.
Resistência
– Eletr. Propriedade que
tem toda substância
(exceto os
supercondutores) de se
opor à passagem de
corrente elétrica, e que
é medida, em um corpo
determinado, pelo
quociente da tensão
contínua aplicada às
suas extremidades pela
corrente elétrica que
atravessa o corpo;
resistência elétrica [símb.:
R].
Saturação – Fís. Estado de um material ferromagnético em que a
indução magnética tem o
valor máximo.
Shunt
– Resistência que se
introduz em circuito
elétrico a fim de
reduzir a intensidade da
corrente, sobretudo nos
galvanômetros sensíveis.
(Lê-se: xant.)
Voltagem
– Tensão elétrica
expressa em volts.