Concluindo as anotações
relativas à classificação do
sujeito da oração,
recordemos que o pronome
se pode funcionar na
frase como:
a) partícula apassivadora,
caso em que há na frase um
sujeito determinado;
b) índice de indeterminação
do sujeito, caso em que,
evidentemente, o sujeito
existe, mas é indeterminado.
Sobre o primeiro caso –
partícula apassivadora –
sugerimos ao leitor que
recorra às edições 286, 336
e 359, em que o assunto foi
devidamente esmiuçado nesta
seção, acrescido de vários
exemplos.
Quanto ao segundo caso –
índice de indeterminação do
sujeito – há uma maneira
prática de identificá-lo,
porque é nele visível a
conjugação de três
elementos:
-
verbo na terceira pessoa
do singular
-
pronome
se
-
preposição
antecedendo o termo a
que o verbo se refere.
Exemplos:
-
Precisa-se
de professores nesta
escola.
-
Falava-se
de futebol até no
velório.
-
Necessita-se
de técnicos bem
preparados.
-
Divergiu-se
do rumo tomado pela
economia.
Sobre o assunto, sugerimos
ainda ao leitor que leia o
que publicamos nesta seção
nas edições 126, 131 e 359
desta revista.
*
Respondendo ao teste
proposto na edição passada,
anotamos à frente das frases
abaixo a classificação do
sujeito da oração
(determinado, indeterminado
ou inexistente):
1. Meu
tio chegou ontem.
(determinado)
2. Ele
não trouxe boas notícias.
(determinado)
3. Faltavam
três dias para o batismo.
(determinado)
4. Falaram
de tudo na viagem.
(indeterminado)
5. Precisa-se
de babás, com urgência.
(indeterminado)
6. Soou
um toque áspero de corneta.
(determinado)
7. Falou-se
de tudo na reunião.
(indeterminado)
8. Precisa-se
de carpinteiro.
(indeterminado)
9.
Dizem tanta coisa por aí...
(indeterminado)
10.
Nesta escola acolhem muito
bem os alunos.
(indeterminado)
11.
Aqui se obedece aos
mestres. (indeterminado)
12.
Faz muito calor em
Presidente Epitácio.
(inexistente)
13.
Chegamos cedo a Curitiba.
(determinado)
14.
Só me resta hoje a
esperança. (determinado)
15.
Havia tempo suficiente para
as comemorações.
(inexistente)
16.
Chove demais em São Paulo.
(inexistente)