ANSELMO FERREIRA
VASCONCELOS
afv@uol.com.br
São Paulo, SP
(Brasil)
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A política
divina e a
política
tradicional
Daqui a algumas
semanas o Brasil
será contagiado
pelo frisson de
um novo período
eleitoral de
amplo espectro,
considerando que
abarcará
simultaneamente,
desta vez,
várias
instâncias dos
poderes
executivo e
legislativo da
nação, inclusive
a cadeira de
presidente da
República.
Segundo apontam
as pesquisas, já
há claramente
manifestado um
anseio de
mudanças pela
maioria dos
cidadãos
brasileiros.
Afinal de
contas, vitórias
econômicas
duramente
conquistadas
como, por
exemplo, o
controle da
inflação e dos
gastos públicos,
estão ameaçadas
no momento.
Paralelamente,
alguns setores
vitais da
economia e do
empresariado
manifestam
enorme
preocupação com
relação ao modo
como o país vem
sendo
administrado.
Não bastasse
isso, muitos
analistas
estrangeiros
consideram que o
Brasil vem
passando uma
imagem
inadequada ou,
no mínimo,
dúbia, nas suas
relações e
posicionamento
diplomático,
especialmente no
que tange aos
conflitos
hodiernos. Tais
considerações
espelham - que
fique bem claro
- apenas o que
colhemos em
vários
periódicos.
Ao que tudo
indica, teremos
uma eleição
muito acirrada,
combativa,
provavelmente
permeada de
ataques
pessoais,
escândalos e
dossiês de toda
natureza. A
propósito, os
sinais de que o
tom será de
intensa
agressividade
mútua já são
observáveis. Mas
o fato é que a
atividade
política em
nosso país tem
sido assim. Na
verdade, não
difere
substancialmente
do que ocorre em
outras nações –
salvo raras
exceções. A
política
desperta paixões
e interesses nem
sempre
confessáveis.
Política, aliás,
é definida, pelo
dicionário
Houaiss, como
“arte ou ciência
de governar”, ou
“arte ou ciência
da organização,
direção e
administração de
nações ou
Estados”, entre
outras coisas.
Como se vê,
trata-se de
assunto da mais
alta relevância.
E o Brasil
precisa avançar
nessa importante
dimensão. Mas,
para que tal
desiderato seja
alcançado,
mister se faz
que disponha de
homens e
mulheres que
abracem valores
superiores. Ou
seja, pessoas
que sejam
motivadas pelo
desejo simples,
mas
extraordinário,
de servir aos
seus semelhantes
sem
necessariamente
lucrar com isso.
Lembra o
Espírito
Emmanuel (na
obra Vinha
de Luz, psicografia
de Francisco
Cândido Xavier)
que “O
Governador da
Terra, entre
nós, para
atender aos
objetivos da
política do
amor,
representou,
antes de tudo,
os interesses de
Deus junto do
coração humano,
sem necessidade
de portarias e
decretos,
respeitáveis
embora”.
Portanto, a
falta de ética,
a disseminação
da mentira, a
busca
desesperada de
obter poder e
influência, as
atitudes venais,
o desejo infrene
de querer
arrebanhar
vantagens e
benefícios
pessoais são
condutas
incompatíveis
com o partido do
“amor à
humanidade”.
Não obstante a
importância
estratégica da
atividade
política,
considerando as
responsabilidades
que abarca, a
desconfiança
gerada na
população é
compreensivelmente
superlativa. Em
resumo, a
política
tradicional tem
sido eivada de
deslizes morais,
bem como
geradora de
crescentes
decepções nos
eleitores.
Diante disso, e
considerando as
mudanças
espirituais ora
em curso, vale
recordar as
sugestões da
espiritualidade.
Nesse sentido,
na mesma obra,
alerta-nos
Emmanuel “... de
que os
administradores
do mundo são, na
maioria das
vezes,
veneráveis
prepostos da
Sabedoria
Imortal,
amparando os
potenciais
econômicos,
passageiros e
perecíveis do
mundo; todavia,
não te esqueças
das
recomendações
traçadas no
Código da Vida
Eterna, na
execução das
quais devemos
edificar o Reino
Divino, dentro
de nós mesmos”.