Males pequeninos
Albino
Teixeira
Guardemos
cuidado para com
a importância
dos males
aparentemente
pequeninos.
Não é o
aguaceiro que
arrasa a árvore
benemérita. É a
praga quase
imperceptível
que se lhe
oculta no cerne.
Não é a
selvageria da
mata que
dificulta mais
intensamente o
avanço do
pioneiro. É a
pedra no calçado
ou o calo no pé.
Não é a cerração
que desorienta o
viajor, ante as
veredas que se
bifurcam. É a
falta da
bússola.
Não é a
mordedura do
réptil que
extermina a
existência de um
homem. É a
diminuta dose de
veneno que ele
segrega.
Assim, na vida
comum.
Na maioria das
circunstâncias
não são as
grandes
provações que
aniquilam a
criatura e sim
os males
supostamente
pequeninos, dos
quais, muita
vez, ela própria
escarnece, a se
expressarem por
ódio, angústia,
medo e cólera,
que se lhe
instalam,
sorrateiramente,
por dentro do
coração.
Do livro
Coragem, de
autoria de
Espíritos
diversos,
psicografado por
Francisco
Cândido Xavier.