Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
20)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Como se exprime, no
cérebro humano, a
corrente mental?
No homem, a corrente
mental assume feição
mais elevada e complexa.
No cérebro humano, ela
não se exprime tão só à
maneira de impulso
necessário à sustentação
dos circuitos orgânicos.
É pensamento contínuo,
fluxo energético
incessante, revestido de
poder criador
inimaginável, que nasce
das profundezas da
mente, em circunstâncias
por agora inacessíveis
ao nosso conhecimento.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. X, pp.
74 a 76.)
B. Espraiando-se sobre o
cosmo celular, que
efeitos produz a
corrente mental?
Ela vitaliza,
particularmente, todos
os centros da alma e,
consequentemente, todos
os núcleos endócrinos e
junturas plexiformes da
usina física, em cuja
urdidura dispõe o
Espírito de recursos
para os serviços da
emissão e recepção, ou
exteriorização dos
próprios pensamentos e
assimilação dos
pensamentos alheios.
(Obra citada, cap. X,
pp. 74 a 76.)
C. As irradiações
decorrentes dos nossos
pensamentos afetam as
pessoas que estão
próximas de nós?
Sim. Evidenciam-se essas
irradiações, de maneira
condensada, até um ponto
determinado de
saturação, contendo as
essências e imagens que
lhe configuram os
desejos no mundo íntimo,
em processo espontâneo
de autoexteriorização,
ponto esse do qual a
onda mental se alonga
adiante, atuando sobre
todos os que com ela se
afinem e recolhendo
naturalmente a atuação
de todos os que se lhe
revelem simpáticos.
Desse modo, estende a
própria influência que,
à feição do campo
proposto por Einstein,
diminui com a distância
do fulcro consciencial
emissor, tornando-se
cada vez menor, mas a
espraiar-se no Universo
infinito.
(Obra citada, cap. X,
pág. 76.)
Texto para leitura
64. Função dos
agentes mentais
– Por intermédio dos
agentes mentais ou ondas
eletromagnéticas
incessantes, temos os
fenômenos elétricos da
transmissão sináptica ou
transmissão do impulso
nervoso de um neurônio a
outro, fenômenos esses
que podem ser largamente
analisados nos gânglios
simpáticos (quais o
oftálmico, o estrelado,
o cervical superior, o
mesentérico inferior, os
lombares), na medula
espinhal, após a
excitação das fibras
aferentes, nos núcleos
motores dos nervos
óculo-motor comum e
motores espinhais.
Podemos, ainda,
verificar essa
ocorrência nos neurônios
motores espinhais,
valendo-nos de
eletródios
intracelulares.
Inibindo, controlando,
libertando ou
distribuindo a força
nervosa ou os potenciais
eletromagnéticos
acumulados pelos
impulsos mentais, nas
províncias celulares,
surpreendemos a
coordenação dos
estímulos diversos,
mantenedores do
equilíbrio orgânico,
através da ação
conduzida dos vários
mediadores químicos de
que as células se fazem
os fabricantes e
distribuidores
essenciais. (Cap. X,
pág. 74.)
65. Corrente
mental humana –
No homem, a corrente
mental assume feição
mais elevada e complexa.
No cérebro humano,
gabinete da alma erguida
a estágios mais nobres
na senda evolutiva, ela
não se exprime tão só à
maneira de impulso
necessário à sustentação
dos circuitos orgânicos,
com base na nutrição e
reprodução. É pensamento
contínuo, fluxo
energético incessante,
revestido de poder
criador inimaginável.
Nasce das profundezas da
mente, em circunstâncias
por agora inacessíveis
ao nosso conhecimento,
porque, em verdade, a
criatura, pensando, cria
sobre a Criação ou
Pensamento Concreto do
Criador. Após nascida, a
corrente mental se
espraia sobre o cosmo
celular em que se
manifesta, mantendo a
fábrica admirável das
unidades orgânicas,
através da inervação
visceral e da inervação
somática a se
constituírem pelo arco
reflexo espinhal, bem
como pelos centros e
vias de coordenação
superiores.
Dessa maneira, a
corrente mental percorre
o arco reflexo visceral,
vibrando:
a) nas fibras aferentes,
cuja tessitura celular
permanece nos gânglios
das raízes dorsais e dos
nervos cranianos
correspondentes;
b) nas fibras conectoras
mielínicas que se
originam na coluna
intermédio-lateral;
c) nas fibras motoras
originadas nos neurônios
ganglionares e que
terminam nos efetores ou
fibras pós-ganglionares.
Acima do nível espinhal,
vibra, ainda:
a) na integração
pontobulbar em que se
hierarquizam reflexos
importantes, como sejam
os da pressão arterial;
b) no conjunto talâmico
e hipotalâmico, em que
se mecanizam os reflexos
do Espírito;
c) na composição
cortical.
A corrente mental,
segundo anotamos,
vitaliza,
particularmente, todos
os centros da alma e,
consequentemente, todos
os núcleos endócrinos e
junturas plexiformes da
usina física, em cuja
urdidura dispõe o
Espírito de recursos
para os serviços da
emissão e recepção, ou
exteriorização dos
próprios pensamentos e
assimilação dos
pensamentos alheios.
(Cap. X, pp. 74 a 76.)
66. Campo da aura
– Articulando, ao redor
de si mesma, as
radiações das sinergias
funcionais das
agregações celulares do
campo físico ou do
psicossomático, a alma
encarnada ou
desencarnada está
envolvida na própria
aura ou túnica de forças
eletromagnéticas, em
cuja tessitura circulam
as irradiações que lhe
são peculiares.
Evidenciam-se essas
irradiações, de maneira
condensada, até um ponto
determinado de
saturação, contendo as
essências e imagens que
lhe configuram os
desejos no mundo íntimo,
em processo espontâneo
de autoexteriorização,
ponto esse do qual a
onda mental se alonga
adiante, atuando sobre
todos os que com ela se
afinem e recolhendo
naturalmente a atuação
de todos os que se lhe
revelem simpáticos.
Desse modo, estende a
própria influência que,
à feição do campo
proposto por Einstein,
diminui com a distância
do fulcro consciencial
emissor, tornando-se
cada vez menor, mas a
espraiar-se no Universo
infinito. (Cap. X,
pág. 76.)
Glossário
Aferente -
Que conduz; que leva. No
sistema nervoso, classe
de fibras nervosas que
conduzem o impulso dos
órgãos sensoriais para o
sistema nervoso central.
Arco reflexo –
Trajeto percorrido por
um impulso nervoso, em
uma reação reflexa,
desde o ponto em que se
dá o estímulo até um
músculo ou glândula
ativados pelo impulso,
em que se completa o
circuito.
Aura [do
latim aura]
- Halo
luminoso que alguns
videntes veem.
Emanação fluídica do
corpo humano e dos
demais corpos. A aura é
uma radiação que cobre
todo o corpo físico,
através dele são
evidenciadas as
emanações da parte
física, mental e
emocional. É o espelho
que mostra toda nossa
situação espiritual.
Dorsal
– Adj. 2 g. Relativo ou
pertencente ao dorso.
Dorso
– S. m. Anat. Porção
posterior do tronco, a
qual se estende do
pescoço à bacia. Anat.
Porção superior de
várias formações
anatômicas, como língua,
mão, pênis, etc. Fig.
Parte posterior;
reverso. Parte superior
convexa. V. lombada.
Eletródio
- Eletrodo.
Eletrodo -
Condutor metálico por
onde uma corrente
elétrica entra num
sistema ou sai dele.
Qualquer das placas de
um capacitor; armadura,
placa. Qualquer
componente metálico
situado no interior duma
válvula eletrônica.
Condutor metálico imerso
em uma solução que
contém íons.
Endócrino
- Endocrínico. Referente
às glândulas de secreção
interna.
Espinha dorsal
– Pop. Coluna vertebral.
Fig. Aquilo que dá
sustentação ou
organização, que
constitui a estrutura
central ou principal.
Gânglio
– Dilatação no trajeto
dos nervos, de onde
irradiam fibras
nervosas. Massa de
substância cinzenta no
sistema nervoso central,
a qual forma um núcleo
nervoso. Designação
comum a dilatações no
trajeto dos vasos
linfáticos onde se
contêm numerosas células
linfáticas, dilatações
essas abundantes na
região do pescoço, das
axilas e das virilhas.
Gânglio linfático -
Órgão especial de
filtragem e defesa pelos
quais passa a linfa,
sendo um local de
produção de linfócitos.
Hipotalâmico –
Relativo ao hipotálamo.
Hipotálamo -
Grupo de núcleos na base
do cérebro, em relação
com o soalho e as
paredes do terceiro
ventrículo.
Inervação -
Modo de distribuição dos
nervos nas diversas
partes do organismo.
Juntura plexiforme -
Relativo a plexiforme:
em forma de plexo, que é
o entrelaçamento de
ramificações nervosas.
Medula espinhal –
A parte do sistema
nervoso central contida
na coluna vertebral,
também conhecida como
medula dorsal ou
simplesmente medula.
Dela partem 31 pares de
nervos raquianos com
raízes sensitivas (levam
mensagem ao cérebro) e
raízes motoras (executam
ordens do cérebro).
Mesentérico
– Adj. Relativo ou
pertencente ao
mesentério; mesaraico.
Mesentério
– S. m. Anat. Formação
semelhante a leque, que
prende o jejuno e o íleo
à parede abdominal
posterior, e se compõe
de duas camadas, tendo
extensão suficiente para
dar a essas duas porções
do intestino delgado uma
considerável
mobilidade.
Mielínico
- Relativo à mielina:
substância gorda,
composta principalmente
de lecitina e que forma
a bainha de certos
nervos.
Neurônio
- A célula nervosa com
seus prolongamentos
chamados dendritos, que
formam uma espécie de
arborização, e, no polo
oposto, um só
prolongamento,
diferente, denominado
axônio, que termina em
finas ramificações. O
estímulo nervoso passa
do axônio de um neurônio
para os dendritos do
outro, e esse ponto de
transmissão da excitação
tem o nome de sinapse.
Pontobulbar –
Relativo a bulbo: parte
do eixo
cérebro-espinhal, entre
a medula e o cérebro.
Simpático
– Veja sistema nervoso
autônomo.
Sinapse
- Relação de contato
entre os dendritos das
células nervosas.
Sináptica
- Relativo à sinapse.
Sinergia
- Ato ou esforço
coordenado de vários
órgãos na realização de
uma função. Associação
simultânea de vários
fatores que contribuem
para uma ação
coordenada. Ação
simultânea, em comum.
Sistema nervoso autônomo
–
Porção do sistema
nervoso, tanto aferente
quanto eferente, que
inerva musculatura
cardíaca e lisa, e
controla secreções
glandulares diversas.
Não se encontra sob o
controle da vontade, e
divide-se em dois
grandes setores: o
simpático e o
parassimpático. [Sin.:
sistema nervoso
vegetativo e sistema
nervoso da vida
vegetativa.]
Sistema nervoso central
– Porção do sistema
nervoso composta de
encéfalo, medula
espinhal e meninges que
os recobrem.
Talâmico
- Relativo ao tálamo.
Tálamo
- Núcleos de substância
cinzenta que limitam de
cada lado o ventrículo
médio do encéfalo e
formam o assoalho dos
ventrículos laterais.
Receptáculo. Leito
conjugal. Fig.:
Casamento, núpcias,
bodas.
Víscera
– S. f. Anat.
Designação comum a
qualquer grande órgão
alojado na cavidade
craniana, na torácica ou
na abdominal.
Visceral
– Adj. 2 g. Relativo ou
pertencente a
víscera(s); visceroso.
Fig. Profundo,
entranhado.